Oi meus amores! Espero que vcs tenham gostado do capítulo anterior, foi o mais longo que eu já escrevi da fic toda! Mas... Continuando...
- é uma menina. Uma menina. Uma garotinha. - essa frase da doutora Hudson ficou martelando na minha cabeça, deixando-me em transe por alguns segundos, sem esboçar qualquer reação.
Só soube que estava chorando, quando a médica me estendeu um lenço, enquanto Will estava com aquele sorriso lindo espalhado pelo rosto, me admirando. Ou melhor,admirando a minha barriga.
Aproximou ainda mais sua cadeira, e com a mão, tocou nela, para minha mais completa surpresa. Sabia que ele havia recuperado boa parte dos movimentos dos músculos dosembros superiores, mas ainda assim, não àquele nível. Estava muito mais seguro e menos trêmulo.
- Will... Eu... Nossa.... - só consegui balbuciar isso, porque o torrente de lágrimas invadiram meu rosto numa velocidade absurda.
- surpresa... - ele falou, sorrindo, e também com os olhos lacrimejando.
- Mas.. como... Eu... Ahhh,droga, Will! Você está me fazendo chorar feito uma criança recém nascida! E ainda por cima na frente da médica! Aff, esses hormônios malditos.
- Isso é normal, minha querida. E fico muito feliz por sua evolução, senhor Traynor. A medicina tem feito coisas inimagináveis, junto à fisioterapia, claro. Mas voltando à nossa pequena mocinha, posso garantir que ela está se desenvolvendo muito bem - apontou para a tela, com uma seta, tal qual num computador. - Está no tamanho e peso certos, e seu tempo de gestação está de 18 semanas, cerca de 4 meses e meio, de acordo com o tamanho da bebê.
Will e eu nos entreolhamos, satisfeitos. Saber que o nosso bebê estava perfeito e se desenvolvendo bem, era uma excelente notícia principalmente para nós, dois pais de primeira viagem.
- receitarei a você, visitas mensais ao meu consultório, além de se alimentar bem, e ingerir o ácido fólico, para ajudar ainda mais no desenvolvimento do bebê. Além disso, nada de gorduras e açúcar em excesso, hein? Nessa fase da gestação, apesar de boa parte do perigo de aborto ou doenças congênitas, todo cuidado é pouco.
Assenti, diante de tudo o que ela falava, enquanto Will garantia que me vigiaria pelos próximos meses, evitando que eu saísse por aí comendo besteiras, como já fazia antes do bebê. Homens. Revirei os olhos.
Assim que prescreveu a receita, nos despedimos rapidamente,e então eu e Will fomos embora, com os sorrisos esticados de felicidade e gratidão pela nova vidinha feminina que estava se desenvolvendo em mim.
Quando chegamos em casa, decidimos que contaríamos a novidade no jantar do final de semana, na casa dos meus pais, já que era o aniversário de Thomas, o que era uma ótima ocasião.
- Eu nem posso acreditar, sabia? Olha isso - ele mexeu as mãos, devagar, mas mexeu, é isso era ótimo.
- Porque não me contou quando chegou? - falei, fazendo cara feia para ela,mostrando que tinha ficado no mínimo chateada por ele ter me escondido uma coisa tão importante quanto aquela.
- Porque era surpresa. Se eu contasse ia deixar de ser surpresa. E agora.... Que eu recuperei parte dos movimentos, eu posso fazer uma coisa com muito mais frequência - ele abriu um sorriso malicioso, o que me fez imaginar milhares de coisas que aquelas mãos grandes poderiam fazer , colocar... Mas foi na minha barriga que ele pousou suas mãos grandes, ainda que desajeitadamente.
Elas não estavam firmes, também, pudera, dois meses de fisioterapia poderiam dar alguns avanços, mas não seriam rápidos demais, assim eu pensava.
- ela já mexe?- Ainda não. Parece estar bem preguiçosa para o meu gosto. Agora estou mais aliviada depois da consulta, ela está bem, já que não nos dá nenhum sinal né?
Will ia retrucar alguma coisa, quando alguém entrou na nossa casa, claro, depois de dar duas batidinhas.
Era Camila.
- Will, eu ouvi sua voz quando estava voltando da caminhada e..
Seus olhos paralisaram na cena adiante dela. Will se virou, para encarar a mãe de frente, retirando suas mãos da minha barriga e colocando-as sob os braços da cadeira de rodas.
- Meu... Will.. os seus... Ai meu deus! - ela tapou a boca, tamanha era sua emoção.
Sorrimos de volta para ela, que mal cabia as lágrimas nos olhos.
- Droga, mãe. Era pra ser surpresa! - ele falou num tom brincalhão enquanto arrastava a cadeira para perto dela.
- AI MEU FILHO! SUAS MÃOS, FILHO! - ela gritou, se abaixando para o abraçar. Ela circulou seus braços sob o tronco dele, que, lentamente, fez o mesmo.
Fiquei encarando aquela belíssima cena, e só percebi que estava chorando porque minha visão ficou embaçada.
Nunca vira Camila Traynor emocionada daquele jeito. Afinal, para tudo se tinha uma primeira vez.
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When your legs don't work like they used to before
And I can't sweep you off of your feet
Will your mouth still remember the taste of my love?
Will your eyes still smile from your cheeks?
And darling I will be loving you till we're seventy
( Ed Sheeran - Thinking out Loud)Depois que Camila foi embora, hoje pela manhã, compartilhamos boas risadas ( sim, quem diria, Camila Traynor, a durona, estava rindo das minhas piadas inúteis e que só eu achava graça e dos trocadilhos que as vezes surgiam - não vou comentar aqui).
Agora estava pronta para me juntar a Will, devidamente instalado na cama, para podermos conversar com a nossa filhota. Aliás, quando contamos sobre o sexo, Camila quase faltou beijar o teto, tamanha era sua felicidade. Cada dia mais eu me surpreendia com aquela mulher.
Prendi meu cabelo em um coque frouxo e sentei-me do lado de Will, que me encarava com um sorriso enigmático.
- O que foi?
- Vamos conversar com a mini Clark hoje?
- Vamos, quem sabe ela não goste da voz do pai e resolve dar um sinal né? Minha voz de bezerra rouca não ajuda em nada. Ontem cantei o nana neném umas quatro vezes seguidas errando as mesmas partes. Aff.
Will riu, como sempre. Eu não entendia porque ele ria do meu jeito. Mas enfim, achava que era um modo de ele demonstrar todo o seu amor.
Se inclinou e beijou a ponta do meu nariz, para em seguida, lentamente pegar sua mão e pôr em cima da minha barriga, puxando a blusa do pijama de modo que a pele ficasse exposta.
- Então, neném. O papai nunca tentou falar com você, mas é porque ele não sabia o que falar, e não podia tocar em você. Sabe disso não é?
Sorri, olhando o jeito com que ele falava com a minha barriga.
- A sua mãe é maluquinha, mas ela tem um coração tão lindo e forte quanto o seu, e você vai ser uma mini Clark linda e eu não vou deixar nenhum urubu chegar perto, nem que eu tenha que aumentar a velocidade da minha motorizada. - Will falou de um jeito tão engraçado que não pude evitar rir. E então enquanto eu me contorcia, aconteceu.
A mão dele ainda estava lá.
- Você se-sentiu i-isso, Clark?
Assenti com a cabeça, estupefata.
-A nossa bebê mexeu. - ele falou baixinho. A NOSSA FILHA MEXEU, PORRA! - ele berrou, e então senti seus olhos lacrimejarem, assim como os meus.
ahhhhhhhhhhhhh! Que coisa mais linda hahahahaha ❤️❤️❤️❤️❤️
Depois me contem o que acharam! ❤️
Nossa fic está chegando na sua reta final :( snif snif
AH, E OBRIGADA PELOS 17K de leitura
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WILL E LOUISA - COMO SERIA SE TUDO TIVESSE SIDO DIFERENTE?
FanfictionApenas imagine... E se Will Traynor não tivesse morrido? O que aconteceria? É exatamente disso que irei tratar aqui :)