Prólogo

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Olá caro leitor, para aproveitar ao máximo esta história mantenha a imaginação bem aberta. Boa leitura. 💙

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Abri os olhos e voltei a consciência. Me vi deitada na cama de uma sala fechada, inteiramente com as cores mais simples, fiquei perplexa, não estava acostumada a aquele tipo de cenário pois era um dos únicos que nunca desejei.

Olhei ao meu redor e encontrei apenas uma pequena janela e uma porta, e ambas fechadas não me proporcionavam muita claridade. Toquei no lençol branco meio bagunçado, enquanto me sentava.

Tentando me lembrar o que me teria acontecido em meu últimos momentos de realidade, entrou pela porta uma mulher de aparência velha com um jaleco aberto e por baixo deste, roupas tão deploráveis quanto às cores do local em que me encontrava, porém olhando novamente, percebi que era na verdade uma mulher por volta de seus 36 anos, porém não via nela traços de cuidados. Logo, ela começou a falar:

-Você está bem ? vi que fechou os olhos por uns minutos, e não quis incomodar.

Continuei sem saber que reação ter, então fiz a primeira pergunta que me veio à mente:

-Desculpe, mas onde eu estou mesmo ?

Ela então me mostrou um semblante de espanto, como se eu devesse saber, talvez devesse mesmo.

-Eu sou Marta, você está num hospital, tivemos uma breve conversa a cinco minutos, não se lembra ?

Não me lembrei, afinal desta vez fiquei fora da realidade por algumas semanas imagino, não me lembro nada recente sobre esta realidade.

Pedi licença para ela, e tentei me lembrar do que podia. Como estava muito difícil decidi voltar ao começo para ver onde começou, e descobrir como perdi minhas memórias.

Lembrei-me de um momento no qual eu não tinha ideia do que estava para acontecer, como um filme, me veio à memória quando acabara de chegar de viagem.

Iniciou-se às férias, e decidi viajar, finalmente um tempo longe de tudo e de todos, enfim estava mesmo precisando, porém, logo ao chegar me deparei com minha casa revirada e vazia: tinham roubado minha casa.

Entrei em desespero, afinal tudo o que eu tinha estava naquela casa, trabalhos da faculdade, documentos do trabalho que eu teria que resolver logo que voltasse de férias, não tinha sobrado nada.

Como primeira reação pensei em ligar para os meus pais. Coloquei a mão no bolso procurando o celular, mas parei. Me remoendo por muito tempo, pensando em todas as formar possíveis de não ter que me submeter a aquela situação, cheguei à inevitável  conclusão: não tinha escolha. Então liguei.

Expliquei a situação para a minha mãe, que entrou em desespero.

  - Você foi o que ??

  - Calma mãe, eu to bem. Quando eu  cheguei não tinha nada aqui, mas não tinha ninguém também então ta tranquil-

  - Ai meu Deus. - Ouço ela gritar estrondando meu ouvido. - Antonio ela foi assaltada, e Agora?? 

  - Ela foi o que ? - Ouço a voz distante do meu pai gritar.

  - Mãe, meu ouvido. - Digo afastando um pouco o celular do ouvido que doía um pouco com o grito. - Mãe é sério fica calma. - Ouço um som estranho. - Você ta chorando ? - pergunto incrédula.

  - Não! Não to chorando! - Ela diz quase soluçando. - Sua chata.

Fiz de tudo para acalmá-la, mas ainda era minha mãe, a rainha do drama. Não havia nada que eu dissesse que a deixaria tranquila.

Quando fecho os olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora