Capítulo 46

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-Não estamos seguras aqui. -disse Emma ao se levantar e olhar para mim.

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pov emma

Eu não sabia o que fazer para proteger eu, Ruby e a avó dela. Pensei que talvez se ficássemos na casa dos meus pais, seria melhor do que ficar em casa. Não sabendo que ele poderia entrar de novo.
Coloquei algumas roupas em uma mala pequena e dirigi até a casa dos meus pais, junto de Ruby e Granny.
-Emma, o que aconteceu? Ruby, Granny? -Mary se espantou com a nossa visita inesperada.
-Nós precisamos passar a noite aqui...
-Mas o que aconteceu? -ela deixou espaço para nós estrarmos e assim o fizemos.
-Minha casa foi invadida. -disse de uma vez.
-Meu Deus! Vocês estão bem?
-Estamos. Foi só um susto, mas não estamos seguras lá. Achamos que é a mesma pessoa que abusou da Ruby e da Tinker. E que está com a Tinker como prisioneira.
-Emma, eu sinto muito.
-Tudo bem... Meu pai ainda não voltou?
-Ele me ligou dizendo que iria demorar mas iria trazer sorvete. Você sabe... Grávidas.
Sorri. -Vou até o meu quarto para arrumar nossas camas, ok? Qualquer coisa me chame. -fiz um rápido carinho na barriga dela que sorriu e assentiu.
Quando abri a porta do meu antigo quarto. Nao estava nem um pouco como era antes... Virara um quarto de bebê. É claro. Meu irmão.
Respirei fundo e arrumei os colchonetes com ajuda de Ruby.
Como não dera tempo de jantarmos, quando terminamos comemos o que minha mãe havia feito.

***

pov tinker

duas semanas antes

Na quarta feira de manhã, levantei e vi que Killian não estava ali, mas a Natasha estava dormindo.  A gente se dava bem antes...
... Mas agora com a Emma?  Tudo mudou.
Ela parece outra pessoa. De todos os modos.

Bebi um gole do café e levantei, levei a xícara pela metade pra pia junto com o prato que tinha alguns bacons. Comecei a lavar a louça que estava ali, que pra variar o Killian largou de ontem.
A porta da frente abriu, soube pelo barulho. 
-Killian, você devia lavar sua lou...
...senti algo no meu rosto, era um pano, um pano úmido. 
Tentei me debater mas braços fortes me seguraram, pude ver em sua mão um anel de rubi...
... não...

algumas horas depois

Pisquei algumas vezes antes de retomar a visão completa, e os sentidos. Tentei mexer os braços mas estavam presos, assim como os pés. Levantei a cabeça com dificuldade e olhei em volta, eu estava presa numa cama, em um quarto pequeno.
Não reconheci o lugar, eu nunca estive aqui.
Tentei buscar por alguma janela mas não consegui encontrar nenhuma. A porta -que nem dava para perceber- abriu, e surgiu um homem dela.
-Que bom que acordou... - ele sorriu e fechou a porta.
-Quem... é você? -murmurei com a cabeça ja caída na cama de novo.
-Nah, você não quer saber. Mas saiba que nao é nada pessoal, viu?
-Imagina...  -sussurrei pra mim mesma.
-Mas me diz, - ele ajeitou a máscara que usava- por que resolveu voltar à Storybrooke?
-Isso não é da sua conta.
- Ah, não?  - ele pareceu desapontado- Que pena... Tão bonita. -pegou algo que parecia ser uma faca e apontou para mim- Eu vou perguntar mais uma vez.  -brincou com a ponta da faca no meu pescoço - Por que você voltou?   -perguntou pausadamente enquanto apertava um pouco mais a faca afiada.
- Eu... -engoli em seco- Não aguentava mais ficar longe daqui, por favor não me mata.  -ja estava chorando.
-Bom... -guardou a faca e olhou o relógio - hora da diversão, baby. -sorriu e abriu o cinto da calça.

Ah, não...
No mesmo momento em que eu pensei, o homem puxou minhas pernas para baixo e as afastou.
-Por favor não.-gritei tentando me debater, na falha intenção de me soltar ou me livrar dele.

Mas eu estava sozinha; novamente.

hoje

Acordei depois de mais uma sessão de tortura grátis. Eu não aguentava mais. Eu queria fugir, mas não tinha como. Parecia impossível sair da vista do meu carcereiro.
Ele não queria dinheiro. Ele queria me ver sofrer, e estava conseguindo.
Achei que ligando para Emma, conseguiria ser salva, mas pelas minhas contas, ja pasou mais de duas semanas e nada de Emma.
Nem mesmk Killian.
Estava perdendo as esperanças. E sabia que isso não deveria acontecer, seria o fim.
-Eu estou com fome. -resmunguei.
Meus pulsos estavam algemados, mas eu estava livre das correntes dos meus pés. Apenas por uns momentos.
-Você comeu tem menos de uma hora. Sua janta já foi servida.
-Mas meu estômago está doendo...
-Que pena. Está na hora de dormir. -ele tirou um vidro do bolso do casaco e um copo de plástico velho.
Depois desses dias, eu ja sabia que não adiantava tentar resistir. Ele colocou o copo na minha mão.
-Tome tudo. -engoli tudo com alguma dificuldade e devolvi o copo. Ele mandou eu deitar e eu obedeci. Fiquei deitada de olhos abertos, alarmada, até o momento em que eu apaguei.

pov emma

Mal consegui pregar os olhos a noite toda. Quando levantei, minha mãe ainda dormia, e meu pai estava fazendo café na cozinha.
-Bom dia, pai.
-Ah, bom dia, querida.
-E o Killian?
-Nada ainda. O advogado dele já está entrando com todo o processo, mas você sabe que demora. Ainda mais com todas as provas.

Não respondi. Peguei uma maçã e a lavei. Sentei no sofá e a comi enquanto checava minhas mensagens.
-Bom dia Emma. -Ruby desceu a escada que levava para os quartos e se sentou de frente pra mim.
-Bom dia, Rubs.
-O que vamos fazer hoje?
-Sinceramente? Não sei. Não sei se uma viatura dia  e noite em casa adiantaria, mas acho que temos que continuar como se nada tivesse acontecido.
-Certo. Eu ainda estou um pouco assustada.
-Também estou, Ruby. E essa sensação é horrível.
-Com certeza. -ela suspirou e afundou o rosto nas mãos. -Eu quero minha vida de volta. Não posso nem sair á noite com medo de alguma coisa acontecer. Eu tenho medo até de dia.
-Agora eu posso dizer que sei como se sente. -abracei ela e disse que ficaria tudo bem.
No fundo eu queria acreditar nisso. Queria mesmo

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Sempre que eu to perto do mar eu me inspiro. Adoro.
QUEM SABE ASSIM CES SENTEM UM MINIMO DE PENA DESSA TINKER NE NON
-A.S

A Complicated Love Story [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora