CAPÍTULO 36

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Mesmo após sair da casa dos pais de Nate, eu sentia meu coração bater rápido, minhas mãos e pernas trêmulas e minha cabeça a mil. Eu não havia entendido o motivo da briga entre ele e Sebastian. A única certeza que tinha era que Nate Young havia entrado em minha vida somente para me deixar confusa.

Ele tinha feito algo, eu sabia disso devido as pessoas que sempre o acusavam.

Dylan. O policial. Até o próprio pai.

O que de tão ruim ele havia feito para sujar a imagem da família?

E, naquele instante, parecia que alguém tinha ouvido minhas preces, pois meu celular notificou uma mensagem. Um torpedo da única pessoa que poderia me dar algum tipo de resposta. Um dos envolvidos.

De: Dylan Parker
Quer aparecer na minha boate hoje? ;p

Desviei meu olhar para Nate querendo ter a total certeza que ele não havia visto. Ele permanecia com o olhar fixo na estrada enquanto parecia pensar. Suas mãos apertavam firmemente o volante. Seu peito subia e descia por conta da respiração descontrolada.

A imagem de Sebastian batendo nele invadiu minha cabeça e por incrível que pareça um sentimento me invadiu. Empatia. Eu definitivamente não iria deixa-lo sozinho para ir atrás de Dylan. Aquilo podia esperar.

— O que vai fazer hoje? — perguntei, tentando chamar sua atenção.

Ele olhou para mim por um instante.

— Por que?

— Sei lá! Nós podíamos fazer algo, né? É sábado.

Eu o percebi relaxar um pouco. Ele não estava mais apertando as mãos no volante, por exemplo.

— Tipo o que?

— O que você sugere?

— Sugiro que você vá conhecer meu apartamento. — ele sorriu de canto. — Tenho certeza que existem muitas coisas para fazermos por lá.

Estreitei os olhos, cessando um riso por conta da sua falta de vergonha na cara.

— A April não deu conta?

— Eu não transei com ela.

— Não foi você que saiu todo nervosinho dizendo que ia transar?

— Não lembro disso. — ele fez careta, parando no semáforo. — O que acha? Quer ir no meu apê?

— Vai ter comida? Eu 'tô louca de fome. Eu só consegui comer um cupcake no aniversário da Ammy.

— O que você foi fazer no jardim?

Apontei para minhas bochechas, mostrando os desenhos nela.

— Sua irmã me obrigou a ficar sentada no chão esperando uma moça fazer isso.

Ele me observou com cuidado, levando a mão rapidamente até meu queixo me fazendo virar o rosto para ele ver a pintura.

— Você já estava com isso na hora que entrou na cozinha?

Eu revirei os olhos, sabendo do que ele se referia.

— É. Eu enfrentei um cara com o dobro da minha altura com dois olaf's na bochecha. — ri nasalado . — Sinceramente? Eu não sei de onde eu tirei coragem para fazer aquilo.

Nate retornou a prestar atenção na estrada assim que foi liberado do sinal.

— Eu não sei onde você estava com a cabeça, isso sim. Nunca mais faça isso de novo. — ele mordeu a parte interna da bochecha perceptivelmente. — Seja com Sebastian ou com outra pessoa.

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