11 - Me beija.

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    Já faz cinco dias que estou no Rio e meus encontros com Meire se tornaram frequentes. E pra completar ainda tenho que aturar a cascavel da Karol por que as duas são inseparáveis.

    E ainda tem o João que sempre aparece para dar " um beijo" na sua namorada. Tento não me importar muito com isso, mas ai ver os dois se beijando é demais para mim.

    Não consigo nem disfarçar meu desagrado. Então saio e vou para um lugar longe de tudo e de todos. Tento esquecer a cena mas é impossível, ela fica se repetindo em minha mente. É quase como uma tortura.

- Millah.

    Sara está ao meu lado. Estamos de frente ao balcão de um bar. Estou sentada pronta para pedir minha primeira bebida do dia e fazer esse dia valer a pena.

- Não vou poder ficar com você. - Disse-me Sara. - Preciso resolver algumas coisas.

   Percebo quando Sara mente. Ela evita olhar em meus olhos e acaba ficando com as buchechas rosadas. Mas tudo bem, deixo essa passar. Ela deve ter algo mais interessante para fazer do que ouvir a melhor amiga reclamar do namorado que deixou para trás.

- Tudo bem. Só vou tomar alguma coisa aqui e logo vou pro hotel.

    Ela sorrir e me abraça beijando meu rosto.

- Não vai ficar bêbada, não vale apena.

   Sorrio.

- Claro que não. Sei me controlar.

- Sei...- Diz ela irônica. - Certo. A gente se ver no hotel, tchau.

- Tchau.

  Logo que Sara sai, o barmen se aproxima. Ele veste calça e camisetas pretas e tem uma tatuagem enorme no braço esquerdo.

- Posso trazer algo para a gatinha beber?

- Sim, por favor traga-me a bebida mais ardosa que você tiver. Quero algo que desça rasgando.

   O barmen sorri com o meu pedido.

- Parece que alguém não teve uma manhã muito boa.

- Realmente, hoje não é meu dia.

    Não reparo na bebida que ele me serve, apenas pego o copo e jogo a bebida para dentro.

   O barmen me olha quando faço caras e bocas com o gosto da bebida.

- E então?

- Nooossaa! Essa realmente desce rasgando. Não vou nem perguntar onde conseguiu essa. - Ele sorrir. - Coloca mais uma dose pra mim.

- Você gostou, em?

    Disse o barmen me servindoo.

- Mais amarga que minha vida essa bebida não é.

- Vou está por perto, se precisar pode me chamar.

- Valeu gatinho.

     Olho para o copo a minha frente. A que ponto eu cheguei. Nunca me vi bebendo por homem nenhum e olha eu aqui, emchendo a cara de novo.

   Apoio meu rosto nas mãos, meus cabelos caem cobrindo meu rosto.

   Tudo ainda mexe comigo. O namoro, o quase noivado. Tudo.

   Eu não consigo olhar para Meire sem imaginar João. É horrível.

- Maxdor?

   Olho para Vicent. Sua voz é inconfundível, assim como seus olhos castanhos que me olha preocupados.

DESENCONTROSOnde histórias criam vida. Descubra agora