Quando tudo estava na mais perfeita ordem, retornei ao quarto onde Nathan ajudava o Will a vestir o pijama e contava piadas sem graças do tipo piada de natal: É pavê ou pacomê? Aí, santo papai.
- Aqui estou, Nathan. Está dispensado - Falei, sorrindo. Nathan se levantou da cama, após concluir o que estava fazendo e sorriu pra ora mim e pra para Will.
- Vocês formam um belo casal. - Nathan falou.- Essa é a sua maneira de agradecer?
Brinquei.- Claro que não. Aliás obrigada pela noite,e sim, eu estava falando sério quando disse que vocês formavam um belo casal.
Eu senti minhas bochechas corarem como sempre.
- Awn.. obrigada pela ajuda, Nate.
- É para isso que servem os amigos, não é mesmo? - Ele completou.
Logo depois, se despediu e foi embora. Fui até a porta, o deixando do outro lado e logo retornei para o quarto, onde peguei meu pijama azul turquesa, com alguns sininhos desenhados.
Enquanto sentei na cama, Will estava inclinado, usando seu computador, adaptado, mas ainda com um pouco de dificuldades.
Fiquei o observando pelo que pareceu um longo tempo
- Lou? - Sua voz rouca me despertou dos devaneios.- Oi Will. Hum.. vamos ver algum filme francês legendado?
- Não, hoje não. Hoje quero conversar. Contigo.
- sobre o quê? - Perguntei, casualmente, tirando o computador de perto dele, apertando alguns botões da cama para incliná-la mais ainda para a horizontal. E depois me deitei ao seu lado, me aninhando a ele como uma criança indefesa.
- Sobre a gente. Nossa vida.
- O que tem a nossa vida? Não tá legal? - Eu o questionei, atenta a sua resposta. - Se arrependeu de se apaixonar por mim? Por que eu definitivamente não me arrependi... Você foi a melhor coisa que me aconteceu, desde que eu dancei Shake It Off na festa de formatura do Patrick quando era pra ter dançado a valsa francesa.
Will não aguentou e começou a gargalhar. Não sei se pelo episódio do engano, ou pelo fato de eu dançar Shake It Off na frente de várias pessoas. Eu não consegui conter a risada também.
- Você não existe, Louisa Clark. - ele falou, ainda sorrindo. - e respondendo à sua pergunta, não, eu não me arrependo de ter me apaixonado pela garota mais maluca que já conheci. Você foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos meses! Eu só.. não sei até... Quanto tempo você vai... Bom.. conseguir conviver comigo... Com um inválido...
Aquilo me atingiu como um xingamento.
Ele ia falar mais alguma coisa quando eu o interrompi.
- Não, não e não. Quantas vezes vou ter que colocar nessa sua cabeça dura que eu não ligo para suas Droga de limitações? Você sabe que eu não ligo! Para mim, Will, só isso aqui que importa - Toquei em seu peito, ainda que soubesse que ele não sentiria o meu toque - e aqui - Toquei sua cabeça, sinalizando sua inteligência. Seu cérebro.
Afinal ele era um cara de um ótimo coração e bastante inteligente. Muito mais do que muitos babacas que vi durante a minha vida.
Inclusive alguns que preferiam correr feito um bando de patéticos obcecado por educação física do que ficar com a namorada.
- eu amo você, William Traynor. Será que não entende? Amo você mesmo quando está na sua cadeira de rodas, mesmo não podendo fazer o que tanto é limitado a você a fazer... Amo quando você sorri pra mim, e quando me conta a piada mais ridícula do mundo que acaba me fazendo rir ao quadrado. Amo seu sorriso, e amo até quando você acorda querendo xingar o sol... Eu amo você mesmo quando se comporta como um babaca, como agora. - Falei, um tanto chateada. Ele inclinou a cabeça, deixando-me ver a sombra de seu sorriso.
Sem querer, meio querendo também, sorri de volta. E plantei um beijo em seus lábios.
- Nunca mais repita uma asneira dessas. Ouviu?
- Sim, tudo bem. - Ele falou, baixinho. Revirando os olhos em seguida.
- Agora vamos dormir, senhor Traynor. - Falei, apagando as luzes das luminárias que ficavam ao nosso lado na cama.
- Lou? - ouvi sua voz, já em meio à escuridão.
- Sim, Will.
- Talvez um dia.. quem sabe.. você gostaria de se tornar a senhora William Traynor?
Aquilo ao mesmo tempo que me pegou de surpresa, encheu meu coração de alegria.
- Claro que sim! Sim, sim, simmmm! - Falei, empolgada. Empolgada até demais.
Ele beijou minha cabeça, com um pouco de dificuldade e não precisei olhar para saber que ele sorria.
****
Nessa mesma noite, tive um sonho.
E Will estava nele. Como acontecia em boa parte dos meus últimos sonhos, William Traynor estava nele.Estávamos num jardim. Eu estava sozinha numa sala muito parecida com a da senhora Traynor.
Olhei para a minha roupa, e me vi dentro de um vestido branco rendado e rodado até os joelhos. Coisa que não era o meu tipo.
Mas até que tinha ficado bonito em mim. . Meus sapatos, eram cor de pérola e brilhantes, combinando totalmente com o vestido.
Quando estava prestes a abrir a porta, papai entrou, falando:
- Vamos, querida! Will está quase rasgando o paletó de tão nervoso que está... - Ele falou elevando meu sorriso ao nível máximo, o que fazia meu maxilar doer.
- Vamos, papai! - Falei, entrelaçando meu braço ao dele e então saímos da sala dos Traynor.
E Então lá estávamos nós no meio do jardim do sr e da Sra Traynor. Não demorou muito para que eu o visse... E ele estava magnífico naquele terno preto, com uma gravata borboleta e a barba feita... E aquele sorriso... Ah aquele sorriso... E olhei mais... E ele estava em PÉ??? AI. MEU. DEUS.
A marcha nupcial tocava e enquanto isso eu andava com papai pelo gramado, adaptado perfeitamente para que os saltos não afundassem e sorrindo, meus olhos estavam vidrados em Will. Como se só existissem nós dois ali.
Tão logo fiquei ao seu lado, depois de papai fazê-lo prometer que cuidaria de mim, ele sussurrou algo como " Você está linda", o que, óbvio, me fez corar.
Continuamos concentrados no que o padre falava, sorrindo até a mandíbula doer, e impacientes para que o padre pudesse dizer 'Pode beijar a noiva'.
E quando ele ia me beijar, enfim... Ouvi alguém me chamando e... Puf! Meus olhos foram abertos e quem estava me chamando era Will.
- Lou?
Espero que vocês gostem :)
BeijosLarizinhaaa
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WILL E LOUISA - COMO SERIA SE TUDO TIVESSE SIDO DIFERENTE?
FanfictionApenas imagine... E se Will Traynor não tivesse morrido? O que aconteceria? É exatamente disso que irei tratar aqui :)