Will ficou estático. Ele ficou me encarando como se eu fosse um ET que havia acabado de descer da nave.
Fiquei o encarando pelo que me pareceu vários minutos esperando alguma reação. Até que veio...
- Louisa... Você tá... Tá querendo.... Dizer que eu... Eu vou ser pai? - Sua voz, entrecortada por algum sentimento que eu não soube reconhecer, saiu, enquanto que seus olhos lindos ainda permaneciam a me encarar.
- Uhum.. eu... Me desculpa eu esqueci de tomar a pílula eu sei que você queria esperar mais um pouco mas eu não sabia que...
- EU VOU SER PAI! PORRA, LOU, EU VOU SER PAI, CARALHOOOO! - ele gritou, com os olhos começando a lacrimejarem, e sorrindo lindamente pra mim. O fato dele ter xingado, só me fez rir, já que ele dificilmente tinha o hábito de xingar.
Mas o fato mais importante, é que ele estava feliz.
- Senta aqui - ele apontou para suas pernas com o olhar. Eu não hesitei, e fiz o que ele pediu.
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Ele me encarou sorrindo. - Queria poder segurar essa barriga e beijar... - ele sussurrou, me encarando sério. - Mas não dá...- e logo em seguida abriu outro sorriso enorme, e pude perceber,que de fato, ele estava feliz. Muito feliz. Obrigada senhor!
- Então... Você.... Eu achei que... Ah droga, Will! Eu acho que vou chorar! Esses hormônios já começaram a fazer efeito e uma vez a Treena comentou comigo que era assim mesmo, vou viver chorando pelos cantos... - falei tudo, tamanha era a minha empolgação depois de saber que o homem da minha vida estava feliz com a minha gravidez.
Ele sorriu lindamente. Então esticou o pescoço e inclinou sua boca em busca da minha.
- Eu te amo tanto, Louisa Clark. E te amo muito mais agora que sei que... Qual a probabilidade de termos feito um bebê nas minhas condições? Puta merda, eu ainda... Caramba! - ele falou, divertido, o que me fez relaxar ainda mais.
O resto da tarde passamos fazendo amor e nos beijando, sorrindo feito duas crianças que tinham acabado de ganhar presentes de natal.
Lá pelas sete da noite, enquanto comíamos pipoca e tomávamos suco, ou melhor eu era a única tomando suco, porque Will ficou me enchendo, dizendo que não era saudável para o bebê e blá blá bla.. enquanto víamos o filme que eu tinha escolhido, P.S Eu te amo. Era lindo, e esse estilo de filme combina muito comigo, e não sei porque me peguei chorando. Droga de hormônios!
- Chorando de novo, Clark?
- HM... É a gravidez...
- Aham, sei... - ele falou, bebendo um pouco mais de sua coca cola.
Enquanto estávamos agarradinhos vendo um filme, a campainha tocou.
- Ué, você chamou alguém? - Will me perguntou, com o cenho franzido.
- eu? Claro que não, aliás precisamos conversar sobre como iremos contar para as nossas famílias sobre... HM.. você sabe. - falei, já me levantando, e saindo do colchão quente para abrir a porta para sei lá quem seja. - Já volto.
Avisei e fui direto pra porta, onde a campainha ainda tocava.
Qual foi a minha surpresa ao notar Camila Traynor na minha frente. Claro que não que ela não viesse nos visitar, mas era tão mínima a frequência com que isso acontecia, porque ela sempre estava na Austrália com a filha.
- Olá, Louisa. - Ela falou, sorrindo simpática pra mim.
- Hm.. Oi Camila! Que surpresa vê-la! - Falei, sorrindo igualmente para ela. Sobre não chamá-la mais de Sra Traynor, ela tinha deixado bem claro quando soubera do meu envolvimento com will. - Antes que pergunte, é porque eu imaginei que estivesse ainda na Austrália, por isso que fiquei surpresa, deveria ter avisado, eu teria feito algo para jantarmos e...
- tudo bem, Louisa. Desculpa não avisar de minha chegada, é que eu não queria atrapalhar vocês...
- atrapalhar? Que isso... Se você tivesse avisado, teríamos ido buscá-la no aeroporto. Ah, desculpa a falta de educação, entre por favor. - falei, abrindo passagem para que ela pudesse entrar. Logo em seguida, fechei a porta.
- Will está no quarto. Vamos até lá?
Ela assentiu, sorrindo. Acho que apesar de já ter tanto tempo depois do que iria acontecer, ainda estava tentando se acostumar que a cuidadora maluquinha do filho dela tinha subido o status para namorada, e agora, noiva dele. Bem, isso ela ainda não sabia.
- Mãe? Caramba, que surpresa ter a senhora aqui!
Will sorriu, deitado na cama.
- Oi querido! - ela sentou-se dando um beijo na testa do meu noivo.
Peguei o controle remoto e desliguei a tv para poder darmos mais atenção a Camilla.
- E então, como está a minha irmã, e como anda a Austrália?
- Bem, sua irmã está ótima, apenas ansiosa pela chegada do bebê. Mas o marido dela e a mãe estão com ela para o caso de o parto acontecer. Foram eles que me encorajaram a voltar. Não poderia dar atenção a um filho quando eu tenho dois. E eu estava sentindo muito a sua falta, filho ingrato que não me liga mais. - ela tentou brincar, ainda com o semblante sério.
Will suspirou mas enfim falou:
- desculpa mãe. É que... Você sabe, desde a Alícia eu não... Eu não tinha uma relação tão... Estável.
- Eu entendo perfeitamente, querido.
De repente me senti uma intrusa no meio dos dois. Então levantei-me disposta a deixá-los mais a vontade.
- Para onde vai, Clark?
- Deixá-los mais a vontade, eu vou comer alguma coisa lá na cozinha...
- Tudo bem. - ele falou, mirando-a com seu olhar.
E então ela saiu do quarto. Ainda pôde ouvir alguma coisa do tipo:
