Nove Meses Para Amar

CATORZE - KARL

Os dias se passaram muito rápido, acho que isso se dar pelo fato de que eu estou vivendo a fase mais feliz da minha vida. Phoebe trouxe um sopro de ar em minha vida, ela é como um dia de verão em meio a um inverno rigoroso. Nunca pensei que seria feliz assim um dia, mas minha menina trouxe tudo isso pra mim e eu não tenho palavras pra agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de amar uma mulher como ele, tão maravilhosa, linda, meiga e sensível.

É claro que tudo era cheio de altos e baixos, não minha convivência com a minha menina, mas sim porque o sentimento de inferioridade em mim ainda é muito latente, eu quero fazer por merecer ter uma pessoa como Phoebe ao meu lado, contudo, aquela velha insegurança ainda é forte em meu interior. Venho fazendo minhas consultas com a psicóloga com assiduidade, tudo por elas... Phoebe e daqui a pouco a nossa pequena Charlotte. Eu já estava apaixonado por sua filha sem se quer conhecê-la ainda.

Nunca pensei que ela fosse tomar atitude em iniciar a nossa vida sexual, fiquei surpreendido e com a boca seca ao vê-la tão linda e sensual vestida apenas com aquela singela calcinha de renda, seu corpo tão linda transformado pela gravidez. Não tenho palavras pra descrever a sensação de encarar suas pernas torneadas estendidas na cama, seus seios maiores do que antes, com seus mamilos rosados completamente pontudos de excitação e sua barriga já grande com a nossa pequena Charlotte em seu interior, sem falar em seu rosto de anjo ruborizado de tesão e timidez. Não tem como não lhe amar...

Assim que ela dormiu em meus braços logo depois de gozar lindamente embaixo do meu corpo, eu fiquei a observar ela aconchegada em meu peito vestindo apenas uma indecente calcinha de renda e a minha camisa, que ficou parecendo um vestido nela, muito mais bonita e sensual em seu corpo feminino do que em mim. Aquela foi uma das melhores noites da minha vida, e depois daquele dia nunca mais dormi em meu apartamento, praticamente me mudei novamente para a sua cobertura.

Encarava o teto do consultório da minha psicóloga com seriedade enquanto descrevia a ela como eu me sentia em relação a Phoebe, a Dra. Moore anotava em minha ficha enquanto eu descrevia tudo o que se passava na minha cabeça e em meu coração sempre que estava ao lado dela, não sabia o que ela tanto anotava, se pontos positivos ou negativos, ou até mesmo se ela apenas transcrevia o que eu lhe dizia.

- Até agora você não conseguiu se abrir comigo sobre o seu passado, é muito importante que você confie em mim totalmente - ela disse parando de escrever e me encarando com seu olhar pensativo. - Mas vejo que estamos fazendo bastante progresso, você já não fica tão tenso em se abrir comigo e isso é muito bom... Significa que estamos evoluindo em seu tratamento!

- Eu estou me esforçando de verdade... - falei pra ela com convicção. - Eu preciso me esforçar não só por mim, mas também pela Phoebe, ela é uma das pessoas mais incríveis desse mundo, e eu não posso perder a oportunidade de fazer a nós dois felizes! - minha certeza de que conseguirei ir adiante com o tratamento é muito grande.

- É importante sim que você se esforce para fazer isso por ela - Dra. Moore disse me encarando com seriedade, como ela sempre me encara. - Mas também é importante que você faça isso por si mesmo, na vida é muito importante que nos esforcemos pra nos fazer feliz, pois uma pessoa infeliz não traz felicidade pra ninguém, mesmo que se esforce seriamente para isso!

Fiquei em silêncio por alguns segundos colocando as minhas ideias em ordem, o que mais gosto em minhas consultas com a Dra. Celine Moore é que ela lança as coisas pra mim e depois me deixa pensar e analisar tudo pelos mais diversos ângulos. Eu quero fazer Phoebe feliz, mas também quero ser feliz, eu realmente quero superar o que aconteceu em meu passado. Acho que antes, quando eu fiz tratamento a muitos anos atrás, eu estava tão afundado em autopiedade que não consegui levar meu tratamento adiante, mas a perspectiva de vida que Phoebe tinha trazido pra mim era tanta que eu queria tentar... E muito!