CAPÍTULO 13

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No dia seguinte, eu ainda estava com as palavras de Dylan em minha mente. Eu tentava me concentrar no meu afazer daquela manhã: Ir ajudar meu chefe com uma entrevista. Esforçava-me ao focar na roupa que estava vestindo, no alimento que estava comendo, nas configurações da minha câmera fotográfica. Em qualquer coisa, menos em Dylan.

Entretanto, tudo voltava a ele.

As palavras dele rondavam meus pensamentos a todo momento. Era como se eu estivesse enlouquecendo. Eu não precisava me sentir daquela forma, certo? Não tinha nada a ver com Dylan ou Nate.

Era provável que Parker estava tentando me colocar contra os meus –quase- amigos por birra. Intriga. Afinal, estava mais do que óbvio que ele e Young tinham um problema mal resolvido.

Após mandar pela milésima vez meus pensamentos para longe, respirei fundo e resolvi seguir meu caminho até a sala de Hunter. Eu havia chegado a empresa cerca de vinte minutos antes do horário combinado. Definitivamente não queria chegar atrasada em um compromisso sério, pois eu sabia o quanto meu chefe detestava atrasos.

Ao chegar na sala de Madison, me deparei com o cômodo vazio. A porta da sala de Hunter estava aberta, portanto segui. Do local onde estava, eu conseguia ouvi-lo reclamando baixinho ao tentar ajeitar a gravata preta que usava.

Sem querer acabei soltando um riso ao analisar aquela cena. Ele olhou para mim com o cenho franzido, logo cobri a boca com a mão tentando amenizar a situação.

— Ah, é você! Entre, por favor. — ele sorriu, me observando. — Eu odeio usar essa coisa.

Aproximei-me dele, cruzando os braços. Eu lutava para não começar a rir novamente.

— Fala da gravata ou do terno?

— Dos dois. Será que você pode me ajudar? — colocou as mãos na cintura desistindo. — Madison realmente faz falta. Sabia? Ela faz tudo para mim. Por esse motivo eu fico completamente perdido sem ela.

Eu ri. Era engraçado de ver Hunter admitindo aquele fato. Realmente ele parecia um menino perdido sem a mãe por perto para ajudá-lo.

— Tudo bem, eu te ajudo.

Coloquei minha bolsa na cadeira que havia ali em frente e me preparei para fazer o nó. Não era algo difícil para mim, afinal, sempre ajudava meu pai quando ele frequentava as reuniões do antigo serviço dele.

— Isso é complicado. — disse, franzindo o cenho. — Como sabe fazer?

— Meu pai era um empresário e minha mãe sempre o ajudava. Eu sou uma pessoa bem curiosa, então sempre ficava por perto para aprender.

— Hum. Interessante. — sorriu para mim ao me ver finalizando o nó. — Você é boa.

Devolvi o gesto e pisquei quando ele agradeceu para mim.

— Podemos ir?

Enquanto caminhávamos até o estacionamento conversávamos sobre a entrevista que presenciaríamos. Eu havia confessado a ele que estava nervosa, pois não tinha total confiança ao ficar encarregada das fotos que sairiam no site da revista.

Ao chegarmos no estacionamento, observei Nate se aproximando. Ele usava jeans claro, camiseta branca acompanhando uma jaqueta jeans por cima. Os cabelos estavam em forma de um topete. Ele estava com óculos escuros. Ao nos analisar pressionou o cigarro contra a lata de metal do lixo, em seguida o jogou dentro da mesma.

Hunter apenas o cumprimentou com a cabeça.

Eu devolvi o mesmo olhar que ele mantinha sobre mim. Mesmo com óculos escuros, eu sabia que ele estava me analisando como sempre fazia.

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