Capítulo 31 - o contrato

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Acordamos um pouco tarde, e fomos tomar café da manhã. Mônica e Alana já tinham tomado e saíram não sei pra onde. Beca e eu comemos em silêncio. Beca ainda está abatida com o ocorrido, eu a entendo. Terminamos e fomos para o meu quarto.

Rebeca: Ana, você gosta de desenhar?

Ana: eu amo, por que?

Rebeca: ontem quando eu cheguei, Mônica me falou que você poderia estar desenhando aqui.

Ana: desde que eu cheguei não consegui fazer desenho nenhum, falta tempo e coragem - rimos.

Rebeca: Ana, você conseguiria me desenhar?

Ana: Sim, posso. Me manda uma foto sua que eu faço.

Rebeca: Você se importa se a gente tirar uma agora, eu e você?

Ana: não, imagina! - nós nos arrumamos e tiramos uma foto - olha, se você vier esta noite eu já te entrego o desenho.

Rebeca: mas tão rápido?

Ana: eu não brinco em serviço! - rimos.

Rebeca me abraçou forte e saiu. Comecei a fazer o desenho rápido, com a tela do celular acesa e carregando. Alguns minutos depois recebi uma mensagem de Beca no meu celular.

"Amiga, o Diogo está no hospital. Ele sofreu um acidente de carro ontem a noite."

Parei o desenho e saí de casa as pressas. Ela me mandou o endereço do hospital e eu fui. Cheguei e ela me esperava na recepção, pois sabia que eu não falava inglês nada bem. Fomos para o quarto e ele estava todo entubado. Ela falou algo com o médico, mas eu não entendi nada.

Rebeca: Ana, ele bateu o carro ontem a noite. A culpa é toda minha. - ela chorava.

Ana: Beca, não se culpe. Ele te fez mal e você agiu da forma certa, que foi manda - lo ir embora.

Rebeca: mas se eu não tivesse feito isso, ele estaria bem. - eu abracei ela e ela não conseguia segurar as lágrimas.

Ana: vamos embora. Eu te levo pra casa. - ela assentiu e fomos.

Rebeca passou o caminho todo olhando pra fora do carro, como ela havia me passado o endereço antes então ficou mais fácil. Chegamos na casa dela e ela autorizou ao porteiro a minha entrada. Realmente, ela era muito rica. Seu pai era um dos maiores empresários dos EUA, ele pegou a empresa quase falida de seu pai e hoje recebe muito mais do à vinte anos atrás. A cada ano o lucro dobrava. Descemos do carro e seu pai a aguardava na entrada. É estranho, mas ele não me é estranho.

Rebeca: pai, essa é a minha amiga, Ana. Ana, esse é meu pai, Rony.

Rony: Seja bem vinda, Ana. - ele falava português não muito bem como Rebeca, mas se esforçava muito pelo sotaque.

Ana: Obrigada senhor.

Rebeca: papai, foi na casa dela que passei a noite.

Rony: ah sim, é um prazer estar conhecendo quem cuidou da minha pequena a noite passada. E Diogo? - ele perguntou a ela.

Rebeca: não quero falar sobre ele.

Rony: eu achei que ele fosse um bom rapaz, Ana, e ele vem e me apronta isso. Obrigado por ajudar a desmascarar esse traste.

Ana: senti que eu devia ajudá - la. Ele me enganou também.

Rebeca: Ana, você tem fotos do seus desenhos?

Rony: Você desenha?

Rebeca: Sim papai, a amiga da Alana me contou.

Rony: mostre - me seu talento, mocinha. - abri a galeria do meu celular e passei pra ele.

Fugindo da Realidade (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora