CAPÍTULO 66

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Ammy estava com uma virose. Eu e Nate só sabíamos daquilo. Nós dois permanecíamos sentados na sala de espera juntamente com Alyssa e Katie que estavam ocupadas em discutir sobre o paradeiro de Sebastian. Eu conseguia perceber Young se controlar ao apertar as mãos no pescoço enquanto fixava seu olhar somente no chão. Ele batia o pé contra o piso sem parar.

Soltei um suspiro incomodado pela conversa das duas. Em seguida, eu direcionei minha mão para a camisa social branca de Nate acariciando suas costas. Eu ainda estava irritada com ele, mas aquele não era o momento de bancar uma vadia histérica.

Se eu já me sentia incomodada com a falta de respeito delas, eu conseguia imaginar como Nate estava.

— Por que as duas não calam a porra da boca? — ele finalmente falou ao erguer a cabeça. — Está com saudade do Sebastian, Katie? Pegue a merda do avião e vá até ele. Tenho certeza que ele te receberá com uma surra por ter atrapalhado os momentos de paz dele.

— Nate Young onde estão seus modos? — Alyssa interrompeu-o.

— E o que você faz aqui? Por qual motivo não entrou com a Ammy? — questionou com raiva. — Ela é sua filha, Alyssa.

— Ammy estava vomitando, ok? Ela ia sujar meu vestido. Além do mais, ela queria a Rachel.

— Por que será, né? — ele retrucou cínico. — Ela tem 4 anos e prefere a Rachel do que a própria mãe. Parabéns, Alyssa. No futuro você terá mais uma filha contra você.

Dito isso, Nate levantou da cadeira estofada e não hesitou em deixar o local. Eu fiquei na dúvida se iria atrás dele ou não, mas acabei optando pela primeira opção. Ajeitei o paletó em meu corpo e segui com passos firmes o moreno irritado pelo corredor.

Ver de perto como a família de Nate era me fez ter a completa certeza que apesar das brigas constantes dos meus pais e da falta de grana na maioria das vezes, eu tinha as melhores pessoas próximas a mim. Minha família não era perfeita, mas para mim era o suficiente. Eles se importavam comigo e eu com eles. Não eram como os pais de Nate.

Eu parei de andar assim que ele cessou os passos perto da janela de vidro do hospital. Ele colocou as mãos no bolso da calça social e permaneceu olhando para a rua.

— Fique calmo, ok? Brigar não vai melhorar as coisas. Daqui a pouco a Rachel aparece com boas notícias.

— Faz horas que estamos aqui e ela não apareceu. — cuspiu irritado. — Aquele merda de médico disse que a Ammy estava bem e agora ela está lá dentro. Ela tem medo de agulhas e eu tenho certeza que estão a machucando.

— Não estão machucando ela, Nate. — falei voltando a tocar em suas costas. — Eles estão cuidando da Ammy. Fique calmo, por favor.

Ele ficou em silêncio por um tempo tentando controlar a respiração.

— Meu dia está sendo uma merda hoje.

— Eu já tive dias assim também.

Logo depois nós dois ficamos por ali mais uns dez minutos para finalmente Rachel aparecer acabando com inquietação de Nate.

A mulher mais velha aparentava estar cansada e seu vestido estava amarrotado e manchado provavelmente por conta da pequena.

— Como a Ammy está? Eu posso ver ela?

A outra mãe de Nate negou com a cabeça, apertando os lábios em linha reta.

— Sua irmã está melhor. Ela está dormindo agora. Preciso que você vá para casa e volte amanhã com roupas limpas para nós duas.

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