Os Ataques Continuam

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"Total de quinze bruxos mortos, Ministério suspeita que essa onda de crimes seja ocasionada por um bruxo das trevas"

Esse era o titulo da primeira pagina do profeta diário. A garota com as unhas pintadas de azul turquesa leu a matéria com atenção e quando terminou, bufou irritada, afinal, se fosse a mesma pessoa do castelo ele não estaria mais se restringindo a atacar alunos.

"[...] Magnus Davies, 27, auror, encontrado em sua casa decapitado.
Thea K. Lewis, 21, batedora do Holyhead Harpies, foi encontrada sem seu coração. A única similaridade entre as mortes é a brutalidade das mesmas."

O que você acha que ele quer? — Louis perguntou e Dominique deu de ombros, amassando o jornal e tacando na fogueira, deixando o fogo consumir o papel.

— Ser notado — Dominique encarou o irmão mais novo e o puxou para perto enquanto a televisão passava um campeonato de futebol trouxa, o irmão encostou a cabeça em seu ombro, os cabelos loiros caindo um pouco em sua vista, mas ele estava concentrado demais para se importar.

°°°

— Qual vai ser o nome? — Albus perguntou olhando para o amigo que não parava de bater a perna que estava dobrada sobre a outra, os braços cruzados e a sobrancelha franzida, completamente ansioso, tentando acalma-lo ou distrai-lo fazendo perguntas.

— Duhr Leonis Malfoy — O loiro falou e o moreno não conseguiu segurar a risada — Do que você está rindo, veado? — Ele perguntou ficando vermelho de raiva e o moreno se acalmou um pouco, afinal, estavam num hospital e não podiam ser tão barulhentos.

— Sua familia tem essa neura pelas estrelas e sai uns nomes bem engraçados, só isso. O puma não precisa mostrar as garras — O moreno riu mais ainda ao ver a expressão dele.

— Você é um babaca. E não é neura, é uma tradição. Duhr é uma estrela da constelação de Leão, foi o único nome que agradou a Lynx — E ao ouvir isso Albus sorriu. Ele lembrava de como Scorpius ficara quando soube da separação dos pais e quando descobriu do novo relacionamento do pai, a familia era um laço muito importa te e os de Scorpius eram cheios de nós e remendos.

— Ele nasceu! — Draco apareceu com um sorriso feliz. O filho se levantou e correu até o pai, o abraçando. Albus se levantou e apertou a mão do mais velho que não parava. — Vá vê-los — Ele falou para Scorpius que sorriu e seguiu pelo corredor de onde o pai veio — Obrigado por fazer companhia a ele, você é o melhor amigo dele, era meu dever agradecer por apoiar meu filho — Draco falou para o menino Potter que lhe respondeu com um sorriso.

— Eu não podia ter um amigo melhor, devia se orgulhar de seu filho.

— Sempre tive.

°°°

Você não deve voltar para Hogwarts, você sabe muito bem o que deixou Voldemort interessado por você, se alguem souber seu disfarce você pode ser a próxima! — Draco gritou de seu escritório, a voz alta era ouvida por toda a casa e Scorpius não podia deixar de ficar incomodado enquanto olhava seu irmãozinho de poucos meses dormindo.

Eu não me importo se podem ou não me matar, eu quero nossos filhos seguros, para isso eu vou cuidar de Scorpius e descobrir quem é esse abominável bruxo que tem feito todo esse reboliço a troco de nada.

Eles não descobriram até agora, porque voce faria a diferença você ir ou não ao castelo?

Eles não estão procurando no lugar certo, essa é a diferença e não importa o que disser, eu vou voltar a Hogwarts! — Ela deu a ultima palavra da discussão e Scorpius pode ouvir o som de algo se quebrando/sendo destruído lá embaixo e o som de alguem subindo as escadas e não tardou de Lynx aparecer na sala com seus cabelos loiros brilhantes à luz.

— Ouviu a briga toda? — Ela perguntou a Scorpius que acenou com a cabeça e a loira se aproximou se sentando ao seu lado no sofá que tinha no quarto de Duhr.

— Não tinha como não ouvir — Ele falou encolhendo os ombros e ela o abraçou, beijando o topo de sua cabeça. Era nessas horas que ele não se importava com o fato de sua tia ter se casado com seu pai, ela era uma pessoa muito gentil e atenciosa. — Por que você não fica?

— Oh, Scorpius. — Ela falou me apertando mais perto de si e Scorps a abraçou de volta com mesma força.

— Você tem o Duhr, tem que cuidar dele. Eu sei me defender, você me ensinou. — Falou ele em um quase sussurro e ela voltou a lhe beijar a cabeça.

— Eu nunca quis ter um filho para viver num tipo de mundo do qual cresci, o mal que se tornou Voldemort só ocorreu por não o impedirem antes, Dumbledore sabia que ele era poderoso e tendia a fazer coisas ruins. Se não impedir esse alguem, meu filho vai viver no mesmo mundo que eu cresci e não vou permitir isso. O mundo só é um lugar terrível se deixarmos que ele seja.

Heirs of Slytherin (Livro2 - continuação de Proud and Love || Finalizado)Onde histórias criam vida. Descubra agora