Capítulo 38

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Caio narrando:

Chego em casa e sinto cheirinho de bolo, já estou com água na boca. Vou tomar um banho e desço para comer.

Estou descendo as escadas quando ouço a voz de Sara. Aparenta estar com alguém ao telefone.

Sara: Eu sei, Letícia. Mas por enquanto, é melhor eu ficar aqui.

Ah, é Letícia. Ela espera um pouco e fala novamente.

Sara: Tu nem imagina como eu torço pra que seja ele o remetente anônimo. Mas, duvido muito que seja. Se ele quis acabar com o contrato, é porque não quer mais nada, não faria sentido ele me mandar aquilo.

Ela nem imagina como eu me sinto em relação a tudo isso. Não consigo me declarar, e não consigo mais ficar sem essa mulher na minha vida. Ouço ela se despedir de Letícia, espero uns 2 minutos e apareço.

- Boa noite, Sara. (Digo me sentando a mesa)

Sara: Oi, boa noite. (Diz após levar um copo de suco na boca). Tem bolo aí, senta.

Me sento e ficamos em silêncio. Ela fica parada, olhando pro nada, como se estivesse pensativa.

- Vamos viajar pra Nova Zelândia depois de amanhã, Sara. Temos muita coisa a resolver por lá, ficaremos uns 3 dias.

Sara: Tudo bem.

- Vou passar a noite trabalhando pra deixar tudo organizado por aqui. Matheus ja chegou e ficará responsável por a empresa.

Sara: Também vou terminar um relatório da contabilidade desse mês. Subimos tanto no gráfico, que você nem imagina.

- É sério? (Digo feliz)

Sara: Claro, a linha de roupa da Villela Modas está cada vez mais crescente.

- Graças a você! (Falo)

E é verdade, desde que Sara entrou na minha vida, tudo tem melhorado.

Sara: Graças a nós todos! (Corrige)

- Vou pro escritório, se precisar de alguma coisa, é so falar.

Sara: Tudo bem.

Vou para o escritório e começo meu trabalho. Avisto de longe, Sara digitando algo no notebook, deduzo que seja o relatório. Lá está ela, de coque e óculos. Ela sabe o quanto fica linda daquela maneira? Bem que eu poderia surpreende-la agora, não é mesmo?

Ligo para Suema, uma velha conhecida.

- Oi, Suema!

Suema: Diz ai, Villela. Quanto tempo.

- Pois é. Tem chocolates por aí? Sei que é tarde, mas é urgente.

Suema: Sorte sua que chegaram um estoque hoje e não levei pra loja. Diz aí, quantos quer?

- 1 caixa de chocolate do melhor que estiver ai, e quero que escreva algo um cartão também.

                          ...

Sara narrando:

Estou concentrada no que faço, quando ouço a campanhia. Caio deve estar esperando alguém. Vou atendê-la e encontro um homem oreno, estatura média, aparenta ter uns 24 anos.

- Posso ajudar?

Sem falar nada ele me entrega uma caixa e se retira.

- Ei, moço! (O chamo, na verdade, grito)

Fecho a porta e me sento no mesmo lugar de antes. Abro a caixa e encontro muitos chocolates e um cartão.

"E você não sabe quantos sorrisos ja dei só de pensar em você."

De novo sem remetente. Coloco a caixa do lado e volto ao trabalho. Termino tudo, já são 2:37, Caio ainda está no escritório. Penso em ir la e perguntar se é ele o remetente anônimo, mas ele apenas iria sorrir e dizer que não tem tempo pra essas coisas.

Vou assistir um pouco, já que tantos números fizeram com que eu perdesse o sono. Fico com a caixa de chocolate entre as pernas e como... aaaah, são os meus preferidos!

Já passa das 3h da manhã, melhor eu ir me deitar. Tomo um banho e durmo.

Acordo com meu celular despertando. Desço, preparo o café e volto para tomar um banho e me arrumar.

Caio: Bom dia, Perle

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Caio: Bom dia, Perle. Está lindíssima! (Diz aparentando bom humor)

- Bom dia. Obrigada.

Termino meu café e saio. Caio continua na mesa e subo para pegar minha bolsa.

Caio: Partiremos amanhã, às 5h da manha.

- Tudo bem.

Sigo para a empresa. Chegando la, já converso com Melissa e digo que ela ficará responsável por tudo do meu setor, mas que amanhã pode tirar o dia de folga.

Deixo tudo organizado e percebo que ja são 6:57. Como dia passou rápido. Ainda bem que aquele remetente me esqueceu por um dia, eu, hein. Pessoa louca.

Saio do prédio e cumprimento quem está na portaria.

- Senhora, senhora! (Ouço uma voz, me viro e é o porteiro)

- Sim, o que deseja? (Pergunto curiosa)

Porteiro: Me mandaram entregar pra senhora. (Ele me entrega um buquê de orquídeas)

- De novo? (Resmugo baixo). Obrigada, Luciano. Agora me diga, quem deixou isso?

Porteiro: Desculpa, senhora, eu não sei.

Saio em direção ao carro e adentro. Abro o cartão que mais uma vez está la, na cor bege com as letras azuis.

"E eu te mimaria o dia inteiro, só pra ter o privilégio de te ver sorrindo e ser o motivo dele."

Sorrio sem graça. Isso realmente é uma coisa linda. Mas eu queria saber quem é o dono disso tudo. Vou para casa, ainda tenho uma mala para arrumar. Na minha viagem, creio que essa pessoa não mandará mais nada, afinal, nem no país eu estarei.

Chego em casa, estou sem fome no momento. Subo para arrumar minhas coisas.

Já tem 1h e 30 min que estou arrumando a mala. Minha barriga ronca de fome.

Caio: Oi, está com fome? (Aparece na porta)

- Leu meus pensamentos? (Pergunto enquanto fecho a mala, sorrindo)

Caio: Vem, pedi japonês.

Desço atrás de Caio que está fixamente olhando para o celular.

Nos sentamos e ficamos conversando sobre coisas aleatórias.

O contrato que mudou a minha vida (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora