TRINTA E UM - PHOEBE

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Estava olhando pro meu prato e comendo quando senti a mão de Karl segurar a minha, parecia levemente apreensivo, então olhei pra ele e perguntei:

- Amor, algum problema?

- Nada que você precise se preocupar, minha querida! - ele beijou a minha mão discretamente, tentando disfarçar o seu desconforto, então sorriu pra mim, mas eu não tinha acreditado muito nisso.

Ele tentou agir normalmente, mas vi o quão desconfortável ele ficou quando o nosso anfitrião focou sua atenção nele.

- Dr. Strauss, gostaria de apresentar o senhor ao meu filho Rupert Drumond e a minha adorável nora, Natasha! - o senhor Drumond disse sorridente. - Esse é o Dr. Karl Strauss, advogado que esteve a frente em nossas negociações recentes, e a sua noiva, Phoebe Grey-Harrison!

- Prazer! - o filho do senhor drumond estendeu a mão pro karl, que fez o maior esforço possível para ser simpático com ele.

- O prazer é meu! - respondeu forçadamente.

- Meu pai está muito satisfeito com esse novo negócio! - comentou e então focalizou seu olhar em mim, ele me lançou um leve sorriso enquanto estendia sua mão pra mim. - Grey como os donos da Grey Enterprises?

- Sim! - Apertei a sua mão me sentindo desconfortável com a forma que as pessoas me tratavam sempre que descobriram minha ligação familiar. - Eu sou a COO da Grey Enterprises! - sorri pra ele apenas por educação quando ele finalmente desfez a cara de surpresa e devolveu a minha mão.

- Oh... Que interessante, não é, querida? - ele olhou para a sua esposa, que estava me deixando com a pulga atrás da orelha por olhar daquele jeito para o meu querido noivo.

- Sim! Muito interessante! - ela encarou o karl de um jeito sério e mal humorado que fez eu me questionar se eles tinham tido algum envolvimento no passado. - Muito prazer, senhorita Grey-Harrison!

- Por favor, me chame de Phoebe! - dei um sorriso singelo e encostou-me em seu ombro, dando exatamente a imagem que eu queria passar, que ele é meu e ponto.

- Vou me lembrar disso! - Natasha disse e então se voltou pros seus sogros e passou a interagir apenas com eles.

Eu nunca tinha conhecido nenhum dos ex-casos de karl, talvez por isso sempre me senti tão segura dele e do nosso relacionamento, mas a partir do momento que eu me deparo com uma mulher deslumbrante como ela, e que o olha como se já se conhecessem e guardasse um segredo muito grande, isso me deixou meu emocional completamente desestabilizada.

Era por volta da meia-noite quando Karl me chamou para ir embora, eu aceitei de bom grado, por que sinceramente, não estava nem um pouco à vontade sentada naquela mesa quase de frente para aquela mulher, estava difícil manter a minha compostura, ainda mais por que volta e meia ela olhava pra gente. Mesmo Karl me chamando pra dançar, eu não senti mais que ele também estivesse à vontade ali, então quando ele finalmente me chamou pra ir embora eu concordei e já fui me despedindo de todos na mesma hora.

Segurei em seu braço e ele nos tirou dali, entramos no seu carro em silêncio e assim permanecemos todo o caminho, encostei minha cabeça contra o vidro do carro completamente exausta, tanto emocionalmente como fisicamente. Tudo o que eu queria era cair em minha cama e dormir, tinha perdido até a vontade de chegar em casa e transar com karl até a exaustão.

Ele estacionou na garagem e subimos pro apartamento cada um com seus pensamentos, abri a porta de entrada e ele me seguiu, fui em direção das escadas, ao invés de me seguir, karl se encaminhou até o mini bar do apartamento, me virei pra ele e vi quando pegou uma garrafa e virou o conteúdo dentro do copo e o virou todo de uma vez, bebendo rapidamente.

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