30 - Pro dia nascer feliz.

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Parecia que eu tinha despertado de um sono profundo. Meu corpo ainda dolorido me fazendo lembrar da noite, nenhum pouco decente, de ontem. Um pequeno sorriso surgiu em meus líbios com a lembrança. Alisei o colchão a procura de algo grande e forte,  me senti decepcionada quando notei o lugar ao meu lado vazio.

Joguei a cabeça no travesseiro exasperada. Não queria pensar nos motivos que levaram  Vincent a ir embora escondido na madrugada. Ele deveria ter pelo menos se despedido, ou deixado algum bilhete.

Eu estou pensando em quanto Vincent é um escroto, quando um grito reverberou pela casa. Saí meio tonta, descalço e enrolada apenas no lençol, em direção ao grito de desespero. Estanquei na cozinha quando vi a cena: Vincent apenas de cueca box preta, com as mãos feito concha em seu volume e Sara agarrada a uma frigideira pronta para atacar. Ela estava tão alarmada quanto Vincent.

- O que está acontecendo?

Exigiu saber me metendo entre eles.

- Essa louca quer me matar.

Disse Vincent ainda com as mãos protegendo a parte da frente de sua cueca.

- Foi você que quis me matar primeiro aparecendo assim, só de cueca. Onde pensa que está? Em um motel?

- Ei. - chamei atenção dela - Ele está comigo.

- E isso muda muita as coisas, não é mesmo?

   Disse Sara com deboche.

- Deveria, já que eu também moro aqui.

- Será que dava pra você pedir pra ela abaixar essa arma? - Sara revirou os olhos - Ela estava tentando acertar meu pênis com nisso ai.

- Só por que eu achei que você fosse uma tarado que tinha invadido o hotel.

Ela disse como se tivesse sem paciência.

- Sara?

Estendi a mão pedindo  a frigideira.

- Vocês são dois babacas.

Ela disse guardando a arma muito perigosa, segundo Vincent.

- Graças a Deus. - Vincent suspirou aliviado, me fazendo sorrir. - Pensei que ela fosse mesmo me acertar.

- Posso mudar de ideia. - Sara ameaçou.

  Vincent estremeceu ao meu lado, alisei suas costas nua.

- Ela está brincando. Poderia me esperar no quarto? - Pedi carinhosa.

- Claro, bem melhor do que ficar aqui sendo ameaçado por essa louca.

Antes que Vincent pudesse me dá um beijo, Sara atirou uma faca nele, Vincent desviou.

- Ela quer me matar. Eu disse que ela quer me matar.

Ele disse alarmado, mas notei um sorriso travesso em seus lábios ao sair da cozinha.
Peguei a faca e ergui  questionando Sara.

- Tava só brincando.

Ela deu de ombros.

- Com uma faca?

- Eu nem botei pra pegar nele, você viu, passou longe.

Contornei o balcão, devolvendo a faca ao seu lugar.

- Pensei que fosse passar a noite com Pablo.

Falei ao seu lado.

- Foi o que eu fiz, mas ele teve que sair cedo e eu não queria ficar sozinha naquela mansão. Agora imagine o tamanho do susto que levei quando vi  um homem nu na cozinha.

DESENCONTROSOnde histórias criam vida. Descubra agora