O colégio havia dado o dia de luto, alunos próximos irem ao enterro junto com a familia, mas, obviamente, cada regra tem sua excessão. Dominique quando foi enviada para casa, esperou seus pais dormirem para fugir no meio da noite. Não iria no enterro, não lidaria com os olhares de desconfiança do Weasley, afinal, não importava se Albus e Lily também fossem da Sonserina, era ela quem trairia a desgraça a familia.
Assim que ela saiu da lareira na casa da familia Malfoy, ela ouviu vozes vindo de algum comodo do primeiro andar, a voz de um homem e uma mulher, e ela supôs ser o pai e a madrasta de Draco a quem ela mal teve contato, que com curiosidade se aproximou para escutar do assunto.
— Como você esta? Scorpius não estava a fim de conversar quando chegou — Draco perguntou, Dominique se aproximou mais do escritório que tinha a porta entreaberta e ela viu os dois, Draco de pé próximo a uma lareira, e a mulher ajoelhada diante do fogo, o cabelo loiro brilhando na luz das chamas.
— Eu não me importo com a morte da garota em si, já vimos tantas que é quase inofensiva a presença da morte. O que me preocupa é de onde ela vem.
— Você acha que foi algum aluno?
— Tenho minhas duvidas, mas sei que não foi nenhum Sonserino, todos os que passaram por mim tem técnica e poder suficiente para fazer um trabalho mais limpo, aquilo foi uma morte montada, ela não foi morta porque foi empalada, ela já estava morta quando foi empalada — A loira falou e Dominique ficou confusa, sem saber o que ela queria dizer, mas antes que Dominique pensasse em algo que pudesse fazer sentido a loira continuou — Alguem está querendo sujar o nome da Sonserina, é tudo um plano e eu tenho que pensar qual é o próximo passo antes que ele ocorra.
— O que está fazendo aqui? — Dominique ouviu uma voz atrás dela e deu um pulo, olhando para trás e vendo Scorpius, ela rapidamente tapou os lábios dele e fez gesto de silêncio antes e puxá-lo escada a cima — Dominique não haja de forma estranha e me diz o que você estava fazendo ali no corredor.
— Eu fugi de casa, mas quando eu cheguei aqui, ouvi as vozes de seu pai e sua madrasta e fiquei curiosa, mas eu não entendi nada. Ela falou "os sonserinos que passaram pela minhas maos", Scorpius, como ela pode falar isso, ela não trabalha lá na escola para saber das coisas que ocorrem lá.
— Na verdade, ela trabalha — Scorpius falou e entrou no quarto, sendo seguido por uma Dominique chocada e confusa.
— Como assim ela trabalha? Não temos nenhuma professora loira, magra e que muito menos leve o nome Malfoy na carteira.
— Minha madrasta, Lynx Malfoy é nossa professora Dominique LeFay — Scorpius falou e viu Dominique ficar pálida feito um fantasma ao receber a informação. — Você está bem? — Ele perguntou se aproximando da garota que estava parada feito uma estatua — Dom? — Ele chamou segurando seus ombros e a garota olhou confusa para ele.
— Eu, eu estou confusa. Como isso é possível?
— É uma historia longa, vamos dormir, está tarde — Ele falou segurando a mão dela e a levando para a cama, ambos tiraram os sapatos e se deitaram, cobrindo-se com o edredom. — Dominique? — Ele falou e a garota o abraçou, olhando para ele. — Por que fugiu de casa?
— Minha mãe me detesta, meus tios acham que eu sou culpada, não acharia impossível se eles me acusassem e eu fosse para o tribunal como suspeita — Ela disse e ele a abraçou.
— Ambos sabemos que não foi você, apenas durma — Ele disse, lhe beijou a testa e ela se acalmou nos bracos dele.
°°°
Uma tempestade estava acontecendo do lado de fora, raios e trovões cruzavam o céu assustando as criaturas da floresta que corriam em busca de abrigo. O dia havia amanhecido assim, e não parecia próximo do fim.
À mesa da sala de jantar, Astoria, Daphne, Narcisa, Lucio, Lynx, Draco e Scorpius tomavam café da manhã juntos, Dominique chegou por último a mesa e encarou estranho a cena. Após o casamento Scorpius havia passado a morar com o pai, e uma vez ao mês todos os membros de suas família se reuniam.
Está parecendo uma festa do chá, Dominique pensou observando a mesa. Draco foi o primeiro a notar a aproximação da garota e se levantou.
— Dominique, junte-se a nós — Draco falou dando um sorriso gentil e esticando a mão para o lugar da mesa ao lado Scorpius que estava a sua direita, enquanto a esposa a esquerda, ao lado a tia de Scorpius e a mãe de Scorpius, que Dominique supôs ser para "manter a paz" na refeição, o avó de Scorpius do outro lado na cabeceira e a avó do outro lado.
Dominique cumprimentou a todos e se sentou entre Narcisa e Scorpius que segurou sua mão por debaixo da mesa.
— Lynx é filha de minha falecida tia — Scorpius sussurrou ao ver a expressão confusa de sua namorada enquanto a madrasta/tia falava com sua avó, e logo a expressão confusa se tornou surpresa. Dominique não conseguia parar de observar a loira.
De algum canto na casa, um telefone soou e um elfo domestico apareceu com o aparelho em mãos, dizendo ser para a loira que se levantou de seu lugar e essa foi a deixa para Dominique se engasgar com a comida.
— Está melhor? — Scorpius perguntou e a garota negou olhando a madrasta de Scorpius segurando o ventre enquanto ia atender em um outro comodo para não atrapalhar.
— Ela está gravida?! — Ela falou num sussurro, a surpresa evidente em sua voz e Scorpius confirmou.
— Não dá para notar antes pelas roupas que ela usa no colégio, mas sim, vou ganhar um irmão mais novo.
— Draco, eu vou ter que ir — Lynx apareceu na sala e foi até os pais, sussurrando algo no ouvido de Lucio, beijando a cabeça da mãe e acenando para Daphne ir com ela.
— Não vai nem questionar? — Astoria perguntou para Draco que negou.
— Ela sabe o que faz. No final ela sempre volta.
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Heirs of Slytherin (Livro2 - continuação de Proud and Love || Finalizado)
FanfictionGuinevere LeFay é a nova diretora da Casa e está decidida a mudar a reputação da Sonserina, quando Scorpius é um dos escolhidos pela professora para fazer essa mudança, mas nem todos querem essa mudança, principalmente quando uma ameaça aparece em H...