Fugir.

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VAMOS FUGIR, DESSE LUGAR BABY, VAMOS FUGIIIIR, ONDE QUER QUE VC VÁ QUE VC ME CARREGUE!
Olha quem está de volta! Sim sim sim!
OLÁ ESTRELINHAS, A TERRA DIZ OLÁ! Como estão hj?
Capítulo muito legal. Espero que gostem *---*

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Pov Lucy.

Demitida. Eu estava demitida.

— Não me ouviu? Está demitida, vá ao RH assim que sair daqui, não quero mais ter que te ver por esses corredores — a voz de James me tirou dos meus pensamentos e eu o encarei, a fúria em cada parte do meu corpo.

— Sabe que está perdendo a melhor residente desse hospital, não é? — me gabei, eu não costumava fazer isso, mas era verdade — E tudo porque não consegue aceitar o amor entre duas pessoas?

— Saía daqui! Eu não sou obrigado a...

— Eu não terminei! — o cortei, irritada, ele não era mais meu chefe, não me importava em ser rude agora — E, não sei o que pensa, me demitindo ou ameaçando sua própria filha, nada disso mudará o que sentimos uma pela outra. Nos amamos! Entende isso? Ou nunca sentiu isso por alguém!? — explodi irritada, vendo a face do homem à minha frente se tornar vermelha — Faça o que quiser, eu e Verônica permaneceremos juntas.

Não deixei ele me responder e lhe dei as costas, saindo daquela sala levemente artoada. Eu sabia que algo assim poderia acontecer, sempre soube, desde o momento que Verônica me beijou pela primeira vez. 

Mas, agora, realmente sendo demitida. Era um pouco assustador.

Eu sabia da minha competência como profissional, mas também sabia da competência de James Iglesias conseguir destruir a felicidade das pessoas. Eu sairia daqui sem ao menos uma carta de recomendação, tinha certeza, e ser demitida do melhor hospital do estado, não faria meu currículo ser muito bonito. 

Suspirei, entrando no vestiário dos residentes. Droga, eu adorava meu emprego aqui. Abri meu armário, começando a colocar alguns poucos pertences que eu havia deixado ali, dentro da minha bolsa. 

— Ei! Lu! Você não vai acredi...

A voz de Alana foi morrendo aos poucos ao me ver, guardando minhas coisas com minha cara péssima. 

— O que aconteceu? — questionou preocupada 

— Fui demitida — murmurei, jogando um casaco dentro da bolsa, e a fechando.

— O que? Como? Por que? — perguntou, agora confusa.

— Porque o pai da minha namorada é dono desse hospital e ele não tolera a filha ser lésbica e muito menos ser minha namorada — respondi, sentindo minha garganta seca.

Ele já havia falado com Verônica. Ela deveria estar mal. Eu precisava falar com ela.

— Eu sinto muito, Lucy — Alana me abraçou, me pegando desprevinida e eu demorei uns segundos para retribuir o abraço 

— Tudo bem, mas eu preciso ir — me afastei, jogando a bolsa em meu ombro — Preciso ver Verônica. 

Saí do vestiário, andando as pressas pelos corredores do hospital, não estava com a mínima vontade de passar no RH do hospital e resolver tudo. Minha namorada era mais importante, e eu conseguia sentir que ela estava mal. Dirigi rápido, muito rápido pelas ruas de Miami, até estacionar em frente ao prédio dela. Subi com a mesma pressa, e tateei meus bolsos a procura da chave que ela havia me dado.

Abri a porta do apartamento, fechando com cuidado, e deixando minha bolsa ali mesmo. Dei três passos, até ver Verônica se aproximar, provavelmente por causa do barulho da porta. 

My Kind (Vercy)Onde histórias criam vida. Descubra agora