Quando cheguei na casa de Theodore e Luz depois que saí do hospital eu fiquei muda sem saber o que pensar, Karl tinha pegado toda a sua bagagem e depois voltou para Seattle sem me dar qualquer explicação ou se despedir de mim. Fiquei com um gosto amargo em minha boca, senti-me traída por ele.
Fiquei mais dois dias em New York e então voltei pra Seattle também, com uma sede de explicação que não cabia em mim. Entrei com uma expressão severa e com uma vontade inexplicável de bater em Karl por me deixar sozinha, mas então eu procurei por ele em cada um dos cômodos do meu apartamento e a cada vez que eu entrava em um lugar procurando por ele e não o encontrava um frio se instalava um pouco mais em meu coração.
No fim percebi que ele tinha me abandonado e chorei deitava em minha banheira, fiquei dentro daquela água quente e perfumada até que a temperatura passou de morna para fria e depois congelando. Encolhi-me em meu roupão e me joguei em minha cama, embolei-me embaixo dos meus cobertores e funguei um pouquinho em meu travesseiro, por que mesmo estando chateada por ter sido deixada pra trás quando ele me prometeu que não o faria, eu também me encontrava preocupada com ele, além de mim e de Theodore, Karl não tinha mais nenhum amigo.
Isto é, tirando aquele bando de periguete com quem ele tinha o hábito de se encontrar aos finais de semana. Karl pensava que eu não sabia de suas escapadas tarde da noite, mas eu não sou tão idiota assim, eu sabia bem que ele encontrava com mulheres e isso me magoava, mesmo que eu ainda não tivesse percebido que era apaixonada por ele, eu ainda ficava incomodada por saber que ele estava com outras mulheres, que ele dormia com elas...
Na manhã seguinte eu acordei e tinha uma mensagem sua em meu celular, ele apenas perguntou "como você está?", respondi que estava bem e perguntei por ele, mas ele apenas me respondeu com uma carinha feliz.
Depois disso ele sempre me mandava a mesma mensagem todas as manhãs e todas as noites. As vezes eu ficava tão revoltada com sua conduta que eu não respondia, ou então mandava ele ir se dana, mas ele ignorava a minha agressividade e mesmo assim ele continuava me mandando essa mesma pergunta todas as manhãs e todas as noites.
Eu estava impaciente em saber sobre ele, mas ele não me respondia também quando lhe perguntava por ele, uma angustia forte crescia em meu peito e me tirava o ar, era como se de repente uma pessoa que eu amava muito sumisse do mapa, pois aquelas mensagens não era capaz de suprir a necessidade que eu sentia em saber dele, em estar ao seu lado, em ter certeza que ele estaria bem cuidado. Meu coração estava saindo pela boca, e apenas a presença de Karl poderia ser capaz de fazê-lo ter paz.
Foi nesse meio tempo em que dois meses se passaram, eu continuei sozinha em meu apartamento, a única pessoa que estava aqui comigo era Mary, mas eu não queria abusar de seus cuidados, ela não era obrigada a ser a minha babá, apenas a cuidar de mim em seu tempo comercial.
Minha mãe encasquetou que iria me fazer um chá de bebê, não estava muito disposta a fazer isso, mas minha Charlotte merecia todo o amor, carinho e bons momentos que eu poderia lhe oferecer. Minha menina teria todas as experiências que eu poderia lhe oferecer, e essa era uma dessa experiências. Por mais apaixonada que estivesse por Karl, eu agora não sou uma pessoa sozinha que me permita ficar toda sentimental assim, preciso ser forte pela minha menina.
Acariciei minha barriga já proeminente, meu ventre de seis meses estava mais do que visível e eu a ostentava orgulhosamente por todos os lados. Estava adorando estar grávida, tudo era meio confuso no início da gravidez, mas nos últimos dois meses eu não tinha tido mais nenhum efeito colateral, apenas alguns pequenos inchaços no fim do dia, mas de resto tudo era mágico e gratificante.
- Posso entrar? - Luz disse colocando seu rosto em pela brecha da porta.
- Fique à vontade! - disse saindo de perto da varanda do meu antigo quarto e me sentando em minha cama. - Cadê a minha princesinha?
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Nove Meses Para Amar
FanfictionApós dois anos de casamento, John Harrison falece vítima de um acidente de carro deixando para traz a sua linda e doce esposa, Phoebe Grey-Harrison, que cai em uma depressão profunda. Phoebe só não contava que seu amor puro e sincero por aquele home...