Capítulo 35

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Chega às 3h e eu vou a sala de Sara. Não encontro Melissa na recepção. Bato na porta e ouço um "Entra".

- Ainda quer ir comigo no shopping? (Digo meio receoso)

Sara: Por que não iria? (Pergunta enquanto termina de escrever no fim de uma folha)

- Então vamos.

Nos direcionamos ao estacionamento, em silêncio. Não quero que nossa forma de tratar um ao outro, mude.

- Sara? (Digo enquanto dirijo)

Sara: Oi.

- Não quero que as coisas mude entre a gente. Falo da nossa amizade.

Sara: Relaxa, Villela. Tudo continuará da mesma forma. Só não seremos mais um casal.

- Ainda quer ir comigo na festa?

Sara: Sim. 

- Falando nisso. Dava pra tu analisar agora, uma quantia boa para doarmos hoje a noite? Porque você sabe mais da nossa condição financeira.

Sara: Claro. Te falo daqui uns minutos.

Chegamos ao shopping e primeiro vamos a procura do vestido de Sara. Sabe como são mulheres, não é mesmo?!

Sara gosta de 3 vestidos. Digo a ela para experimentar e vir me mostrar. Ela experimenta o primeiro, é um preto, todo aberto nas costas e com decote que realçou os seios maravilhosos que Sara tem.

- Está maravilhosa. (Falo a admirando, ela tinha ficado linda). Mas não acha que está muito a amostra? (Falo um pouco incomodado)

Sara solta uma gargalhada. Como que alguém consegue, a cada dia, ficar mais linda?
Ela volta ao vestiário. Quando retorna em minha direção, volta mais linda que antes. Com um vestido longo, verde que caiu perfeitamente no corpo escultural que ela tem.

Sara: É esse! (Fala confirmando ja ter escolhido o vestido)

- Está perfeita. (Elogio)

Sara sorri e volta ao vestiário. Quando retorna, vamos ao caixa.

Atendente: Esse custa mil novecentos e quinze, senhora.

Sara está com o cartão na mão quando a interrompo.

- Esse será um presente meu. (Entrego o cartão a atendente)

Ela sorri novamente e agradece. Saímos a procura do meu traje.

Entramos na primeira loja e avisto um terno verde.

- Eu poderia comprar para combinarmos, não é mesmo? (Sorrio em deboche)

Sara solta uma gargalhada gostosa

Sara: Acho que é melhor não, hein.

Já estamos na quarta loja e não encontrei nenhum que agrade.

Sara: Acho que esse papel era meu. (Diz se sentando em uma poltrona e jogando sua sacola ao lado)

Após sorrir, vou ao encontro da vendedora.

- Quero experimentar esse, moça.

Vou ao vestiário e me visto, saio para que Sara possa opinar.

Sara: Ficou ótimo! (Diz enquanto se recompõe em pé e me analisando em cada centímetro)

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Sara: Ficou ótimo! (Diz enquanto se recompõe em pé e me analisando em cada centímetro)

- Vou levar. (Digo a vendedora)

Atendente: São dois mil e cinquenta reais e noventa e nove centavos, senhor.

Sara: Agora esse é um presente meu. Nada mais justo!

Me dou por vencido, conheço o quanto ela é teimosa e só sairiamos dali quando eu a deixasse pagar. Sorrio em forma de agradecimento.

Sara narrando:

Após um lanche no shopping, vou para casa e Caio segue de volta a empresa.

Decido pesquisar apartamentos, já que terei que sair daqui o quanto antes. Eu juro que não queria que tivesse sido assim, não estava preparada para um baque como esse, mas tenho que aceitar, não é mesmo? As coisas só acontecem quando os dois querem. Caio percebeu nos meus olhos o quanto fiquei triste com a notícia, mesmo assim não se importou e acabou o contrato.

Encontro um apartamento perto da empresa. Ótimo! Pelo menos ainda irei ter como sobreviver, não posso deixar de agradecer a ele por querer que eu continue a trabalhar lá. Ligo e marco um encontro com o corretor para amanhã mesmo.

Já são 6:43, melhor eu ir me arrumar antes que Caio chegue. Deixo a quantia que devemos doar em cima do criado mudo de seu quarto. (150 mil reais), para quem ainda está se reerguendo, é uma ótima quantia.

Tomo um longo banho de banheira, com certeza eu preciso relaxar, pensar o que fazer daqui pra frente. Nem Letícia tenho mais, partiu para New York há 2 dias, a despedida foi triste, mas sei que ela volta logo. Agora sou apenas eu.

Me visto e fico admirando no espelho. Fiquei realmente muito linda. Gosto de me sentir assim, acho que deveria fazer mais compras.

Desço para esperar Caio na sala

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Desço para esperar Caio na sala. Já ouvi seus passos e sei que se encontra no quarto. No balcão, encontro chocolates. Acho que não custa comer um, não é?! Como muito e percebo a presença de Caio na sala. Me viro e ele sorri.

- Que foi? (Pergunto enquanto retiro o excesso de chocolate do meu dedo, com a boca)

Caio: Ta sujo aqui. (Se aproxima e passa o dedo no canto da minha boca)

Coro.

- Han, é melhor a gente ir... (Digo me afastando). Viu o papel que indicava a quantidade de dinheiro? Se achar muito, podemos retirar, não tem problema.

Caio: Não, é uma ótima quantia. Obrigada. Já fiz o cheque. Vamos.

Nos direcionamos a porta e fomos em um dos carros de Caio. Seguimos em silêncio (a nao ser pela música que tocava na rádio) para onde ocorreria o desfile.

O contrato que mudou a minha vida (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora