SUSSURRA-ME

CAPÍTULO 9

Eram três horas da madrugada. Eu estava procurando por Kylie pelo que parecia cinco minutos, mas não tinha a encontrado. Então resolvi que continuaria minha busca depois. Quando me sentei no banco do bar, na parte debaixo, pedi para o barman mais uma garrafinha de água. Eu definitivamente não queria ingerir outra bebida alcoólica.

Após tomar o líquido mandei uma mensagem para Turner perguntando onde ela estava. Depois eu procuraria eles novamente provável que subiria e os esperaria na mesma mesa que antes estávamos ocupando, caso não os encontrasse, eu teria que optar pelo táxi.

— Nós já ficamos, não?

Levantei o olhar e analisei o rapaz em minha frente. Ele tinha altura mediana, bem malhado, os cabelos castanhos bagunçados e a barba por fazer.

No mesmo instante, olhei para os lados procurando por mais alguém, mas o pessoal ao redor parecia não estar prestando atenção nele.

— Está falando comigo? — perguntei assim que ele ficou me olhando ao sorrir. — Desculpa, mas acho que está me confundindo com alguém.

— Tem certeza? Já ficamos, não lembra?

Estreitei os olhos ao começar a rir e neguei com a cabeça. Aquela cena estava sendo bem patética e divertida.

— Certeza absoluta que não. — observei com calma seu corpo logo retornando aos seus olhos. — Eu com certeza lembraria.

Eu era muito boa de memória e certamente me recordaria de um cara atraente como ele.

— Bom, então nós podíamos resolver esse problema agora.

— Desculpe? — franzi o cenho, o analisando sentar ao meu lado. Não demorou para a ficha cair. — Oh! Isso era para ser uma cantada, certo?

Ele sorriu animado ao passar as mãos por sua calça jeans.

— Funcionou?

— Definitivamente não. Que cantada horrível.

Nós dois começamos a rir. Eu resolvi tomar mais um pouco da minha água antes de continuar nosso falatório que pelo jeito iria longe.

— Me senti ofendido agora.

— Acredite, eu também!

Ele sorriu de lado ao estender a mão para mim.

— Dylan Parker.

Apertei-a, estalando a língua no céu da boca.

— Every Holdings.

— Nome bonito. — ele pausou ao pegar uma bebida que o rapaz tinha colocado próximo a ele. — Quem escolheu?

— Basicamente, meu pai. — estreitei os olhos. — Digamos que minha mãe disse Évelyn e ele entendeu Every, ou seja, fui registrada com o nome errado.

— Ele estava bêbado?

— Era pai de primeira viagem, então não duvido muito.

Dylan concordou divertido ao beber o líquido e então começou a analisar a multidão assim como eu.

— Então, o que faz sentada aqui? Não está gostando da festa?

— 'Tá bem legal até, mas estaria ainda mais se eu estivesse com outras pessoas. — apontei a garrafinha na direção dele. — E você?

— Não gosta das músicas que estão tocando?

— Gosto. São boas músicas, na verdade. Quem as escolheu tem bom gosto.

— Obrigado! — levantou o copo ao brincar.

— Foi você?

Ele se inclinou em minha direção e apontou com o plástico vermelho em direção a DJ na parte de cima.