SUSSURRA-ME

CAPÍTULO 24

A cada vez que eu constatava os lábios de Nate sobre meu corpo, eu sentia arrepios de satisfação. Sua boca distribuía beijos e mordidas por minha mandíbula e pescoço. Fazendo-me arfar baixinho de puro prazer.

Eu já me encontrava deitada no tapete que tinha no meio da sala. Nate permanecia em cima de mim enquanto suas mãos exploravam meu corpo. Ele apertava seus dedos em minhas coxas, aconchegando-se cada vez mais entre minhas pernas.

Minhas mãos tratavam de fazer o mesmo. Conhece-lo.

Eu nunca havia tocado realmente em Nate Young. Nunca havia sentido seus músculos firmes e fortes, mas eu estava aproveitando aquele momento. Meus dedos estudavam suas costas com lentidão. Sentindo cada parte do seu corpo quente e levemente suado.

Eu estava com o coração acelerado e com a respiração falha. Quanto mais eu o beijava e o sentia, eu queria o dobro. Doses e doses do moreno com problemas de humor.

Eu estava entregue a ele. Sentindo todos os efeitos possíveis que ele tinha sobre mim.

Eu conseguia ouvir o barulho da chuva, das falas dos personagens do filme que estávamos assistindo minutos atrás e até o toque incansável do meu celular. No entanto, eu me concentrava mesmo era em suas arfadas. Havia se tornado o meu som preferido.

Ao sentir tudo o que ele estava me proporcionando, eu ignorava completamente a parte do meu cérebro que insistia em lembrar do que Madison havia falado. Sobre a amizade colorida por mais de 5 anos.

Mas... Que se dane Madison!

Ele não era dela. Nate Young não era de ninguém.

Ele puxou meu lábio inferior com os dentes, cessando o beijo. Permaneci de olhos fechados, apreciando sua respiração se mesclando com a minha. Tentando recuperar o fôlego.

— Você lembra do que me disse há alguns dias? — ele sussurrou contra minha boca depois de um tempo.

Eu só conseguia me concentrar no que estávamos prestes a fazer. Não estava interessada em recordações do passado. Não estava interessada em ouvir a voz dele. Eu só o queria calado enquanto me proporcionava momentos de satisfação.

— Hm? Você disse algo para mim, Every.

Sua mão desceu demoradamente por meu braço e cintura, logo parou no cós do meu short jeans. Ele sorriu e abriu lentamente os botões enquanto passeava com o nariz sobre meu pescoço.

Eu havia perdido o ar de novo.

Eu estava há tanto tempo sem ter relações sexuais que qualquer coisa me deixava excitada. Inclusive ouvir a voz rouca de Nate sendo soada bem próxima ao meu ouvido.

— Você me pediu para parar de tocar em você. Se recorda?

Um beijo calmo foi depositado abaixo da minha orelha no mesmo segundo  em que sua mão adentrou meu short, parando próxima a minha intimidade. Mordi o lábio com força, remexendo-me. Eu precisava sentir o corpo dele de encontro ao meu.

Outro beijo foi dado quando ele escorregou seus dedos de forma leve por toda minha extensão.

Soltei um gemido entrecortado ao arquear sutilmente as costas.

Céus!

Ele movimentou os dedos em círculos entre meus lábios vaginais, por cima da calcinha preta de renda que eu usava, me provocando.

Minha boca estava seca, minha intimidade pulsando. Eu já conseguia sentir algo duro contra minhas pernas devido a nossa posição.

Eu precisava de Nate Young. Precisava naquela noite.