Capítulo 44

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Ligo pra floricultura e peço um buquê de cada de tipo de flor (exceto a que ela não gosta) e mando entregar no apartamento dela. Sei que ela está instalada la.

Passo o meu dia trabalhando. As vezes saio da sala, mas não vejo Sara e não tenho coragem de ir falar com ela. E o resto dos meus dias serão assim... de saudade dela.

Sara narrando:

- Melissa, pode ir embora. Seu horário já passou. Quero ficar mais um pouco por aqui.

Melissa: Tudo bem. Boa noite, Sara.

Quanto mais tarde eu chegar em casa e ficar sem fazer nada, olhando pra aquelas estrelas e pensando em Caio, melhor ainda. Quero ocupar minha cabeça e esquecer ele e toda a raiva que me fizera. Apesar de em alguns momentos eu sentir falta daquele cretino!

Já passa das 8h, decido ir pra casa. Acho que sou a última da empresa.

- Boa noite, Antônio. (Antônio é o porteiro da noite)

Antônio: Ainda aqui, Senhora? Quer que eu chame um táxi?

- Ah, sim, tinha umas coisas pra  resolver. Faria isso pra mim? Fico grata!

Ele chama um táxi, entro e vamos rumo a minha casa. No caminho, vejo uma ligação de Letícia.

- Em casa retorno. (Penso)

Parado no farol, olho para o lado e tenho a leve impressão de que conheço o carro parado ao lado. Ele levemente abaixa os vidros e vejo Caio dentro dele. Parado, pensativo... desde o acontecido ainda nao tinha visto ele. Me parece um pouco abatido, mas nao isso me importa mais. O motorista segue o caminho e logo chego na minha casa.

Cumprimento o porteiro e sigo pro meu andar. Ao abrir a porta, me deparo com uns 20 jarros de flores espalhados entre a sala e a cozinha (os dois estão na minha visão). Acho que dessa vez, a brincadeira foi bem exagerada.

Coloco minha pasta no sofá e em um dos jarros, o que está no criado mudo, tem um bilhete.

"Com todo o meu amor, para o meu amor."

Sorrio em tentar imaginar quem seja. De todo o meu dia, essa foi a melhor parte. Recolho todos os jarros que estão a minha vista e depois de colocá-los num mesmo ambiente percebo faltar orquídeas, que por coincidência ou não, são as que menos gosto.

Faço um leite quente, como um pouco de bolo, assisto TV e logo caio no sono. Acordo às 6:19, é, hoje não vou ter tempo de correr. Tomo um bom banho, me visto, hoje está um pouco frio.

Sigo para a empresa, de táxi, novamente

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Sigo para a empresa, de táxi, novamente.

- Bom dia, Melissa.

Melissa: Bom dia, Sara. Reunião as 14h, com o departamento do desfile.

Me sento e do nada me vem na mente que não liguei para Letícia.

- Alô? Amiga?

Letícia: Meu amor! Quanta saudade!

- Nem me fale. Ta tudo bem?

Letícia: Ta sim, e as coisas por aí? Caio?

Conto tudo pra ela, que fica perplexa e diz que o melhor é seguir em frente mesmo.

- Mudando de pau pra cacete, me diga, quando volta ao Brasil?

Letícia: Era pra ser no fim do mês, amiga, mas Marcos adiou e talvez daqui uns 4 meses.

Conto do admirado secreto e ela sorri.
- Let, vou ter que desligar, estou na empresa. Depois nos falamos. Beijo. Te amo!

Ela se despede também.

Acho que eu deveria aproveitar o horário de serviço, Caio ja deve estar na empresa e eu ir buscar meu carro e umas coisas que ficaram. Pego outro táxi e vou pra casa dele, sei que entro com facilidade, já que todos me conhece.

Caio narrando:

Estou terminando de me arrumar pra ir tentar trabalhar, queria que ela estivesse aqui pra me ajudar com a camisa. Sorrio ao lembrar de todos os dias ter acordado com ela ao meu lado.

Ouço minha porta ser aberta. Deve ser Matheus vindo ver se estou vivo.

- Não precisava ter vindo de novo, Matheus. Ainda estou um caco, mas sei que tenho que trabalhar. E por favor, não tente imitar os cafés dela, novamente. O seu nao chega aos pés. (Falo sorrindo)

Ouço uma voz que me causa arrepios.
Sara: Não é Matheus. Sou eu.

Ela me aparece na porta do quarto. Deslumbrante. Como ela fica linda com roupas mais sérias.

- Oi. (Digo a admirando, louco pra estar em seus braços)

Sara: Desculpa o incômodo, achei que não estivesse ninguém em casa. Vim apenas buscar meu carro e umas coisas que deixei pra trás.

- Vai me levar também? Voce me deixou pra trás.

Sara: E se depender de mim, você vai continuar onde está. Com licença.

Ela passa, pega outra bolsa e põe o que é dela. Só esquece de pôr também o meu coração e o meu eu. Pega as chaves do carro e sai por a porta, avisto descendo as escadas e partindo. Novamente ela está partindo. As vezes sinto que é pra nunca mais voltar.

Decido ir pra empresa também. Tenho que preparar algo pra reunião de hoje.

- Bom dia, meninos. (Cumprimento Matheus e Eduardo que aparentam estar discutindo algo sobre o desfile)

Matheus: Caio, porque não fazemos o desfile naquele salão de festas da Wellyn Barbosa? É super conhecido e valorizado.

- Ótima ideia, meu irmão. Eduardo, prepare tudo, modelo de como será e apresente-nos na reunião de 14h.

Eduardo: Sim, Caio. Vou indo que agora tenho uma reunião com a outra organizadora. Com licença. (Diz e sai)

Entro na minha sala com Matheus.

Matheus: Me parece melhor. Fico feliz com isso.

Sorrio, ele me entrega umas pastas. Assino algumas coisas e mando pra sala de Sara.

Penso no que eu poderia presentea-la de novo. E lembro-me que ela gosta de animais. Porque não um cachorro?

Saio antes que a reunião comece e vou no petshop de uma velha conhecida da minha mãe.

Shavana: Meu querido, como você está enorme. Cadê sua mãe?

Shavana deve ter seus 45 anos, tem uma filha, a Yoko e sempre foi apaixonada por animais. Ela é casada com um Japonês e quase nunca fica no Brasil.

- Oi, tia! Quanto tempo que não nos vemos. Está nas suas velhas e longas viagens pelo mundo.

Shavana: Me diga, o que lhe trouxe aqui?

- Quero um cachorrinho.

Ela me apresenta alguns e eu escolho um poodle, cor caramelo e fêmea. Não posso retornar para a empresa com ela. Então peço para Robert deixar no apartamento de Sara.

O contrato que mudou a minha vida (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora