Capítulo 13

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Eu sei que eu tenho falado isso muito ultimamente, mas desculpa a demora, e queria agradecer pois este livro chegou a 1000, e isso não é graças a mim mas graças aos leitores.

E desculpe pelos erros, pelas demora, por tudo que vocês não gostarem, enfim. É isso.

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"O que você sabe sobre o antigo normal?"

Esta frase continuou ecoando em minha mente, o que me fez tentar desesperadamente lembrar como era a minha vida antes de tudo isso, todos esses problemas. Tento pensar, mas por mais que procure só encontro problemas.... É tudo o que eu me lembro, não consigo lembrar nada alem disso. Nada feliz, nenhuma lembrança boa a não ser que seja de muito, mas muito tempo atrás. Afinal, o que eu fiz com minha vida? Quem eu me tornei? Desesperada meus olhos se encheram de lágrimas e dormi algumas horas depois com o travesseiro já encharcado.

Acordei na manhã seguinte e me recusei a sair da cama. Procurei em meu celular algo para fazer que não me levasse ao contato com alguém, ou seja, fugindo de redes sociais porém não sobrou muita coisa legal para fazer. Então, passando as telas procurando por algo sem saber o que exatamente procurar, notei a galeria de fotos, o que me trouxe uma ideia: posso ter alguma foto de algum momento feliz que me ative a memória. E fui com muita euforia, na esperança de enfim achar... Alguma coisa, não sei exatamente. Porém, me deparei com a cena mais decepcionante: a galeria de fotos está vazia. Não há nada. Me veio à vontade de chorar e até a lembrança de uma lágrima, porém parece que estas se secaram na noite anterior. Até que desisti, e preferi simplesmente ficar olhando para o teto, para o nada, deixando os pensamentos fluírem, até ir decidi levantar. Fui em direção ao espelho a procura de meu reflexo. O que eu vi foi meus olhos inchados, meu cabelo como um ninho de pássaros e as olheiras mais fundas que já vi em meu rosto.

  - Não posso continuar assim.- disse em voz alta, resultado da euforia, enquanto batia levemente em minhas bochechas como se tentasse me acordar para a realidade - quando foi que fiquei tão ... fraca? - me perguntei retoricamente - tenho que fazer algo a respeito.

Então abri meu guarda roupa e peguei meu vestido mais confortável, que por sinal era azul com bolinhas brancas, e um chorte para me sentir livre para fazer qualquer movimento, afinal acho que minha intenção era me sentir livre, e fui então em direção ao banheiro tomar um banho.

Já era tarde, já ouvia, enquanto estava no banho, os comentários irônicos dos meus pais, enquanto conversavam sobre como eu estava folgada, não fazendo nada e não ligando para que rumo tomar da vida, enquanto convenciam um ao outro de que a situação que eu estava não era motivo para que eu estivesse daquele modo. Não nego que me abalei um pouco com os comentários que ouvi, não sei se por que esses dias me abalava com qualquer coisa, mas decidi fazer o de costume quando me deparo com alguma situação parecida: não me importar. E enquanto repetia para mim mesma: "Ignore, ignore", me lembrei o que costumava fazer ao tomar banho, e logo decidi pô-lo em pratica, vamos se dizer, como nos velhos tempos, já que se eu fiz isso num passado recente eu não me lembro, e comecei então a cantar:

  - "Lately, I've been, I've been losing sleep, Dreaming about that things we could be. But, baby, I've been, I've been praying hard, Said, no more counting dollars. We'll be counting stars, yeah, we'll be couting stars."

Após terminar esse pequeno trecho, percebi que ouve silêncio na cozinha, e percebi que se silenciaram os comentários irônicos. Me dei ao luxo de um pequeno sorriso sarcástico no canto da boca e continuei:

Quando fecho os olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora