XXXIX Capítulo - Parte 1

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(FÉLIX NA FOTO DE MÍDIA)

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CRONOGRAMA DE POSTAGEM:

CAPÍTULO ANTERIOR FOI POSTADO NO DIA: 06/10/2016 - SEXTA-FEIRA

CAPÍTULO ATUAL POSTADO NO DIA: 16/10/2016 - DOMINGO (atrasado, desculpem-me <3)

POSTAGEM DO PRÓXIMO CAPÍTULO PREVISTA PARA O DIA: 21/10/2016 - SEXTA-FEIRA.

POSTAGEM DE NOVOS CAPÍTULOS TODAS AS SEXTAS-FEIRAS.

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SEM REVISÃO

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"Pra você guardei o amor

Que aprendi vendo os meus pais

O amor que tive e recebi

E hoje posso dar livre e feliz"

(Pra Você Guardei o Amor - Nando Reis)

Noah Sousa

Depois da nossa reconciliação, eu estava cheio de vontade de faltar hoje no emprego, para passar o resto do dia trancado com a Lia, em nosso ninho de amor. Contudo, o compromisso não nos abandonou, e depois de deixar o Ben na creche, e a Amb na minha mãe, fomos para a Lusitano. Como eu queria encontrar o Félix, estou torcendo com todas as minhas forças para que isso acontece ainda hoje.

-Tchau querida, bom trabalho - dou um selinho em Lia, e nos encaminhamos para nossas salas.

Entro em minha sala, e chamo a minha secretária para saber quais são os compromisso de hoje, já que ontem foi a maior confusão e eu acabei passando o dia todo fora da empresa.

-Bom dia Sr. Sousa - ser chamado assim ainda me soa tão estranho. Para mim, Sr. Sousa sempre será o meu pai - sua agenda hoje está bastante agitada, todos os seus compromissos de ontem foram passados para hoje.

-Ok, começamos por onde?

-O Sr. Félix está furioso na sala de reunião esperando por vocês. Ele estava irritado, dizendo que a nossa empresa não tem compromisso.

-Como é que é? - levanto-me da minha cadeira já irritado.

-Desculpe senhor por estar sendo uma fofoqueira, mas me senti no dever de defender essa empresa que tanto me ajuda, acho que acabei faltando um pouco com respeito com o Sr. Félix - diz envergonhada.

-O que você fez? - pergunto curioso, mas acho que a minha voz saiu um pouco irritada, pois ela se encolheu.

-Eu disse que nossos presidentes são muito competentes, e tendo em vista que é a empresa dele que precisa de ajuda, e não ao contrário, ele deveria estar bem paciente.

-Tudo bem, que isso não se repita.

Apesar de eu ter gostado, não posso aceitar esse tipo de comportamento de uma funcionária, pois não sabemos até onde essa liberdade é saudável.

-Sim senhor, me desculpem. Podemos ir para a sala de reunião?

-Sim, vamos.

Recolho alguns papéis sobre a empresa de Félix, que por sinal está quase falindo, e caminho até a sala de Lia, antes de ir para a sala de reunião. Prefiro que ela entre acompanhado comigo, antes que tenha mais uma reação inesperada.

Bato em sua porta antes de entrar, e sua voz doce libera a minha entrada.

-Oi querida - sorrio ao vê-la com os seus óculos de grau. Como essa mulher é sexy meu Deus!

-Oi amor, algum problema?

-Não exatamente, mas temos uma reunião agora com o Félix, e pelo o que a minha secretária disse, ele está bem nervoso por conta da nossa demora.

-Ah sério? - disse triste - pensei que teria paz hoje.

-Vamos, estarei do seu lado, ele não vai ser louco de mexer com você.

-Tudo bem.

Saímos da sua sala de mãos dadas, e caminhamos para a sala de reuniões. Ao entrarmos, Lia solta a minha mão, mas continua atrás de mim, como se quisesse ser camuflada pelo o meu corpo.

-Bom dia - digo educado.

-Até que enfim! - Félix murmura irritado.

Deixo a sua atitude um tanto abusiva passar despercebida por mim, eu não quero arrumar problemas com ele, muito pelo contrário, eu quero que essa reunião acabe logo para que eu possa matá-lo depois disso.

-Bom dia - Lia diz sem olhá-lo.

Caminho para a minha ponta na mesa, e antes que Lia tomasse a sua outra ponto, coloquei minha mão em sua cintura e a conduzi para sentar-se ao meu lado, longe daquele energúmeno.

-Quero você perto de mim - sussurro em seu ouvido.

Ela sorri fraco, e acomodamo-nos. Félix estava visivelmente desconfortável, mas o seu pai que estava ao seu lado, parecia um tanto irritado com a reação do filho.

-Vamos começar então - digo olhando friamente na direção do individuo - primeiramente peço desculpas por todos os contratempos.

Na verdade eu não queria pedir desculpa coisa nenhuma, só achei que fosse ético agir assim.

-Seria o mínimo, após ter nos feito de palhaços.

Respirei fundo, dei uma afrouxada na gravata, e olhei bem no fundo dos olhos do Félix.

-Sinceramente Félix - fiz questão de não chamá-lo de senhor - eu gostaria que você fosse um pouco mais educado, se for possível.

-Ah faça-me o favor né, pare de enrolar e vamos logo tratar de negócios - seu pai se lançou um olhar mortal, porque sim, ele estava querendo me tirar do sério.

Uma das mãos de Lia pousa sobre a minha perna, prevendo uma possível irritação minha com a toda a situação. Mas não, eu me recuso a perder a paciência com esse cara.

-Andei dando uma olhada nos gráficos da sua empresa, e a situação está bem precária.

-Por isso precisamos da sua ajuda Sr. Sousa, sei que podemos fazer uma parceira lucrativa para ambas as partes.

-Eu não sei se tenho tanta certeza disso - Lia diz observando os gráficos lucrativos da empresa.

-Eu pensei em uma solução, mas eu sinto muito em lhe dizer que não temos como ajudá-lo - dou a decisão final.

-Como não? - Félix levanta-se exasperado - vocês tem o maior império da América Latina e não podem gastar poucos reais para nos ajudar?

-Caro Félix, primeiramente eu gostaria que você abaixasse o tom de voz, eu não estou nem um pouco afim de chamar os meus seguranças para tirá-lo daqui. E depois, eu não sou obrigado a agir com caridade com um individuo que fez tão mal à minha mulher.

Solto as palavras de uma maneira tão fria que chegou a me assustar. Félix ficou branco, e o vi engolir em seco, seu pai fez uma cara engraçada, como se estiver prestes a ter um AVC. Lia se mexeu desconfortável em sua cadeira, e me olhou como se pedisse socorro para acabar logo com aquela situação.

-O que eu fiz com essazinha? - diz totalmente sem noção.

Levanto-me da cadeira pronto para arrebentar a cara daquele palhaço, mas Lia me conhecendo tão bem, levantou com seguida segurando os meus braços.

-Ele não vale a pena - ela sussurra baixinho, e beija o meu braço.

-Que romântico os pombinhos - Félix bate palma - pena que eu comi a sua mulher antes de você, e o filho que você cria, é meu.

Filhinho de papaiOnde histórias criam vida. Descubra agora