Capítulo 5

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-Lou? - Will ainda estava deitado, com o rosto levemente inclinado para mim - Você está bem? Te chamei duas vezes!

- Hã? Aí meu Deus, Will.. eu.. eu estava sonhando... - Olhei para o travesseiro, meio úmido. Eu beijei o travesseiro????

- E o que aconteceu de bom nesse seu sonho maluco? Eu estava nele, por acaso?

Como ele sabia?

- Você estava Gritando meu nome... Como se estivesse emocionada ou algo do tipo...Hum... Estava tendo sonhos eróticos comigo, Clark?

Droga! Claro que não! Embora eu já tivesse resquícios de algum sonho que eu tenha tido daquele tipo...

- Corou? Hum...

- Claro q-que não... - Porque eu tô gaguejando? - Eu estava sonhando c-com o n-nosso... Casamento - Ufa, saiu.

- E como foi esse sonho?

E aí, bem, comecei a tagarelar sobre tudo, omitindo a parte que ele estava em PÉ, e que obviamente não usava a cadeira de rodas.

- Eu estou imaginando você vestida de noiva... Com um vestido certo, e nada desses vestidos coloridos que você usa...

- o que tem meus vestidos coloridos? - Falei, um pouco brava.

- Nada contra eles, mas são... Hum... Enfim, eu tô imaginando você com um vestido de noiva, normal, e puxa, você deve ficar muito sexy em um, Clark... - Will murmurou em meu ouvido, arrepiando-me.
E logo sorri.

- Pode continuar a imaginar.. aliás que horas são? - Levantei da cama e fui pegar meu celular. 05:20 da manhã. - ainda dá pra dormir um pouco - Murmurei sonolenta.

- Ou namorar mais um pouco... - Will sugeriu e eu me inclinei para beijá-lo. E assim continuamos até de fato eu precisar levantar.

****

O meu dia fora totalmente normal, sem nenhuma novidade interessante. Acabei o meu expediente e fui até um restaurante ali perto, onde comprei o meu almoço e o de Will, com algo que eu não comia desde que era adolescente e esperava que Will também acatasse a minha escolha: Bife com batatas fritas.

Então, já com os sacos de comida em mãos, marchei em direção à casa de Will ( que eu ainda não estava acostumada a chamar de nossa ou de minha)

- Will? Nathan? - Gritei assim que entrei no anexo, com as sacolas nas mãos, prontas para colocá-las no balcão.

- Oi Lou, acabamos de voltar do consultório. - Nathan falou, aparecendo na sala, seguido por Will.

- E Aí? Como nosso teimosinho e emburradinho está? Está tudo normal?

- Está sim. Sem alteração de pressão sanguínea, e os músculos também estão normais graças as suas terapias semanais, Louisa. - Esqueci de falar, toda semana pelo menos um ou dois dias, eu sou a fisioterapeuta particular de Will, e então me responsabilizo pelas massagens musculares.

- Que ótimo! - Falei sorrindo, e indo em direção a Will para lhe dar um beijo - Oi, meu amor - sorri.

- Ola, Lou. - Will deu aquele sorriso que eu tanto me acostumava a olhar. Acho que nunca me desacostumaria.

Só então olhei para a mesa e vi as sacolas.

- Trouxe almoço! - Falei, e enquanto Nathan abria as sacolas e me ajudava a organizar tudo, Will tentava adivinhar o que havia comprado para comermos.

Não demorou muito para que começássemos a nos servir. Nathan almoçou conosco novamente, o que já estava virando um hábito, e Will xingou mil nomes ao ter o bife com batatas fritas em sua boca. Xingou de prazer, claro.

Continuei alimentando Will ao mesmo tempo que me alimentava como sempre, tendo o cuidado de limpar os cantos da boca e sorri sempre que podia pra ele.

- Ah, Lou, esqueci de avisar. A empregada da Sra Traynor deixou algumas correspondências endereçadas a você e a Will. Estão no balcão da cozinha. - Nathan falou, assim que bebeu um gole de seu vinho.

- Tudo bem, Nate. Obrigada por avisar. Eu darei uma olhada depois. - Falei, sorrindo. E Então engatamos uma conversa animada, eu, Will e Nathan.

Logo depois, Nathan insistentemente pediu para lavar a louça, e eu insistentemente disse que não precisava. Mas quem disse que ele me ouviu?

Logo depois de ver tudo na mais perfeita ordem, Nathan deu um tchauzinho e foi embora, deixando eu e Will sozinhos novamente.

- E aí, senhor Traynor, o que quer fazer nessa tarde entediante? - Perguntei, sentando-me em seu colo. Eu já não pedia mais permissão e nem sabia se aquilo o incomodava. Apenas chegava lá e pah, sentava.

- Hum, o que quer fazer, Clark? - ele perguntou, sério.

- Quero sair um pouco... Vamos passear pelo jardim?

- Como quiser, Sra Traynor.

Sra Traynor. Sim, um dia eu seria ela.
Não a mãe de Will, com todo respeito mas eu quis dizer que.. Ah, você entendeu.


Postei logo em forma de agradecimento a todas as leituras ♥ sei que tá curto, mas o próximo compenso.

WILL E LOUISA - COMO SERIA SE TUDO TIVESSE SIDO DIFERENTE?Onde histórias criam vida. Descubra agora