XXX Capítulo - parte 2

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Ofélia Santos
Os últimos dias que se passaram foi resumido em muita ansiedade e investigações. A polícia, juntamente com a equipe do Gael, estão trabalhando arduamente para conseguirem encontrar os culpados. Tenho me sentindo muito mal, pois a minha ausência, e a do Noah em casa, se tornaram frequentes. O Sr. Sousa não tem participado ativamente das investigações pois a polícia achou melhor mantê-lo em segurança, contanto, o Sr. Thales voltou do Japão e tem nos ajudado bastante. Foi exatamente as onze e vinte e cinco de uma noite de quarta-feira, que o Gael nos ligou avisando que um dos envolvidos do crime foi encontrado na Alemanha, e que estava sendo deportado.

-Que ótima notícia! - digo ao telefone logo após.
-Na verdade esse foi o tiro para o alto do início da corrida. A partir de agora, o jogo começa à ficar sério.
-Como conseguiram achá-lo? - faço a pergunta que Noah pediu.
-Na verdade é uma mulher. Rastreamos o local que foi feito os últimos saques da antiga conta da Lusitano, e fomos investigando. Achamos ela, que negou tudo no começo, mas já está abrindo a boca.
-Mas você acha que ela está envolvida?
-Sim. A encontramos em um casarão em um dos bairros mais nobres daqui. Vivia ela, o bebê, e o marido, que fugiu sem ajudá-los.
-Então você imagina que ela consentia com o crime? - pergunto ansiosa.
-É. Mas só a investigação dirá. Tenho que desligar agora, entro no vôo em trinta minutos.
-Você vai no mesmo avião que ela? Tem certeza que ela não vai fugir?
-Tenho. Tudo está sob controle. Chegamos amanhã por volta das onze horas da manhã.
-Ok. Me mande notícias.
-Sim senhora, até breve.

Desligo o celular mais calma. Parece que as coisas, aos poucos, está entrando nos trilhos. Sento-me no colo do Noah, e passo meus braços ao redor do seu pescoço.

-Parece que as coisas, finalmente, estão se resolvendo - ele diz exatamente o que eu pensei.
-Ainda bem - beijei seu maxilar - quando todo esse pesadelo acabar eu quero me casar com você. De véu e grinalda - seu olhar surpreso bate de encontro com o meu.
-Uau mulher - ele beija a minha testa - seu desejo é uma ordem!
-Amo-te horrores - lhe dou um selinho.
-Que carinhosa essa minha mulher - ele sorri - saiba que eu te amo muito mais.

(...)

Benjamin nos desperta no meio da noite, e eu levanto em um pulo. Geralmente ele dorme a noite toda, por isso fiquei preocupada. Chego em seu quarto com o Noah em meu encalço, e pego meu filho em meu colo.

-Calma filho, respira - seco seus olhos e faço carinho em sua cabeça.
-O que você tem garotão? - Noah pergunta carinhoso.
-Dói papai - ele diz em meio ao choro.
-Aonde meu amor?
-Aqui - ele aponta para a barriga.
-Vamos levá-lo para o hospital - digo já indo pegar a minha bolsa.
-Mas pode não ser nada.
-Mas pode ser tudo também Noah. E além do mais, eu não tenho um remédio aqui.
-Você tem razão. Vou avisar as crianças.

Tiro o pijama do Ben, e arrumo a sua bolsa. Tiro a minha roupa também, vestindo um jeans, e uma blusa de moletom. Noah aparece trocado, e diz que podemos ir. Durante todo o caminho até o hospital, Benjamin não parou de chorar. Tentei de tudo, e nada funcionou. Realmente a dor que o meu filho estava sentindo era forte. Quando chegamos no hospital, de luxo por sinal, o Ben foi atendido no instante seguinte que chegamos, pois o hospital estava bem vazio. Conferi o relógio de parede e ainda não tinha dado três horas da manhã. Eu tentei acompanhar a enfermeira, mas fui impedida. Chorei nos braços do Noah até que não me restassem mais lágrimas.

-Se acalma meu amor, o nosso bebê vai ficar bem - ele beija a minha cabeça e distribui carinhos por minhas costas.
-Estou preocupada Noah - digo e choro ainda mais.
-Eu sei meu amor, e eu também estou. Mas tenha fé, tudo vai dar certo.

O restante da nossa madrugada foi fria e preocupada. As notícias sobre o nosso filho só foi chegar às cinco da manhã, quando uma mulher de meia idade, com um crachá de pediatra, veio nos atender.

Filhinho de papaiOnde histórias criam vida. Descubra agora