Capítulo 37

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Sara narrando:

Passei a noite fazendo minhas malas. Ontem a noite comprei móveis novos pela internet. Já conversei com o porteiro, que é um senhor muito legal, que se chama  pedi pra receber as coisas. Mas só poderei passar a morar nele, amanhã, quando tudo estiver arrumado.

Já preparei o café da manhã. Vou sentir falta disso, só serei eu, não precisarei disso tudo. Tomo meu banho e vou em direção a empresa.

Passo meu dia trabalhando, não vejo Caio. Volto a noite e também não o vejo. Vou me sentar na varanda, a vista da cidade daqui, é mais bonita. Fico admirando a quantidade de carro, pra onde eles estão indo. O que a aquela mulher, sentada naquela lanchonete, sozinha, pensativa, faria se estivesse no meu lugar. Se declararia pro seu amado? Ou só arrumava suas malas e sairia, assim como irei fazer? Ouço passos e sei que é Caio.

Caio: Ainda acordada? Já são quase meia noite.

- É, estou sem sono.

Caio: Eu cheguei tarde porq... (o interrompo)

- Não precisa se explicar, nem o contrato temos mais. Cada um faz o que quer. (Volto a olhar a vista)

Caio: Aqui é bem bonito, né? (Troca de assunto e se senta ao meu lado)

- É sim. Melhor eu subir, já está tarde. (Digo me levantando)

Caio: Fica aqui, por favor. (Diz segurando meu braço)

Me sento novamente. Estamos muito perto do outro, apesar de isso ser um choque contra o meu corpo, não é assim que tem que ser.

- Amanhã mesmo eu ja me mudo.

Caio: Sabe que não precisa ir. (Diz me olhando firmemente)

- Preciso sim, é bem melhor, Caio.

Caio: Tudo bem, mas saiba que sempre que precisar, pode voltar.

Sorrio.

Caio: Sara?

Me viro para ele, nossos olhos estão fixos um no outro, sinto a respiração descontrolada dele. Por mais que eu quisesse, eu nem conseguiria me afastar. Caio me beija. Quanta saudade eu senti desse beijo, desse corpo, desse cheiro, dessa paz que eu sinto sempre que estou perto dele. Ele aperta minha cintura, estou acariciando seu cabelo com meus dedos. Até que paramos o beijo por falta de ar. Encostamos uma testa na outra e sorrimos.

Caio: Por favor, fica. So até completar o 1 ano, depois você pode ir pra onde quiser. Mas, fica.

- Ta bem, eu fico. Agora vamos dormir, amanhã temos muito trabalho pela frente.

Passamos por a porta de meu quarto e parei, Caio fez o mesmo.

Caio: Boa noite, Sara. (Me olha daquele jeito que eu nao fico em si)

- Boa noite, Caio. (Retribuo o olhar)

Caio me encosta na parede. Nossas respirações estão ofegantes. Sinto sua mão acariciar o meu rosto, até que sua boca cola na minha. Ele me beija calmo, com carinho, desejo. Suas mãos passeiam pelo meu corpo... paramos o beijo.

Caio: Agora sim. Boa noite, Perle.

(Perle significa Pérola em Alemão)

- Boa noite. (Sorrio).

Caio narrando:

Depois de ficar na maior vontade de fazer amor com Sara, vou para o meu quarto e chego a uma conclusão, eu não posso, definitivamente não posso perder essa mulher. Eu a amo! Como eu a amo, meu Deus. E eu vou conquistá-la, nem que seja a última coisa que eu faça.

Acordo pela manhã e a encontro na mesa, comendo uma fruta.

- Bom dia, honig.

Sara: Bom dia. Quer dizer que todos os dias eu irei receber um apelido alemão diferente?

- Dann verstehen Sie Deutsch? (Tradução: então você entende alemão?)

Sara: Ein wenig! (Tradução: um pouco)

Terminamos nosso café e fomos pra empresa. Sara segue pra sua sala e eu vou pra minha.

Sara narrando:

- Melissa, quero falar com você. (Falo ao telefone)

Melissa entra na sala.

Melissa: Sim, Sara.

- Quero que pegue tudo que estiver nesse pendrive (o entrego a ela), e envie pro e-mail de Matheus, ele está viajando e precisa desses documentos.

Melissa: Certo.

35 minutos depois, Sara volta com um buquê de rosas nas mãos.

Melissa: Mandaram entregar, Sara. (Coloca o buquê nas minhas mãos)

Ela se retira da sala e vejo que tem um cartão. Abro.

"Eu não me encaixo no mundo, mas me encaixo perfeitamente em você e isso me assusta."

Sem remetente. Fico pensando quem poderia ter mandado. Caio com certeza que não foi.

- Melissa, quem mandou isso? (Fico em pé, na porta de minha sala)

Melissa: Não sei, Sara. Um cara loiro de uma floricultura que veio deixar aqui e disse que era pra você.

- Ok.

Volto a minha sala e ao meu trabalho. Mas continuo incabulada com isso.

Chega a hora de eu ir pra casa, ainda não me mudei, aceitei as condições de Caio. Estou morta de fome, vou pensando no caminho, o que fazer para comer.

Chego e encontro Robert e o porteiro, senhor Martínez.

- Boa noite. (Os comprimento)

Robert/Martínez: Boa noite, Sara.

Subo, analiso a cozinha e penso em fazer um bolo de chocolate. Não só penso, como faço. Deixo no forno e vou tomar um banho.

O contrato que mudou a minha vida (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora