Capítulo 45

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Meu coração batia tão rápido em meu peito que poderia jurar que estava saltando fora. Ouvia os batimentos altos em meus ouvidos, como se fosse uma música alta. A chamada caiu e sem que eu sequer pudesse digerir os pensamentos: começou a chover. 

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Corri para dentro de casa e vesti minha jaqueta vermelha que estava pendurada no gancho da sala. Peguei as chaves do carro e avisei Ruby que eu precisava ir resolver coisas da delegacia e qualquer coisa ela deveria me ligar. Tranquei a porta ao sair e entrei no carro. Tirei uma mecha de cabelo que escorria pelo meu rosto e liguei o carro. Dirigi o mais rápido que podia e estacionei na minha vaga do estacionamento. Deixei o carro aberto e corri para dentro.

-Pai, o que está acontecendo?

-Emma... Eu sinto muito.

-O que houve? Por favor, me diz que... -resisti á vontade de chorar e respirei fundo- Me diz que tá tudo bem.

-Ele vai ser mantido em observação.

-Não... -não consegui segurar as lágrimas e me joguei no abraço de meu pai.

-Shh... Vai ficar tudo bem, querida.

-Eu quero vê-lo. -resmunguei com a voz abafada pelo casaco dele.

-Ele está lá em baixo.

-Por que? Por que ele não fica aqui em cima como os outros?

-Porque o promotor quis assim, Emma. Você não entende? Eu não posso fazer nada com esses agentes do governo. Desculpe. -ele parece ter se lembrado de que eu já fui um deles.

Deixei ele ali sozinho e desci as escadas para o nível subterrâneo;era onde as presos considerados perigosos ficavam. Quase não era usado. Procurei pela cela de Killian e entrei assim que o achei.

-Killian? -corri até ele e o abracei- Eu sinto muito amor, sinto tanto por você estar aqui. É tudo culpa minha.

-Eles acham que eu matei a Tinker... -disse num fio de voz. -Ela era minha melhor amiga, Emma.

-Ei? -levantei seu rosto e o fiz olhar para mim- Ela ainda é. Okay? Você vai sair logo daqui. Eu vou achar ela e te tirar daqui, Killian, eu prometo.

Ele encostou na parede gelada e cinza daquele cubículo.

-Eu te amo. Ouviu? Eu te amo.

Saí de lá sem ele dizer que me amava de volta.

Quando saí da delegacia, a chuva havia aumentado. Abri a porta do meu carro e me surpreendi com uma cena aterrorizante.

Dezenas de fotos. Talvez mais que dezenas. Eu reconheci o rosto na mesma hora: Era Tinker. Todas elas eram iguais. Era Tinker amarrada em uma cama. Seus braços e pernas estavam acorrentados e sangrando. Ela devia ter tentado puxar.

Tinha uma foto colada do avesso no volante. Nela dizia: "ME ENCONTRE AMANHÃ Á MEIA NOITE NA PRAÇA DO RELÓGIO. NÃO CONTE PARA NINGUÉM -J" Peguei-a e a virei. Era uma foto tirada de Ruby na minha casa. A foto foi tirada hoje, tinha certeza. Ela estava com a mesma roupa de quando eu saí de lá.

E a deixei sozinha.

Dei partida no carro e corri para casa. Era uns quinze minuto de lá. Liguei para Ruby. Ela atendeu no terceiro toque.

-Emma?

-Ruby...Graças á Deus! Ruby, está tudo bem?

-Sim... Aconteceu alguma coisa, Emma? -ela ficou preocupada.

-Ruby, por favor não saia de casa. Fique junto de sua avó e se tranque no meu quarto.

-Mas...

-Agora, Ruby. Eu estou chegando. Em baixo do meu abajur tem uma chave, ela abre a gaveta do criado mudo. Chego em dez minutos. -desliguei antes que ela pudesse contestar.

pov ruby

Emma me assustou com a breve ligação dela. Vovó estava terminando o jantar, e eu estava na sala arrumando a mesa para quando Emma voltasse quando ela ligou.

Fui até o quarto dela e fiz o que ela pediu, abri a gaveta e não pude evitar por a mão na boca em surpresa;  era uma arma. Respirei fundo e tentei parar de tremer. Peguei-a e fechei a gaveta, pelo peso, estava carregada. Eu não sabia nada sobre pistolas. Sabia apenas que se eu apertasse o gatilho com ela armada, atiraria e poderia matar. Eu não queria ter esse poder. O poder de tirar a vida de alguém. Ninguém deveria ter esse poder. É injusto.

Fui até a cozinha e a Vovó se assustou quando me viu segurando uma arma.

-Ruby? -ela estava com a mão no peito, se assustara.

-Desculpe, Vovó. Emma disse que a gente estava em perigo e me pediu que pegasse isso. Eu estou com medo. -resisti ao impulso de abraçá-la e chorar em seu colo.

Antes que ela pudesse responder, teve um barulho de vidro se quebrando. Gritei de susto e minhas mão voltaram a tremer. Eu estava tão apavorada... Foi a janela de um do quartos. Eu não sabia se iria até lá para ver o que era, ou se saia correndo. Decidi que iria até lá.

-Vó, fique aqui. Puxei o cão e empunhei a arma de um jeito que eu pudesse mirar. Abri a porta do meu quarto e tinha vidro no chão. Entrei devagar e olhei em volta. Quando virei, uma sombra passou por mim e pulou pela janela. Pelo momento de nervoso consegui atirar de raspão na pessoa que estava com um casaco preto encapuzado. Olhei pela janela e ele corria até uma moto. Montou-na e deu partida; logo tudo não se passava de uma lembrança.

Corri até a cozinha onde encontrei minha avó desesperada falando com Emma, que acabara de chegar.

-Emma... Quem era aquele?

-Você conseguiu ver o rosto?

-Não. Mas acho que acertei ele. Estava de capuz.

Emma foi até o meu quarto e olhou em volta, procurando qualquer pista. Abaixou perto de onde caiu a capsula que e havia atirado e disse que tinha um pequeno pedaço do casaco da pessoa que entrou aqui.

-Não estamos seguras aqui. -disse Emma ao se levantar e olhar para mim.

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Escrevi agorinha <3

Postei e saí correndo hahahah

-A.S

A Complicated Love Story [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora