O contrato que mudou a minha vida (Concluído)

Capítulo 21

- Tudo culpa minha. Tudo culpa minha. Tudo culpa minha. (Falo com as mãos na cabeça)

Letícia: Culpa de quem?

- Minha, Letícia. Sara me viu com Carla, saiu que nem uma doida da empresa e aconteceu isso.

Letícia: Está rolando alguma coisa entre vocês, né? (Pergunta)

- A gente ficou umas 2 vezes. Ela mexe com meu psicológico. Não posso negar, é linda.

Letícia: Caio, eu conheço Sara há uns anos e eu sei que quando ela se apega a alguém, a ama intensamente. Não estou dizendo que ela está apaixonada por você, mas só quero dizer que, não perca essa mulher, ela é mais incrível do que você possa imaginar.

- Diz que ela vai ficar bem. (Digo me deitado no colo dela)

Letícia: Vamos ter fé que sim. Olha, la vem o doutor. (Nos levantamos)

Doutor: Alguém quer ver ela? Mas ela não está acordada. E um de cada vez, por favor.

- Eu, por favor, doutor. (Falo desesperadamente)

Doutor: Venha comigo.

Entro em uma sala e a encontro com aparelhos, dormindo, parecendo um anjo. Com pequenas raladuras no rosto, mas continua sendo a mais linda.

- Oi, Sara. Sei que pode me ouvir. Me perdoa, pelo o amor de Deus. Fica bem logo, temos um desfile pra organizar, lembra? (Sorrio) e é duro admitir, mas preciso de sua companhia. (Falo alisando seu cabelo, seu rosto...)

A observo alguns minutos até o doutor me chamar novamente.

Doutor: Venha, meu caro. Ela vai ficar bem.

Letícia entra e depois mamãe.

Letícia: Caio, já sao 2h, você não comeu nada. Vá até a cantina.

- Não vou sair daqui, preciso de notícias dela.

Mamãe: Filho, não se preocupe, já avisei todos na empresa e Matheus ficou cuidando de tudo.

Se passa o resto da tarde, a noite, a madrugada... e nada de notícia dela. Dormi na cadeira do hospital. Só vi Sara uma vez. Não comi nada.

Mamãe: Toma esse café, filho. Você precisa tá bem quando ela acordar.

- Ah, mãe, a culpa é toda minha. Eu preciso que ela fique bem.

Mamãe: Relaxa. Agora come isso aqui.

Como bem pouco pois avisto o médico vindo em nossa direção.

Doutor: Sara não está nada bem. Achei que com alguns medicamentos ela iria melhorar. Continua inconsciente e não reagiu a nada.

Letícia: Meu Deus, não posso perder a minha irmãzinha.

Doutor: A minha equipe inteira está dedicada a ela, tudo dará certo.

1 mês depois...

Já está em um quarto, agora eu não consigo me desgrudar dela. 1 mês e nada. Já perguntaram se eu queria desligar os aparelhos, mas, não, eu não desisto dela. Nunca imaginei que sentiria tanto a sua falta. Dedico cada segundo da minha vida, a ela. Minha empresa está nas mãos de Matheus, mamãe decidiu ficar e está cuidando de tudo. Meu desfile foi adiado, pois ela precisa estar lá, pra comemorar comigo.

Que falta que ela me faz, seu sorriso, seu cheiro, seu beijo, seu corpo. Converso 24h com ela, sempre disse que me sentia relaxado, eu sei que ela me ouve e me entende. Já quase me mudei pro hospital, pois quando ela acordar, quero está ao seu lado. Essa semana já faria 4 meses que estamos "casados", daqui uns meses ela vai embora. Mas será que é isso mesmo que eu quero?

Minha mãe me forçou a vir em casa, tomar um banho. Já tem dias que não tiro a barba. Estou me vestindo quando Letícia me liga.

Letícia: Caio, corre pro hospital, agora!

Nem pergunto o que foi, acho que tenho medo da resposta. Apenas saio pro carro, ainda vestindo minha camisa e saio voando pro hospital. Chegando lá, encontro o médico.

Doutor: Te procurei pra dar a notícia primeiro, mas não estava aqui. Sara está acordada!

Meus olhos brilham, caio em lágrimas de tanta felicidade.

- Eu quero vê-la.

Doutor: Letícia ja está la dentro.

Sara narrando:

Parece que dormi há anos. Meu corpo dói, minha cabeça zonza... mas eu me lembro de muita coisa, inclusive o porque de eu estar aqui.

Letícia: Meu amor, que bom que você acordou. Não imagina o susto que nos deu.

Eu queria falar, dizer que estava com saudade e que a alegria era imensa em saber que ela foi a primeira pessoa que vi.

Um homem de jaleco a chama, não o reconheço, provavelmente, é o médico.