Capítulo 39

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Caio: Mamãe demorou na viagem, dessa vez. Se não encontrou um coroa nos aviões...

- Não ficaria com ciúmes?

Caio: Oh, não. Esse é o papel do Matheus. (Sorri). Você nunca fez uma ligação pra sua mãe, depois que veio morar aqui.

- Da última vez que liguei para parabeniza-la, quando ela ouviu a minha voz, desligou.

Caio: Por que desse rancor todo?

- Ela, de certa forma, me culpa por a morte de papai. (Falo e se forma um nó na minha garganta). No dia 17 de Julho, eu ia a um baile de escola. Morávamos fora da cidade, então pedi ao meu pai que me levasse à uma loja para que pudesse comprar um vestido. Minha mãe, como sempre, reprovava tudo que vinha de mim. Meu pai me adorava e quis me levar. No caminho, perdeu o controle do carro e capotamos. Ele infelizmente, não resistiu.

Caio: Nossa! Que barra que você passou, hein. Sinto muito.

- É a vida. Vamos dormir, Caio. Amanhã temos viagem cedo.

Caio: Ah, vamos sim. Boa noite, honig. (Beija minha cabeça)

- Boa noite, Caio. (Sorrio e subo para o quarto)

Demoro uns 40 minutos para dormir, até que pego no sono.

Acordo 4h, pois sairiamos às 5h. Tomo um banho e ja desço com minha mala pra sala. Caio ja está sentado no sofá.

Caio: Fiz café. Tome um pouco, ja temos que sair.

Tomo 4 goles de café e saímos em direção ao aeroporto, com Robert. Durmo todo o caminho até Nova Zelândia.

Caio: Sara, acorde. (Me acaricia o cabelo)

Descemos do avião e tinha uma pessoa nos esperando no aeroporto, conhecido de Caio, com certeza. Aqui vai ser tudo diferente pra mim. Seguimos para o hotel. E que hotel... Sem dúvidas é 5 estrelas. Ao chegar na recepção, cheguei a conclusão que de Caio só reservou um quarto.

- Caio, e o meu? (Falo com a mão na mala e fazendo cara de poucos amigos)

Caio: Esse é o seu, honig. Vem!

O acompanho, não tem outro jeito, não é? A nao ser que eu queira ficar na rua. Porque, pensando bem, a diária desse hotel deve ser caríssima.

Caio: Não ficaremos na minha casa por motivos de reforma. Decidi ficar nesse hotel, que é de um velho amigo meu. Hoje mesmo iremos a empresa, te quero pronta daqui 30 minutos.

Vou para o banho e me arrumar. Só 30 minutos?

(Foto da mídia)

- Vamos. Estou pronta. (Aviso enquanro avisto Caio sentado na cama mexendo no notebook)

Caio: Já disse que você fica linda, assim, toda coberta? (Fala sério)

- Vamos logo! (Gargalho)

O mesmo cara do aeroporto está nos esperando. Descubro que se chama Henri.

Caio: Henri, siga para a empresa.

Chegando lá, fico boquiaberta. É um dos prédios mais lindos que já vi. O porteiro nos cumprimenta. Chegamos a recepção, tinha uma moça que no crachá indicava que seu nome era Súria.

Súria: Quanto tempo, senhor Caio. (Sorri se insinuando à Caio)

Duvido se ele não já pegou! Um ciúme me sobe o corpo. Ela tratou como se eu não estivesse ali. Se eu mandasse em alguma coisa aqui, ela já estaria no olho da rua.

Caio: Pois é. Hoje vim muito bem acompanhado. Essa é a minha esposa, Sara Villela.

Súria: Eu soube do casamento. Parabéns! (Sorri sem graça)

- Obrigada. E evite sorrir para meu marido dessa forma, tudo bem? Bom dia! (E saio sem esperar nenhuma resposta)

Caio vem atrás de mim, sorrindo.

Caio: O que foi aquilo? Ciúme, senhora Villela? (Ainda sorri)

- Cala boca, Caio. Eu só quis comprovar o que você disse, sobre ser casado comigo. (O olho seco). Para de sorrir, Caio. (Dou um tapa nele)

Caio chega muito perto do meu rosto, quando estamos na parte que eu quero a todo minuto, o elevador indica que chegamos ao destino.

Caio: Cristopher!

Christopher: Caio? Quanto tempo, meu irmão.

Os dois se abraçam.

Caio: Cristopher, essa é a minha esposa, Sara. (Vira pra mim). E, Sara, esse é o meu primo Cristopher.

Cristopher: Muito prazer. (Beija a minha mão)

- Prazer! (Sorrio)

Caio: Me conte, como estão as coisas por aqui?

...

Passei 20 minutos ouvindo eles conversarem de como a empresa aqui vai muito bem e onde querem construir outras filiais. Observei tudo ao redor. Tem uma secretária que aparenta ter uns 55 anos, ela estava quase ficando louca com tantos papéis em cima da mesa. Me ofereci para ajudar, ela agradeceu e disse que não precisava, que já estava acostumada.

Agora estou em uma sala que foi reservada para mim e para Caio. Tem 2 mesas e tudo que precisaremos durante esses 3 dias. Uma moça muito simpática nos trouxe o café. Eu estou admirada com esse lugar. A vista daqui é linda.

Caio: Gostou da vista? (Chega por trás e sussurra no meu ouvido, que faz os meus pelos se arrepiarem)

- Sim, aqui tudo é lindo. (Tento me recompor)

Caio: Teremos uma reunião amanhã. Tudo bem pra você? Se não, podemos desmarcar.

- Ah, sim, sim. (Digo enquanto pego meu celular)

Vejo mensagem de Letícia. Respondo e o guardo novamente.

O contrato que mudou a minha vida (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora