19 - Naquele fim de tarde.

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Me levantei as sete da manhã. Tomei um banho quente, café e busquei uma mala pequena para colocar algumas coisas. Como iríamos voltar no mesmo dia, coloquei apenas duas roupas, lingerie, alguns produtos de higiene básica e um tênis.

Estava super ansiosa para o passeio. Aquele rebuliço em meu estômago não me deixava em paz. Pensei em desistir várias vezes. Até ensaiei as falas, as quais eu iria dizer ao Vicent. Tudo loucura da minha cabeça.

08:10hrs Vicent apareceu no hotel. Interfonou para o quarto e desci.

Na recepção ele me esperava. Quando me viu levantou-se da poltrona e ficou a me olhar até eu cruzar o hall de entrada e parar em sua frente.

- Não sei por que ainda fico tão fascinado com sua beleza.

Sorri.

- Uma hora você vai ter que se acostumar.

Digo ainda sorrindo.

- Acho que nunca vou me acostumar. Posso te dar um beijo?

Eu que não me acostumo com esse novo Vicent.

- Se passar o dia todo me pedindo permissão para tal coisa, esse passeio não vai da certo.

Ele mau me deixa terminar. Quando menos percebo já estou nos braços de Vicent, e ele gentilmente colou os lábios nos meus. Aquele contato me deixando tonta.

- É melhor a gente ir.

Ele disse ainda agarrado a mim. Se afastou só um pouco para entrelaçar sua mão na minha e me levar para fora, de encontro ao seu carro.

O percurso foi bastante tranqüilo. Não fiquei me sentindo uma estranha como achei que seria. Vicent engatou em uma conversa que as vezes perdíamos até a noção do tempo, e logo cruzamos uma pequena estrada de terra batida, o caminho para chácara de Vicent.

Ele estacionou em frente ao um grande alpendre, depois de passarmos por um portão de ferro. A gente mau desceu do carro, e já fomos bem recebidos por uma senhora muito bonita. Ela parecia está nas casas de seus quarenta e poucos anos. Ela nos cumprimentou com um sorriso muito simpático.

- Bom dia Erick. Fico tão contente quando o vejo por aqui.

- Bom dia Silvia. Não se anime muito não, vou embora logo a noite.

- Que pena. Como sempre, muito apressado. E essa moça tão bonita quem é?

Ela disse todo sorriso, pegando em minha mão.

- Oi. Sou Millah. Prazer.

Digo apertando sua mão de volta.

- Millah Maxdor, minha namorada.

Disse Vicent agarrando minha cintura para me juntar a lateral de seu corpo. O sorriso de Silvia se tornou mais Largo e seus olhos brilharam.

- Oh que felicidade meu menino. É um prazer finalmente conhecer sua amada.

Meu rosto esquentou de constrangimento. Sorri um pouco sem jeito.

- Vamos entrando. - Disse Silvia. - Os meninos vão adorar essa notícia. A Lili vai gostar de saber que você está aqui.

Silvia foi na frente, fiquei a passos lentos com Vicent logo atrás.

- Por que disse que somos namorados?

Ele sorri para mim daquele jeito safado.

- Por que essa é a verdade.

- Você sabe que não é. Vicent pare de inventar coisas.

DESENCONTROSOnde histórias criam vida. Descubra agora