Bônus Miguel

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Eu não imaginei que meu pai iria aceitar a ideia de vim em minha casa conhecer minha família. Não depois de tudo. Mas ele veio. Seu ar esnobe e seu comentário debochados durante o almoço foi algo que forçava controlar minha explosão. Ele dizer que a Aline era mais bonita pessoalmente me deu vontade de expulsa-lo, ele havia me dito que ela não passava de uma suburbana gorda e sem classe na última vez que nos vimos. Para evitar confusão, fomos ao meu escritório, ao seu pedido de conversar e quando fechei a porta, ele começou.

- Quando decidir parar de brincar de casinha, como ficará esse garoto? – Indagou.

- Bom, não brinco de casinha. Sou homem e sei minhas responsabilidades. – Disse sério e ele bufou.

- Você acha que esse relacionamento lhe dará bons frutos? Miguel, ela até que é bonita, mas não vale sua vida. – Disse com desdém.

- Você está em minha casa e da Aline, peço-lhe respeito a gente? – Disse me controlando.

- Respeito, Miguel? – Perguntou sarcástico. – Você sabe o significado dessa palavra? Bom, até um tempo atrás estava sendo detido por comer a mulher de um bandido. Aonde esteve o respeito? - Perguntou e sentia o sangue subir. – Você saiu com mulheres comprometidas ao longo de sua vida, você esteve em bares, em lugares de apostas e colocou em mesa apostas mais absurdas do mundo e vem me cobrar respeito? – Perguntou.

- Eu, ao contrário de você, respeito a mulher qual amo e tudo isso que diz ficou no passado. – Disse entredente. – Não arranjo caso extraconjugais e ainda levo em minha casa em desrespeito a minha mãe. Não saio presenteando com joias caras e viagens, enquanto a minha mãe está em casa sendo dona do lar. – Disse raivoso.

- Você é meu filho, será você a fazer isso no futuro. Genética. – Ri.

- Para o inferno essa sua genética maldita. Eu nunca serei como você. – Disse me aproximando. – Nunca. - Cuspi em sua cara e ele passou a mão no rosto com nojo.

- Quando cansar dessa merda de vida que tem e querer sua realidade, eu vou lhe acolher novamente. Estarei sempre disposto a lhe tirar de suas roubadas, porque sou seu pai e lhe amo. – Disse me encarando. – Mas nunca espere um apoio para essa atitude ridícula que está tendo. Eu nunca vou abençoar essa família. Uma garota sem classe e um bastardinho favelado. – Disse em pouco caso e avancei, mas controlei-me rosto a rosto.

- Não repita essas merdas de palavras perto de mim. – Grunhi e ele não demostrou reação.

- Estarei esperando você cair do cavalo e vim atrás de mim, antes disso, não me considere seu pai. – Ele disse e se virou saindo.

- Há muito tempo eu já não considero. – Disse rancoroso e ele parou por cinco segundos e seguiu. Fui atrás.

Minha mãe logo se foi com meu pai, ela sem entender e ele bufando ainda. Aline não sabia o que acontecia, mas tinha ideia. Não iria contar as barbaridades que foi dita em meu escritório, nem ela e nosso filho merecia saber o qual arrogante meu progenitor seria. Fomos ver filme, nós três, com pipoca e brigadeiro e eu comecei a esquecer o transtorno.

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