capítulo 38 bónus - Lucas

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Lucas
Com tantas mulheres neste mundo tive de me apaixonar pela Dany, aquela com quem gozava nos tempos de colégio, aquela que vivia em discussão comigo e que me fez ganhar um novo passatempo: provoca-la. Mas depois tudo mudou, vi-a partir e não regressar mais e senti-me um tolo com as emoções novas que ia experimentando a cada dia longe dela.
Depois assumimos o que sentíamos. Ficamos bem. Casámos!
Mas tudo terminou... e da pior forma.
No entanto, o sentimento continuava bem presente e permiti-me dar-lhe uma nova oportunidade, mas nada corre bem. E aqui estamos nós, numa rua na Suíça, a caminho do hotel onde está hospedada, porque não podemos estar juntos em Portugal. Quando ela me implorou, banhada em lágrimas, para sair do país junto tive vontade de terminar tudo de novo. Não queria mais um relacionamento conflituoso como foi no passado, queria uma relação normal. Mas cedi às suas súplicas e parti sozinho, deixando os meus dois filhos ao encargo de outro homem.
Tê-la aqui, á minha frente, é importante para mim porque significa que tenho alguma importância na sua vida. Por muitas vezes, senti-me como apenas um adereço na sua vida agitada, havia sempre alguma coisa que tirava a sua atenção de mim. Como lutar pela atenção de uma mulher quando ela tem uma vida mais agitada que a do presidente da América? Simplesmente não dá.
Mas ela veio esperar-me. E mal nos encontramos discutimos logo.
Conviver com a senhora Daniela Monteiro não é fácil. Diariamente há um novo desafio para superar. Até já matei um homem por causa dela! Mas meti-me no meio do perigo e não tenciono sair de lá porque é lá que ela se encontra.
Seguro na sua mão e deixo-a guiar-me até ao hotel. Este fim-de-semana será só nosso.
A primeira coisa que faz é despir o seu longo casaco que encobre todas as curvas do seu corpo. Lenta e provocantemente o casaco desliza pelos seus braços nus e caem num canto do chão. O seu corpo fica apenas coberto por um pequeno vestido, completamente justo. Encostado á porta fico a desfrutar de um show privado. A sua pele brilha debaixo da luz e os seus olhos brilham para mim. Um sorriso maroto nasce nos seus lábios carnudos enquanto me observa.
Avanço a passos lentos na sua direção e alcanço a sua mão, entrelaçando os nossos dedos. O seu corpo arrepia-se com o toque e a temperatura parece aumentar uns mil graus celsius. Os nossos olhares conectam-se e todo o mundo parece desaparecer. Automaticamente levo a sua mão aos meus lábios, beijando um por um os seus dedos. Lentamente, a puxo para mim enquanto deposito vários beijos ao longo do seu braço. Sinto os seus pelos eriçados e a respiração acelerada.
Quando finalmente a tenho perto de mim seguro, possessivamente, na sua cintura e encosto os nossos corpos, até eliminar qualquer réstia de espaço livre. Beijo o seu pescoço, respirando o cheiro suave do seu habitual perfume, aquele que guardo memória e desejo, constantemente, impregnado na minha pele.
Lambo a sua orelha murmurando o quanto a amo e preciso dela. Ela geme como resposta.
O quarto está num silêncio total e de repente sinto algo estranho tocar no meu corpo, caio de joelhos á sua frente. Ela olha-me preocupada mas acalma-se quando subo o seu vestido ás pressas e beijo a sua barriga. A bebé mexe-se divertida. Consigo sentir o seu pezinho contra a minha boca. Fecho os olhos e deixo-me levar pela sensação de sentir a minha filha. O meu coração bate descompassadamente e rejubila de felicidade. Os dedos da Dany envolvem os meus cabelos, acariciando-os suavemente.
Ao fim de alguns minutos assim, começo a tatear as suas costas até alcançar o início do fecho e, lentamente, o abro, exibindo o seu corpo. Roço os meus lábios pela sua barriga e subo devagar. Ela aperta os meus cabelos com força quando abocanho um dos seus seios. Seguro na sua cintura com força para a impedir de se afastar e aproveito para me livrar do pequeno tecido de renda que me impedia de ter o vislumbre de todos os cantos do seu corpo.
Aprendi uma coisa com o tempo, posso até ter as mulheres mais lindas e mais gostosas do mundo á minha frente, mas nenhuma se comparará á beleza que uma mulher grávida emana...principalmente se ela carregar um filho nosso.
Ela segura no meu queixo com ambas as mãos e força-me a levantar.
Esfomeado, ataco os seus lábios como um predador ataca a sua presa. E, totalmente recetiva, os seus lábios abrem-se para mim, cedendo-me todo o controlo.
Com cuidado pego no seu corpo e deito-a na cama. Os nossos dedos voltam a encontrar-se e unem-se.
- Eu amo-te... - Murmura olhando-me nos olhos - Amo como nunca amei ninguém.
Beijo cada olho que se fecha ao sentir o meu toque. Beijo o seu nariz, lábios, pescoço, ombro, peito... Todo o seu corpo é saboreado lentamente, como uma sobremesa que por ser tão deliciosa não queremos que ela termine.
Ao fim de longos minutos e depois de várias tentativas, por parte dela, livro-me da minha roupa e deito-me ao seu lado, puxando-a para mim. Volto a apoderar-me dos seus lábios enquanto os meus dedos se reencontram com cada pedacinho, já conhecido por mim, da sua pele. Viro-a de costas para mim e encosto os nossos corpos. Levanto a sua perna, trazendo-a para cima de mim e, devagar, encaixo o meu corpo no seu e começo a entrar lentamente. Ela geme sem pudor e aumento o ritmo dos movimentos.
O seu corpo começa a apertar-me, os gemidos aumentam até que um grito sai da sua boca e ela relaxa de novo. Segue-se o meu corpo a encontrar a sua libertação.
Permanecemos assim durante alguns minutos, de corpos unidos, respirações ofegantes. Envolvo-a num abraço apertado e ela une as nossas mãos.
- O meu pai está vivo...- Diz num tom baixo - A minha mãe também, aliás, eles têm uma filha.
Ela vira-se para mim e enrosca-se no meu corpo.
- Eles enganaram-me...
- Calma flor... - Beijo as suas lágrimas - Eles têm uma razão, de certeza.
- Nada justifica o abandono.
- Esquece isso, esquece essa fase da tua vida. Tu já fizeste o teu luto, aprendeste a viver sem eles, vocês seguiram as vossas vidas de forma independente, então esquece este encontro e continua com a tua vida. - Volto a beija-la - Não quero ver-te sofrer por isto.
- Obrigada mas não vai ser fácil esquecer.
- Eu conheço uma maneira de esquecer. - Olho-a com um sorriso.
Ela sorri para mim e beija-me. Ajudo-a a esquecer-se dos problemas por uns momentos e apodero-me do seu corpo, mas desta vez não é nada calmo, nem romântico. O nosso lado selvagem desperta e esquecemo-nos do mundo para além das paredes deste quarto.
Cada pedaço de mim reconhece o seu corpo e aceita-o de bom grado quando ele se oferece a mim. Cada molécula foi conquistada pelo seu jeito agressivo e protetor, pela sua beleza e pelo seu carisma. Viciei-me nela como uma droga, tornei-me num toxicodependente.
Vê-la desiludir-se, de dia para dia, cada vez mais só aumenta a vontade de pegar nele e nas crianças e sair daqui, esquecer esta vida, esquecer todo o passado e construir um futuro longe...Mas agora to futuro sorridente.
Ela não sabe mas ás vezes imagino nós dois já velhinhos, ela ao meu lado a reclamar com qualquer coisa e eu a provocá-la ainda mais. Ela com os seus cabelos brancos a suspirar e a virar costas enquanto pragueja e eu a segurar no seu braço e traze-la para mim. A beijá-la contra a vontade mas a vê-la rapidamente ceder. E de repente ouvir um "huuu, que nojo avô", olhar para trás e ver um ou dois ou vinte - quanto mais melhor- metro e meio de gente a olhar para nós.
Ela não sabe e eu não lho vou dizer... Mas vou lutar por isso...por esse futuro.
Observo-a dormir ao meu lado, o seu corpo nu começa a tremer com frio e uso o meu corpo para a aconchegar. Beijo os seus cabelos e acaricio a protuberância da sua barriga.



Olá olá!
Peço desculpa pela demora mas estes tempos têm sido complicados... Estamos a entrar na reta final gente.... Espero que estejam a gostar da história destes 4 amigos...
Beijo grande

Segredos Perversos - A disputa (livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora