Se aquele nome horroroso foi para uma bebê menina, imagine o que viria se fosse homem... aliás, nem quero sequer imaginar! Homens e suas mentes férteis!
Depois do café da manhã, passei um bom tempo lendo um presente que a mãe de Will tinha me dado na semana passada. Não era nada sobre bebês, já que ela ainda não tinha descoberto a novidade. Era uma cópia em capa dura do romance Orgulho e Preconceito da Jane Austen, que a minha irmã vivia dizendo pra eu ler mas que eu nunca de fato tive tempo para fazê-lo.
Tinha começado há duas noites atrás, então não sabia muita coisa ainda do enredo.
Só sabia que se passava em uma pequena cidade inglesa e que havia aquela típica família de século XIX que tem um rebanho de filhas para casar, já que àquela época, mulheres que encontravam o cara certo eram bem sucedidas... Só que não.
Estava na parte em que Elisabeth Bennett conversava com sua mãe, prestes a virar a página quando alguém bateu na porta..
UE, mas eu não tava esperando ninguém! Fui até o quarto rapidamente e questionei se Will tinha chamado alguém ou se ele esperava alguma visita.
Ele disse que também não esperava ninguém, o que eu achei estranho mas não falei nada.
Fui abrir a porta, e antes que eu pudesse reagir, senti um abraço que mais parecia um aperto na minha cintura.
- Tom! Assim você machuca a sua tia, filho! - Treena o repreendeu, enquanto ele me abraçava, ou melhor, me apertava.
- Oh, que surpresa boa! Porque não avisaram que iriam vir? - Olhei pra Treena e Tom, e sorri, abrindo mais a porta para que eles pudessem entrar. Logo, Thomas entrou feito um furacão indo direto para o meu quarto, obviamente encontrar Will. E Treena me deu um abraço meio desajeitado, já que segurava uma cesta em uma das mãos.
- AHHHH, oi maninha! Agora para de me apertar que eu tô me sentindo um limão sendo espremido... - Falei, com dificuldade, e ela então, me soltou.
- Eu estava sem fazer nada em casa, e como é um belo domingo, pensei, 'porque não chamar a minha irmã falsa que não lembra mais que tem irmã para fazermos um piquenique só entre a gente'?
- Hahahahahahaha, e eu não esqueci de você, sua boba! Só tenho estado com preguiça de sair de casa, mesmo. Tenho ido trabalhar, mesmo sob os gritos de Will para eu não fazer nenhum esforço e blá blá blá... Mas enfim, acho que dá pra gente sair sim!
- acha não, tem certeza! Larga de preguiça, vai! O Tom vai ficar aqui com ele, e além disso você mesma me falou que hoje iriam almoçar com a mãe dele, logo, não há motivo para preocupações! Ele vai estar com a família e aí você não vai dar a velha desculpa de deixar Will sozinho, até porque né, amor, ele detesta ser tratado como um bebê, você já comentou isso comigo.
Treena falou, por fim, e eu suspirei, perdendo a batalha que eu nem tinha iniciado.
- Ok, deixe só eu trocar de roupa e dar um jeito na minha cara de quem iria passar a tarde inteira dormindo! - ri comigo mesma e então fui direto para o quarto pegar uma roupa e me trocar no banheiro, já que Thomas estava fazendo companhia para o meu noivo.
Instantes depois, retornei para a sala, onde Treena observava um porta retratos onde eu e Will estávamos abraçados no dia em que saímos pela primeira vez depois de começarmos a namorar. A ideia da foto, obviamente tinha sido minha, porque Will, naquela época ainda era mais emburrado do que hoje.
- Vocês formam um casal tão lindo, Lou. Não sei como você não ó encontrou antes de ter conhecido o Patrick,não que ele fosse um cara bom, mas.. você sabe, aquela obsessão dele por atividades físicas me entediava às vezes... - ela confessou, me encarando.
- É, digamos que era uma peculiaridade dele que muitas vezes me assustava, você sabia que quando a gente transava ele calculava quantas calorias gastavamos todas as noites? Era tipo, uma maluquice, você sabe que hoje existe aplicativo pra tudo né?
Treena assentiu, visivelmente horrorizada com o que eu acabará de falar.
- Bem, acho melhor irmos. Nunca se sabe quando esse tempo louco de Londres irá mudar e eu não quero que a futura mamãe mais linda dessa cidade pegue um resfriado por causa de um capricho meu.
Assenti, e então pegamos as coisas, não antes de eu dar um beijo nos meus dois homens distraídos com um filme de ação e sair com Treena.
****
- Você se lembra quando quebrei o porta retrato da mamãe e com medo vim correndo para cá? Achei que seria o único lugar onde ela não me encontraria, mas tive a brilhante ideia de por aquele vestido rosa neon, que até durante o dia da pra ver.
- Inteligentíssima você! - ela falou com ironia, pegando um cacho de uvas da cesta. - Mamãe passou meia hora falando sem parar com você, lembro-me disso até hoje. - rimos juntas e logo em seguida paramos de rir ao mesmo tempo.
- saudades daquele tempo em que a gente não tinha com o que se preocupar, apenas com as nossas bonecas. Agora você vai ter que se preocupar com uma boneca humana. - minha irmã riu, mesmo sabendo que a piada era horrível.
- A gente nem sabe o sexo.. pode ser um "bonequinho" sabia?
- É, pode ser. Mas a minha intuição diz que vai ser uma baby girl..
Não falei mais nada. Treena tinha algumas teorias malucas as quais eu preferia evitar ouvir.
Nosso piquenique aconteceu de forma muito calma, colocamos as fofocas em dia e conversamos sobre as datas dos nossos respectivos casamentos.
Minha irmã queria casar daqui a dois meses, ou seja, no finalzinho de janeiro, o que coincide com o fato de que eu quero casar ainda sem a barriga estar grande e não ficar parecendo uma baleia nas fotos desse dia especial.Tínhamos, depois de discussões e mais discussões que faríamos o casamento no mesmo dia, dali a dois meses e meio, logo, teríamos pouco tempo para planejar tudo.
Mas... Como eu tenho uma irmã gênia e maravilhosa, ela disse que já sabia quem iria nos ajudar nos preparativos.
Eu mal podia esperar para estar casada com Will.
****
Um mês depois...
Tínhamos marcado enfim, a ultrassonografia para saber o sexo do bebê para aquela manhã de dezembro, calorenta que só ela. Claro que o fato de eu estar com quase três meses, eu disse quase, provavelmente não daria para saber o sexo, mas não custa tentar não é mesmo?
Assim que a secretária da dra Smith me chamou, eu e Will nos atropelamos no meio do caminho, um mais nervoso que o outro. Entramos no consultório, conversamos um pouco e então a dra me pediu para tirar a roupa para fazer o ultrassom.
Logo que o fiz, retornei para a maca, onde me deitei, e segui as instruções da doutora.
Logo, senti um gel frio sendo espalhado pela minha barriga ja visível.
Will, que estava mais ansioso, perguntou depois de um
tempo:- E aí, doutora?
Suspense básico hahahahaha
Me perdoem pela demora por favor! Hahahahaha mas esse capítulo foi enorme hahahahaha
Em breve voltarei, vou tentar não demorar 🌷😂
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WILL E LOUISA - COMO SERIA SE TUDO TIVESSE SIDO DIFERENTE?
FanfictionApenas imagine... E se Will Traynor não tivesse morrido? O que aconteceria? É exatamente disso que irei tratar aqui :)