O contrato que mudou a minha vida (Concluído)

Capítulo 36

Ao chegar no local da festa, muitos flashes e perguntas sobre se queríamos ter um filho logo, como estava o casamento... coisas de pessoas que nem imaginam que tudo está desmoronando.

Entramos e tinha uma mesa reservada para nós dois. No caminho até ela, cumprimentando muitas pessoas, algumas eu já tinha visto em outras ocasiões, outras eram novas pra mim. Mas soube me comportar muito bem, eu acho.

Caio: Sara? (Diz)

Me viro para ele, que continua...

Caio: Não queria que a história de nos separarmos vasasse pra impressa. Dava pra manter sigilo ainda e continuar agindo como minha esposa?

- Ah, sim. É isso que está no nosso contrato, pode ficar tranquilo.

Caio: Falando nele, depois a gente ver essa coisa de assinatura e se tem algo de punição, caso alguém desista do contrato.

- Certo.

Fico admirando as pessoas conversarem, sorriem... tudo me chama atenção. Até que começam as doações, todos tem um discurso e chega a vez de Caio.

Caio: Boa noite. Queria primeiramente agradecer ao sr. Lokins, pelo convite e dizer que eu e minha esposa, estamos felicissimos em fazer parte de uma atitude tão nobre. Juntamente com ela, decidimos doar 100 mil reais a associação. (Todos aplaudem). Obrigada.

Ele volta a mesa.

Caio: Me saí bem? Me senti estranho. (Sorri)

- Você foi muito bem.

Sorri em forma de agradecimento.

Passe-se as horas e o evento continha muito agradável. Algumas pessoas vieram até a mesa e conversaram conosco.

Caio: Vamos?

Nos despedimos de algumas pessoas e fomos embora. Subi para o meu quarto, tomei um banho e fui dormir. Creio que Caio fez o mesmo.

Acordo pela manhã e me lembro de que tenho um encontro com o corretor às 10h. Preparo todo o café e saio em direção a empresa, quero preparar tudo, não sei quanto tempo demoro no apartamento.

- Bom dia, Melissa. Espero que eu nao tenha nada de importante pra hoje pela manhã, tenho um encontro.

Melissa: Não, Sara. Só umas contas da empresa que chegaram, mas nada que atrase, a tarde você pode dar uma olhada.

- Certo. Cuida de tudo aí, que logo eu to de volta.

Caio narrando:

Acho que precisarei viajar a Nova Zelândia, ver como a empresa está por lá... nunca mais me comuniquei com ninguém de la. Matheus que cuida dessas coisas.

Estou passando no corredor da sala de Sara, penso em passar pra perguntar como está, nem a vi hoje. Sinto necessidade de todos os dias saber como está.

- Bom dia, Melissa. Sara está ocupada?

Melissa: Ela nem está, senhor Caio. Disse que tinha um encontro, mas que voltava logo.

- Ah, tudo bem.

Encontro? A Sara já está marcando encontro com outro???????

Vou pra minha sala indignado com o que acabei de ouvir.

Passo o resto do dia trabalhando, nem ao menos sentir fome para que pudesse comer algo. Não vejo Sara o dia todo. Chego em casa por volta de 8:30 e ela está la, sentada no sofá, mexendo no notebook, deve estar em alguma rede social falando com essa tal pessoa. Passo sem dar nenhum "oi".

Sara: Está com fome? Tem pizza em cima da mesa.

- Não. (Respondo seco)

Subo pro quarto e fico horas la dentro. Sinto fome, não comi nada o dia todo. Lembro-me da pizza que está na cozinha. Desço, avisto Sara na sala, lendo algum livro que ainda não decifrei o nome. Penso em perguntar quem seria essa pessoa com quem se encontrou hoje, afinal, ela so tinha Letícia aqui e ela está viajando.

- Eu o conheço?

Sara: Está falando do que?

- Se eu conheço o cara que você se encontrou hoje. (Afirmo)

Sara solta muitas gargalhadas, chego a achar que está zoando com a minha cara.

Sara: Está falando do corretor de imóveis?

- Então você está se relacionando com um cara que é corretor de imóveis?

Sara: Não que isso ainda seja da sua conta, mas eu nao estou me relacionando com ninguém. Fui ao encontro do corretor, pra que ele me apresentasse um apartamento, no qual eu já comprei.

Ouvir essas palavras, foi como se tirassem um elefante das minhas costas.

- Você não precisa sair daqui.

Sara: É o melhor, Caio. Assim volta a ter sua privacidade e cada um segue sua vida.

Não vou tentar impedir, Sara consegue ser mais teimosa que o normal, quando quer. Pelo menos a encontrei todos os dias na empresa.

Subo para meu quarto. Depois de tanto pensar na vida e responder uns e-mails de Matheus que está pra Nova Zelândia, eu durmo.