Ed edno mev asse zul??! Uotse ortned ed amu aturg, ojev sa setitcalatse.Iof ale euq em uonoisirpa san snegami sessed sosrev
Oçehnoc ANA es oa sonem ue essedup em revom ortned aled, airedop rartnocne a adías
Comecei esse capítulo escrevendo ao contrário e destacando uma palavra que não pode ser invertida.
Algumas palavras podem ser lidas de trás para frente que o sentido permanece exatamente igual.
ANA, RELER, REVER, E RIR
A luz não consegue inverte-las em nossa retina. E elas ficam impressas na psique com imagem perfeita porque são refratárias a ação distópica da luz.
Cora está enganada acreditando que não sou Cavalcanti. Eu sou Cavalcanti. Quando Cora me mostrou, ainda a pouco, esse papel com essas palavras invertidas o meu "eu" desaparecido voltou.
O meu eu estava preso dentro do poema A Ideia. Ele foi colocado lá por hipnose quando foi recitado naquela primeira festa do Clube.
Sinto que o meu eu está sumindo de mim novamente, sinto que vou desmaiar. Preciso escrever rapidamente tudo o que ele sabe sobre aquela festa e guardar na biblioteca como tenho feito a trinta anos.
A vertigem passou, tenho tempo ainda antes que venha o desmaio, ele só vem depois da terceira vertigem. Quando o meu eu volta minha consciência do que fui e fiz durante o tempo que fui clubista também volta.
Tenho consciência agora que as palavras Ana, reler, rever, e rir podem anular temporariamente a hipnose profunda que comanda o meu eu à trinta anos. Se eu não tomar nota disso antes de cair desmaiado nada ficarei sabendo quando acordar.
*** *** *** ***
Quando eu escrevi esse capítulo é lógico que já havia desmaiado. Acordei com Cora ao meu lado. E se nada tivesse escrito durante aquele fenômeno psíquico, não poderia está consciente de que sou mesmo
Cavalcanti.Depois que li o que escrevi pedi à Cora para repetir seguidamente : Ana, reler, rever, rir. Ana, reler, rever, rir...
na tentativa de resgatar o meu eu, porém nada aconteceu.Cavalcanti continua desaparecido.
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História sem Título
General FictionUma história sem nome pode não ser uma grande história, mas as coisas anônimas também podem ser universais.