Vago sem direção, não quero ir para nenhum lugar. Não procuro nada mas encontro tudo,
porque está tudo aqui,
abaixo das constelações que sintetizam todo o poder criativo dos elementos cósmicos,
evocado pelos artistas primitivos para sublimar a sua animalidade bruta, e novamente evocado pelos artistas modernos para a sublimação das políticas brutais responsáveis pela corrupção geral dos costumes e pelas guerras.Uma das estrelas dessas constelações, escolhida ao acaso, pode me levar para algum lugar.
Não deixo a escolha ao acaso,
escolho Vênus "a estrela da manhã" que nem estrela é , escolho pelo seu simbolismo, para me guiar pelo mundo dos símbolos .A estrela da manhã nasce onde nasce o sol. Naquele quadro que prendeu minha mente e do qual tento fugir, sem contudo conseguir, a estrela da manhã aparece junto ao sol como uma estrela negra e não verde como aparece no céu.
A estrela da manhã me levou de volta ao mundo de duas dimensões de que aquela pintura faz parte .
O mundo da psique nascido da substância clara da nebulosa é também bidimensional como é o da luz que o gerou. E é este limite físico da substância da luz, que indus ao erro do dualismo que marca a cultura das civilizações da luz.A bi dimensionalidade própria da natureza da luz destrói os arquétipos escuros e uni dimensionais, dando livre curso aos arquétipos de duas dimensões.
O ponto é a figura mais simples de um arquétipo visual. O ponto também é o primeiro arquétipo da imanência.
A linha é o segundo arquétipo da imanência já que uma linha é uma sucessão de pontos. A linha é imanente ao ponto.Aquilo que separou o ponto da linha causou a transcendência e alterou a ordem natural do cosmos tanto na nossa mente assim como na natureza.
A desintegração da imagem linear de uma espiral, que a nebulosa que gerou o nosso sistema sistema solar, enviou para o espaço, ocorreu quando sua imagem colidiu com uma imagem de outra nebulosa vindo de sentido contrário.
Não! Não a imagem de outra nebulosa! A nebulosa é que teria colidido com a sua própria imagem! Esse fenômeno está de acordo com a teoria da relatividade que ensina que o espaço é finito e curvo.
A primeira imagem emitida pela nebulosa deu uma volta completa pela curvatura do espaço e voltava ao ponto de partida quando se chocou com a última imagem projetada pela mesma nebulosa.
Esse fenômeno ocorre também com a nossa imagem que após dar a volta ao mundo acaba por voltar ao ponto de partida.
Então por que não vemos a nossa imagem vindo direto em nossa direção?
A explicação é que nós estamos sempre em movimento, o que muda continuamente o ponto de encontro das imagens. Além disso as imagens que projetamos se desviam de sua trajetória original ao colidir com objetos sólidos existentes em seu caminho. Assim sendo, a probabilidade de durante um tão curto tempo, como é o da vida humana, de nos encontrar-mos frente a frente com nos próprio e muitíssimo pequena.
Nem todas as nossas imagens emitidas pelo calor dos nossos corpos e projetadas pela luz solar, se perde no espaço sem destino seu. As imagens que refletimos no espelho sempre voltam "para casa ".
Para sorte nossa a grande maioria das nossas imagens nunca voltam, porque se de repente todas as imagens votassem de uma só vez, em um bilionésimo de segundo nos transformaria-mos em uma estrela, e essa micro estrela se desintegraria no mesmo instante em que brilhou.A "estrela negra" resultante dessa colisão de imagens da nebulosa , é a causa primária de todos os distúrbios da percepção que tanto afeta a psique(que é a "natureza profunda" da natureza) de todos os seres ao seu alcance.
Antes de se desintegrar em um turbilhão de partículas escuras , a super estrela virtual atingi um brilho extremo que excede o de qualquer estrela física existente no universo.
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História sem Título
General FictionUma história sem nome pode não ser uma grande história, mas as coisas anônimas também podem ser universais.