Capítulo 40

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- Sara, vá até a sala 05 e pegue uma pasta vermelha no armário preto, gaveta 17. (Pede enquanto está concentrado os olhos no computador )

Vou até a sala, pego o que Caio pediu e quando estou voltando. Esbarro em uma pessoa.

- Moço, desculpa.

Peço cuidadosamente. Imagina se for um louco e só porque eu esbarrei, quer um barraco. Nunca se sabe, né.

Xxx - Tudo bem. Prazer, me chamo Cristóvão. (Estende sua mão)

Ele é alto, cabelos castanhos claros. Olhos meios esverdeados e carregava uma bolsa do lado esquerdo do corpo. Provavelmente também trabalha aqui.

- Prazer, Sara. (Retribuo). Preciso ir, com licença.

Cristóvão: Até qualquer hora, madame. (Pisca pra mim)

Passada algumas portas que, obviamente, também são salas. Eu chego ao meu destino.

Caio: Que demora, Sara.

Entrego a pasta a ele e vou em direção a minha cadeira. Volto ao que eu estava fazendo.

Caio: Está com fome? Já são 12:26. (Fala enquanto olha no relógio)

- Um pouco. (Respondo com sinceridade)

Caio: Só vou terminar de enviar umas coisas a Matheus e vamos ao um belo restaurante daqui. Você vai gostar.

Espero Caio, enquanto admiro a vista linda. Acho que já me direcionei a esse janelão de vidro umas 15 vezes, só hoje pela manhã.

Sinto uma respiração muito perto do meu corpo, causando um estranho choque. Ele afasta o meu cabelo e beija meu pescoço. Já não sei controlar nem mesmo a minha respiração. Ele me vira, olha fixamente nos meus olhos e me beija com todo carinho e desejo que seu toque pode transmitir. Sem nenhum trabalho, retribuo. Eu sinto essa saudade a cada manhã.

Ouvimos batidas na porta.

Caio: Continuamos isso mais tarde, Perle. (Me dá um selinho). Entre! (Avisa)

Christophe: Quero convidar vocês dois pra um almoço num restaurante aqui perto.

Caio: Estávamos mesmo indo almoçar, não é, meu amor? (Me olha e eu assinto). Pois vamos.

Pego minha bolsa e Caio vai segurando a minha mão. Passamos por Cristóvão que me seguiu com os olhos e não os desgrudou de mim. Tenho quase certeza que Caio viu.

Entramos no carro. Christophe foi no seu carro e fomos com o motorista.

Caio: Percebi os olhos de Cristóvão em você.

- Eu esbarrei com ele, mais cedo.

Caio: Você o que? Então o Cristóvão ja sabe quem é você?

- Não sei, ele só sabe meu nome.

Caio: Você ainda teve a coragem de se apresentar, Sara? Se interessou?

- Deixe de cena, Caio. Porque tem tanta raiva de Cristóvão?

Caio: Não importa. Só quero que você mantenha distância dele! (Ordena com voz de raiva)

- Motorista, siga para o hotel.

Caio: E o almoço? (Pergunta já mais calmo)

- Vá sozinho. Perdi totalmente a minha fome com essas suas grosserias sem sentido.

Caio: Motorista, siga pro restaurante. (Vira para mim). Desculpa, vai. É só... que não confio nele, não quero ele perto de você.

- Por que você nem me prende e nem me solta? Não me quer perto, mas não me quer longe. Não quer mais o contrato, mas insiste em manter contato comigo. Caio, decide o que quer da vida!

O carro para, descemos e sigo na frente como se estivesse sozinha. Era assim que eu deveria estar. Sozinha. Na minha casa. No meu canto. Quando voltarmos à São Paulo, seguirei direto a meu apartamento. Fomos em direção a mesa e Christophe tinha acabado de chegar também.

O almoço foi bem agradável, apesar de terem falado apenas de negócios.

Voltamos ao escritório e tem um buquê em cima da minha mesa. De novo? Como essa pessoa sabe que eu estou aqui? Pego o cartão e abro.

Deixe-me ver cada sorriso seu, pode ser aquele sorriso tímido, de canto de boca, mas deixe-me ver, e deixa eu ser o motivo dele. Deixa eu te fazer feliz, e fazer cada momento junto contigo valer apena.

Caio entra na sala e finge não ver esse buquê. Deve ter se tocado depois da nossa conversa no carro. O dia passa muito rápido e logo ja estamos no hotel. Decido ir tomar um belo banho. Caio ficou no restaurante do hotel, trabalhando.

Após o banho, me visto e o telefone do quarto chama.

- Alô? (Falo)

Xxx - Boa noite, Sra Villela. O Sr. Villela deseja a sua presença num jantar na mesa 08, no restaurante do hotel.

- Obrigada.

Desligo, me visto e desço para o hotel.

O contrato que mudou a minha vida (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora