- E então doutora? - dessa vez fui eu quem perguntou.
- Bem, Lou, você está de exatamente 14 semanas, e não 11, como você imaginava. O que não significa que dá para distinguir o sexo da criança. Mas sugiro que daqui a mais ou menos dois meses vocês marquem outra consulta. As chances de descobrir o sexo serão maiores, posso garantir.
- Então, daqui a dois meses a gente retorna, certo, Lou?
Will falou, olhando pra mim, que logo assentiu com a cabeça. A minha curiosidade iria ter de esperar mais um pouco.
****
- Eu não consigo entender... Se eu tô com algumas semanas a mais de gestação então concebemos o bebê nas nossas primeiras transas? - falei, sentindo o meu rosto corar, não era tão fácil assim falar normalmente sobre sexo.
- Provavelmente... Eu não achava que isso fosse possível... Digo, o meu estado... Eu nem considerava ainda... Poder procriar.- ele alternava seus olhares entre mim e sua cadeira de rodas.
- ei! O fato de haver essa tetraplegia não impede que você tenha uma vida comum! E olha só! Aqui estamos, grávidos, maravilhosos e prestes a nos casar, então, por favor, Will traynor, nossa vida não poderia estar melhor. Você não acha?
Ele concordou com a cabeça, mas no fundo eu sabia ainda lamentava muito pela sua cadeira de rodas e sua atual situação.
- Clark?
- Oi, Will.
- tomei uma decisão.
- HM.. e qual seria?
- Vou retomar as sessões de fisioterapia.
Fiquei calada momentaneamente. Fazia algum tempo que eu insistia que ele retomasse as sessões, já que havia interrompido há alguns meses, pelo menos desde que começamos de fato a namorar. Ele poderia muito bem ter recuperado alguns, senão boa parte de seus movimentos superiores. E porque não? Já vi inúmeras pessoas com tetraplegia que conseguiam movimentar os braços e mãos com agilidade, claro que depois de algumas sessões da fisioterapia.
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- Mas... Oh meu Deus! Isso é maravilhoso, Will! Que notícia maravilhosa! Mas... Você já falou com o Nathan? Ele vai poder trazer o novo fisioterapeuta para ajudá-lo? Ai meu deus! Estou tão emocionada, meu amor - Falei, sentindo as lágrimas embaçarem minha visão. Mas estava feliz.
Sentei em seu colo e comecei a beijá-lo repetidas vezes, de tão empolgada que estava.
- Eu... HM... Ainda não conversei com ele... HM... Que gostoso.... Sobre... Do que a gente estava falando mesmo? - ele falou, dando um sorriso sapeca pra mim, que claro, me derreto.
- Sobre... Sabe que eu também esqueci? - Falei, sorrindo e voltando a olhar aquela boca maravilhosamente inchada pelos beijos bem distribuídos. Toquei novamente seus lábios e mergulhamos num mundo nosso. Só nosso.
****
- Lou! Will? - Nathan gritou entrando em nossa casa.
- AQUI NO QUARTO! - gritei, enquanto colocava a blusa novamente.
- Vocês não estão pelados não né? - Nathan gritou, próximo à porta do nosso quarto. Se ele tivesse chegado um pouco antes, possivelmente nos encontraria sem nenhuma roupa. Ainda bem que consegui vestir a mim e ao Will rapidamente depois da nossa rapidinha que não foi tão rápida assim... Ok, sem detalhes.
- Pode entrar, Nathan. Não estamos nus... Pelo menos estávamos há dez minutos atrás... - Will falou, me fazendo corar de vergonha.
- Olá, casal! - Nathan falou, assim que entrou no quarto, com um sorriso de orelha a orelha. Algo de bom deve ter acontecido, e eu estava prestes a perguntar quando ele falou:
- A KAREN ACEITOU casar comigo!
- O que? Parabéns Nate! - gritei e me levantei para abraçá-lo. Will berrou também, dizendo que sabia que ela aceitaria o pedido. Não tinha como negar.
- E nós também temos uma notícia para lhe dar, Nathan - Falei toda animada, disposta a contar para ele que todo aquele momento de insistência de que Will aceitasse retomar a fisioterapia tinha válido a pena.
- O que? Não me diga que são gêmeos...
- Ahn... Não... Nada disso... É que...
- Eu resolvi voltar com a fisioterapia!
- SÉRIO? - Nate berrou, sorrindo. -CARA, PARABÉNS, FINALMENTE BOTOU OS NEURÔNIOS PARA FUNCIONAR... Bem... Você entendeu a piada, não entendeu?
- entendi, Nate. Entendi. Agora me conta... E os preparativos?
- Ah, cara. Uma coisa de cada vez tá bom? Eu mal dei um passo e você já quer que eu ganhe a corrida? Calma aí, apressado! Eu quero fazer tudo certo. Os pais da Karen concordaram em organizar tudo, enquanto meus pais vão ajudar com o orçamento. Depois vamos nos reunir e decidirmos o que fazer.
- entendi! - Will falou,e logo em seguida arregalou os olhos, como se alguma ideia tivesse surgido dentro daquela cabecinha que eu tanto amava. ( A cabeça de cima... Ai meu deus, eu não sou pervertida pessoal).
- Porque está com essa cara de quem quer aprontar alguma coisa, Will traynor? - minha curiosidade mórbida foi maior que tudo, e não resisti a fazer a pergunta.
- eu tive uma ideia fabulosa, Clark!
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Seus olhos brilhavam tal qual um garoto olhando uma árvore de natal pela primeira vez.
Eu estava extasiada à espera da tal ideia mirabolante do Will:
- Vamos fazer um casamento duplo.
Oi amores!!!!! Milhares de desculpas pela demora demasiada!!!! Estamos chegando à reta final da história, e vocês esperam o que?
