∞ Daniela
Ver a minha princesa partir foi como se uma parte do meu coração morresse. Ela sorria de animação, finalmente ia ver as suas amiguinhas, ia poder estar com elas e matar saudades mas eu apenas sorria para a agradar. O Gonçalo chorou até entrar no avião e o Lucas esteve por um fio de desistir de tudo. Depois de ir ao hotel, acabámos por levar todos ao aeroporto, mas esse foi um grande erro, assistir á descolagem do avião parecia que estávamos a assistir ao nosso próprio funeral. E assim que ele desapareceu da minha vista desabei num choro silencioso. Os braços do Lucas sustinham o meu corpo apesar de a sua maior vontade fosse acompanhar a minha tristeza.
- Eles vão ficar bem. – Afirmo, enquanto regressamos a casa. – Eu acredito que sim. Agora precisamos de ir ter com o advogado, ele disse-me que precisava de falar comigo.
- Falar contigo porquê?
- Talvez por causa daquele cofre na Suíça, estou farta de dar voltas á cabeça e não consigo encontrar uma possível combinação para aquele cofre.
- Não há nada no cofre de tua casa? Nem nos documentos que o advogado tem da vossa família?
Nego com a cabeça.
- Não há nada. – Suspiro.
Ele para o carro na berma da estrada. Onde estamos conseguimos ter visibilidade para o parque da cidade. O local está quase deserto, apenas um ou dois vultos correm pela pista destinada aos piões.
O Lucas solta-se do cinto de segurança e solta o meu também, puxando-me de seguida para o seu colo. Enrosco-me no seu corpo e relaxo a cabeça no seu peito.
- Nós vamos conseguir ultrapassar tudo isto, eu acredito nisso e tu também devias acreditar.
- Tenho medo do que possa existir naquele cofre. – Desabafo – E se for algo que nos prejudique ainda mais? Eu quero a nossa família junta e não separada.
- O teu pai não te iria prejudicar mais, tenho a certeza. – Murmura num afago suave na minha cabeça.
- Já não sei no que acreditar, começo e ter vontade de desistir. Dentro de pouco tempo a Bianca nasce e o que é que vamos fazer? Deixá-la no perigo, levá-la para longe?
- Eu não conheço os teus pais mas continuo a acreditar que ele não iria deixar naquele cofre algo que te prejudicasse e te magoasse. Já passaste por muito por causa dos erros dele. Aquele cofre tem de ter e solução para tudo isto, caso contrário, também não iriam fazer tanto segredo sobre a tal palavra passe.
- Eu quero tanto que a nossa bebé nasça num ambiente seguro e calmo. – Suspiro.
- Calmo? Tendo-nos como pais?! – Ironiza.
- Isso é verdade!
Permanecemos uns minutos assim, a desfrutar do silêncio, abraçados.
Somos recebidos pela mulher do advogado, ela lança-nos olhares desconfiados mas continua a sua caminhada até alcançarmos o escritório. O homem, concentrado no ecrã do computador, levanta-se num ápice quando, por coincidência, o seu olhar desvia-se da tela para desncansar por uns segundos.
- Como estás? – Pergunta, encaminhando-me para uma das poltronas.
- Bem, obrigada. – sorrio fracamente – Há novidades sobre o cofre?
- Não. – Responde a contragosto.
- Estive a pensar e talvez seria melhor se eu fosse a esse banco, com os meus documentos consigo provar que sou filha e herdeira legítima do conteúdo do cofre. Além disso, tenho e minha mão a chave que complementa o código.
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Segredos Perversos - A disputa (livro 3)
RomantiekSejam bem-vindos a mais uma aventura destes quatro amigos!! O passado emerge e uma nova luta surge... Depois de 7 anos a viverem vidas separadas mas com um filho em comum, as vidas da Rafa e do Dinis voltam a unir-se após uma tragédia. Na casa ao l...