Nós.

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Oiiii, olha quem apareceu por aqui!!!
Tudo bom contigo!?
Então, esse capítulo era para estar maior, poréeeeem eu resolvi dividir em duas partes, pra ficar mais dramático hahahaha
Espero que gostem ;)

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Pov Verônica.

Não evitei o sorriso ao olhar para o lado na cama. Lucy dormia serenamente, agarrada a um dos travesseiros, seus cabelos bagunçados na cama, apenas uma calcinha no corpo, as costas nuas, o pescoço e o tronco marcados por mim, alguns arranhões ainda visíveis em sua coxa. E o ressonar baixo, de quem foi dormir cansada pela noite que tivemos.

E que noite.

Me sentia quente só por lembrar, o sorriso não conseguia deixar meu rosto ao lembrar de todas as vezes que provei que ela era minha, da mesma forma que eu pertencia à ela.

Eu amava isso. Como, em apenas alguns dias aqui, nós realmente estávamos esquecendo todos os problemas que deixamos em Miami. Como só nos importavamos com 'nós'. Acredito que nosso relacionamento poderia amadurecer aqui.

Oh céus. Alguém registra minhas palavras, porque se me dissessem que eu estaria pensando em ter um relacionamento maduro com alguém. Eu iria apenas rir. Mas, me olhe agora. Apaixonada. E cada dia me apaixono mais, cada dia quero dizer ainda mais vezes que amo a Lucy.

E amava o fato que sempre acabávamos daquele jeito na cama.

Me levantei com cuidado para não acordar minha namorada. Me dirigindo até o banheiro para minha higiene matinal. Saí do quarto vestindo apenas minha calcinha e uma regata qualquer, eu sentia um ventinho gelado, mas nada que me fizesse vestir mais roupas. Desci até a cozinha, pegando meu celular que eu havia deixado lá, vendo uma ligação perdida do meu advogado.

Suspirei alto, eu estava tentando ter acesso à minha herança, ao que me pertence por direito. Porém, meu pai havia bloqueado todas as minhas contas. E, eu estava tentando enfrentar isso na justiça, só que estava sendo mais difícil do que aparentava. Quer dizer, o dinheiro era meu! E minha mãe não havia colocado nenhuma cláusula em seu testamento que dizia que eu deveria me casar com um homem para poder ter acesso ao dinheiro. Era simplesmente deixou 60% para mim, e 40% para meu pai, já que ela provavelmente sabia que eu não iria me dar sempre bem com meu pai. E, merda, eu odiava isso, mas eu preciso desse dinheiro, quer dizer, eu vivi uma vida toda de uma patricinha rebelde mimada. Eu nem tinha concluído minha faculdade.

Neguei com a cabeça, tentando não pensar no assunto, ligaria para meu advogado depois. Por enquanto, eu deixaria minha cabeça ocupada apenas em fazer um café da manhã decente para minha namorada.

Afinal, todos os dias dessa semana ela me acordou com um lindo café da manhã. Eu tinha que, no mínimo, me esforçar para fazer algo decente.

Sorri de lado, enquanto pegava os ingredientes para o café. Lucy era incrível. Ela estava sendo a namorada perfeita. Porque, mesmo sendo demitida, e provavelmente sem saber o que fazer agora, quer dizer, ela foi demitida no meio da residência justo pelo melhor hospital da região e, infelizmente, meu amado e querido pai iria fazer questão de não dar nem uma boa carta de recomendação. Mesmo assim, mesmo meu pai tendo acabado com um começo de carreira exemplar, Lucy ainda estava aqui, ainda me abraçava apertado e dizia que as coisas ficariam bem, ainda me acordava com um café da manhã na cama, dizendo que me ama, ainda sorri para mim como se eu fosse a única mulher no mundo, ainda tenta me fazer me sentir melhor com tudo isso acontecendo.

Eu, sinceramente, devo ter feito algo muito bom em vidas passadas, para ter uma mulher como Lucy hoje em dia.

Algo muito bom do tipo ter salvado o mundo como uma super-heroína.

My Kind (Vercy)Onde histórias criam vida. Descubra agora