Acordamos bem cedo e resolvemos ir até a praia. O sol estava raiando maravilindosamente (essa palavra é invenção minha. Gostou?), então aproveitamos e fomos rápido. Chegamos rapidinho, e fomos até uma barraca pra pegar duas cadeiras e uma mesa. Ficamos muito tempo lá e foi muito bom. No final da tarde um cara, de aproximadamente uns vinte e oito anos, se aproximou de nós.
XXXXX: Olá meninas. - nos analisou de cima a baixo - quanta beleza pra duas pessoas só. - rimos - e então, como se chamam?
Ana: não importa. Também não queremos saber seu nome. - ele me puxou e me deu um beijo.
Eu percebi que ele tava cheio de fogo pelo beijo e pela forma que ele apertava minha bunda, algumas vezes pegou no meu seio. Tava dahora demais, ae eu lembrei que tinha muita gente ainda e estávamos na praia.
Ana: já chega - falei o empurrando - você tá louco? Nem me conhece e já chega assim?
XXXXX: foi mal, mas você tava gostando.
Ana: louco. - ele sorriu e sentou na areia.
XXXXX: nossa mano, seu beijo é tão doce que se eu tomar água agora me da diabete. - Beca e eu nos entre olhamos e rimos - e você nem precisa de banco no ônibus, né?
Ana: por que?
XXXXX: com essa abundância toda bancos não são necessários.
Rebeca: garoto, por que você não deixa de ser idiota e vaza daqui também?
XXXXX: esquenta não, chocolate no sol derrete e eu quero estar aqui pra poder segurar você.
Ana: Você é muito besta garoto. Fez faculdade pra isso?
Rebeca: quem nasce profissional não precisa estudar. - rimos e ele ficou olhando sério.
XXXXX: bom, vocês não querem mesmo a minha companhia né?
Ana: agora que você percebeu?
XXXXX: então tchau pra vocês... gostosas! - ele falou e correu.
Ficamos ali até umas seis da tarde, e depois juntamos as coisas e fomos embora. Deu pra ir embora de uber, não era muito longe, então não ficou muito caro. Chegamos em casa e tia Adriana estava sentada na sala, ela segurava uns papéis e olhava com uma cara péssima pra eles. Nos aproximamos dela e nos sentamos, cada uma de um lado.
Rebeca: tia, está tudo bem com a senhora?
Adriana: Sim minha querida - ela falou com os olhos marejados.
Ana: tem certeza?
Adriana: me perdoem, mas não sei mentir. Estou com leucemia. - lágrimas involuntárias desciam pelo seu rosto - me perdoem meninas, com licença - ela saiu para o quarto chorando.
Aquela cena me deixou de coração partido. Tia Adriana era tão legal e sorridente, desde ontem, quando a conheci, ela aparentou ser uma pessoa super confiante e alegre. Fiquei triste por ela estar doente, e por ela ter ficado triste. Eu senti a tristeza dela. Beca foi tomar um banho e eu fui arrumar as coisas. Assim que ela terminou eu fui tomar o meu.
Mais tarde resolvemos fazer o jantar, já que tia Adriana não estava em condições emocionais para fazê - lo. Fizemos cuscuz com charque e calabresa mesmo, ficou delicioso, e levamos para tia Adriana. Ela também amou o prato, mas não conseguia parar de chorar.
Adriana: meninas, sei que vocês vieram pra se divertir, então não quero incomodar vocês.
Rebeca: que isso, tia! Não está incomodando nenhum pouco. Estaremos aqui para o que precisar.
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Fugindo da Realidade (COMPLETO)
Romance16 anos, estudante, morena... O sonho de ser livre de uma "prisão" talvez estivesse longe de acontecer para Ana. Vivia com seu pai, que a tratava como a pior pessoa do mundo. Será que ela realmente vai conseguir fugir dessa realidade? Acompanhe essa...