XLIV Capítulo - Último (PARTE 1)

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SE ESSE CAPÍTULO BATER 300 ESTRELINHAS, A PARTE 2 SAI AMANHÃ!


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"O universo conspira ao nosso favor

A consequência do destino é amor

Para sempre eu vou te amar

(...)

Que o meu amor não será passageiro

Te amarei de Janeiro à Janeiro

Até o mundo acabar"

Ofélia Sousa

Eu pressenti desde o início que deixar aquela carta não seria uma boa ideia, e isso se prova exatamente nesse instante. A poucos passos para eu finalmente embarcar em uma vida nova, eu escuto gritos a me chamar. Eu sei que é ele. Portanto apresso os passos para que ninguém perceba que ele veio atrás da gente, e não desistam de viajar. Porém tudo é feito tarde demais, os meninos já empacaram no caminho, e estão esperando o Noah se aproximar.

-O que você está fazendo aqui? - questiono furiosa.

-O vôo com destino a Suíça terá a saída adiada por problemas técnicos na aeronave. Pedimos a paciência de todos, e quando tudo estiver sob os conformes, informaremos - o aeroporto anuncia em seus altos falantes, e eu bufo ainda mais irritada.

Os meninos enchem o Noah de perguntas, e por um minuto eu fico presa somente aos meus devaneios, mas logo o maldito chama a minha atenção.

-Crianças porque vocês não vão comprar algo naquela loja de brinquedos? - Noah tira algumas notas da carteira e entrega para os meninos - preciso trocar um palavrinha com a mãe de vocês.

-Tá bom papai - Benjamin diz todo empolgado.

-Olha ele Naldo e Claiton.

-Pode deixar mãe.

Eu e o Noah nos dirigimos até umas cadeiras próximas, e eu foco a minha atenção em minha filha que está em meus braços. Quero adiar o máximo possível essa conversa, me recuso à me machucar ainda mais.

-Ofélia, você foi tão criança - ótimo jeito de começar Noah, parábens!

-Por favor, vai embora, me deixa.

-Eu não sei para que esse inferno sem fundamento! - ele sobe o tom de voz.

-Como assim garoto?! Se situa Noah, você estava comendo a sua secretária e me fazendo de palhaça! - grito sem nem me lembrar de que estávamos em um aeroporto.

-E você largando os meus filhos na casa dos outros para ir para balada com roupa de puta! Falou tanto mal da sua mãe, e se tornou pior do que ela - ele esbraveja de modo frio, e mal posso acreditar que realmente ouvi essas palavras saírem da sua boca.

Sem controle nenhum eu ergo a minha mão, e com toda a força do mundo esbofeto a sua cara com vontade. No minuto seguinte percebo a aglomeração ao nosso redor, e vejo os meninos correndo em nossa direção. Eu tremo o corpo inteiro, como se algum momento eu fosse cair dura naquele chão do aeroporto. Claiton vem em minha direção, como um caçador que se aproxima de seu alvo, e aos poucos aperta os seus braços ao meu redor.

-Calma meu amor, eu estou aqui - a voz de Claiton vai ficando meio confusa, e o seu tom de voz é exatamente o do Noah - abre os olhos meu amor, volta para gente...

Filhinho de papaiOnde histórias criam vida. Descubra agora