Juntas?

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Nem demorei! Há! Espero que gosteeeeeeem desse capitúlo, ok?

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Pov Verônica.

Eu saí do meu carro decidida, de coração partido, mas decidida. Eu iria terminar com Lucy. Repeti para mim mesma, durante todo caminho no elevador, que aquilo seria o melhor para ela. E eu precisava fazer o que fosse o melhor para ela.

Todos os motivos simplesmente sumiram no instante que eu entre no meu apartamento. O barulho irritante do inalador estava presente no ar, Lucy estava sentada no sofá, os cabelos presos em um coque mal feito, ainda o meu moletom da universidade, e as minhas calças de moletom, as pernas cruzadas em forma de índio, ela segurava a máscara de oxigênio no rosto, e eu apostava que sua cara estava no puro tédio, ela odiava ter que fazer sessões de inalação. A TV estava ligada mostrando algum episódio de Full House. Eu escutava a risada baixa de Lucy por entre a máscara a cada momento.

Até ali, naquele momento, com minha namorada fazendo inalação por causa da sua asma, com os cabelos presos naquele coque, incrivelmente mal feito, ela ainda era estúpidamente linda. E eu a amava.

Eu a amava.

Não podia terminar com ela.

Deixei minha bolsa cair ao chão, som que fez Lucy se virar para olhar o que houve, e sorrir, com os olhos brilhando ao me ver, apenas sorri de volta, andando até o sofá, me sentando de lado, meio deitada, e puxando minha namorada para se sentar entre minhas pernas. Ela deitou suas costas em meu peito e eu respirei um pouco aliviada de ter seu corpo perto do meu. Abracei sua cintura, rindo pelo som de alívio que saiu dos seus lábios quando eu segurei a máscara de inalação em seu rosto, e deixei suas mãos livres. Segurei sua cintura com a minha mão livre e sorri quando ela entrelaçou nossos dedos.

— Está tudo bem? — sua voz soou baixa por causa da máscara de inalação.

— Está — menti baixinho, ela não precisava saber o que acabou de acontecer no hospital, pelo menos não agora.

Aumentei o volume da TV, para escutar melhor, e me permiti relaxar um pouco. Menos de um episódio depois, senti o corpo de Lucy mais relaxado, e acabei rindo baixo ao ver que ela pegou no sono, neguei com a cabeça, ajeitando melhor o seu corpo para que ela ainda respirasse pela máscara da inalação, abaixei um pouco a TV, para não acordá-la, mas continuei assistindo, eu até que gostava o programa, Lucy amava, ficou revoltada quando acabou, mas pelo menos ainda reprisavam durante o dia.

Esperei até a inalação dela acabar e desliguei o aparelho, tirando a máscara de seu rosto e sorrindo quando ela acabou se aconchegando mais ainda em mim, abracei seu corpo, nos ajeitando melhor no sofá.

De uma forma um pouco assustadora, eu sentia que estava segurando o meu mundo e a minha vida em meus braços, mas ao mesmo tempo, era algo bom, apesar dos poucos meses de namoro, era exatamente aquilo que Lucy era para mim.

Meu mundo e minha vida, e mais ainda, o amor da minha vida.

Poderia ser um pouco cedo demais pra isso, ainda mais considerando o fato que no começo eu apenas queria transar com ela. Só que, agora, o que eu sentia, era algo que nunca nem havia chegado perto antes, era um sentimento tão grande e tão incrível, que eu não poderia perder.

Eu não poderia perdê-la.

(...)

Me remexi, sentindo uma pontada nas minhaa costas, abri os olhos, já fazendo uma careta. Acabei dormindo no sofá com a Lu. Corri meus olhos pela sala ao não vê-la ali no sofá comigo, me levantanto em seguida.

My Kind (Vercy)Onde histórias criam vida. Descubra agora