Capítulo 43

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Fomos pro quarto dele e tentamos por horas dormir, até que era tarde de mais e o sol já nascera.  

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-Emma? -era Killian.

-Tô aqui. -saí do banheiro enxugando os cabelos. Ele deu um suspiro que me pareceu aliviado. Deve ser por causa da Tinker. -Está tudo bem?

-Sim... Fiquei com medo de você ter sumido... São que horas? -continuou para cortar o assunto e eu assenti.

-Sete e meia. Tenho que estar antes das oito na delegacia, meu pai está me esperando para fazer a ronda matinal na escola. E não podemos deixar lá vazio.

-E os policiais?

-O horário deles é ás nove na segunda. -suspirei e sentei na cama ao lado dele. -Assim que ele voltar eu vou procurar pela Tinker. Mas me prometa que não vai fazer nada precipitado, okay?

Ele assentiu. -Obrigado por ajudar... Sei que você não gosta da presença dela aqui. Comigo.

-Não desejo mal á ninguém, Killian. Mesmo que esse alguém possa me criar problemas. -olhei o relógio no meu pulso e sorri sem mostrar os dentes. -Tenho que ir. Quer almoçar comigo hoje? Às uma? -Dei um beijo rápido em seus lábios para evitar que ele questionasse. -Te amo.

-Também te amo. -ele voltou a deitar na cama e enfiou a cabeça nos travesseiros com a fronha azul marinho.

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Estava pensando no sumiço repentino da Tinker Bell e na ligação estranha que eu recebi.

Será que era uma coincidência eu ter recebido uma ligação tão peculiar justo quando ela sumiu?

Eu queria que sim. Não iria aguentar me sentir culpada por aquilo. Mas seria o primeiro lugar em que eu iria procurar.

-Emma? -era Ruby- Te trouxe rosquinhas e café. -ela sorriu.

-Ah Ruby, não precisava. -levantei e fui até ela, que me deu um abraço e depois me entregou a sacola de papel.

-Claro que sim. Depois de tudo que você está fazendo por mim? É o mínimo que eu poderia fazer pra te agradecer.

Apenas sorri e agradeci pelo café. Meu estômago já estava roncando há algum tempo. -Você precisa de algo? -bebi um pouco do café no tradicional copo de papel. Eu adorava esses copos.

-Ah, não, não. Só vim te trazer o café... Estava com tempo vago. Que acaba em... -checou o relógio- cinco minutos...Preciso ir, é um bom caminho andando até lá. -Sorriu e eu me despedi.

              Liguei o computador e entrei na minha conta do telefone de casa. Imprimi a lista das ligações do mês e fui procurando a última. O número era privado. Mas nada que eu não pudesse resolver. Conectei o pen drive que ficava no meu chaveiro, era da época de FBI, e observei os arquivos serem descriptografados e procurei pelo número. Com sorte, consegui descriptá-lo e rastreá-lo. O endereço que a ligação foi feita era em Storybrooke. Era no porto da cidade. Estranhei, já que normalmente num sequestro, a pessoa é levada pra perto, mas não tanto. Num lugar que você nunca imaginaria procurar. Talvez fosse esse o lugar que eu nunca procuraria...  Pensei em Killian. Eu nunca havia ido onde ele trabalha. Na verdade eu nem sei em quê. Ele só diz que é no porto.

Lembrei que nós iríamos almoçar juntos e decidi que iria perguntá-lo.

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Quase uma da tarde. Eu estava indo pro Granny's encontrar o Killian. Parei o fusca amarelo em frente a lanchonete. Esperaria por ele ali. Peguei o celular e o papel em que anote o número da ligação anônima.  Disquei e respirei fundo antes de ligar. Havia tocado quatro vezes antes de eu ouvir alguém dizendo o meu nome.

A Complicated Love Story [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora