Capítulo 2

1.6K 157 33
                                    


Oh inferno, eu estava perdido com aquela menina nos braços. A muito tempo alguém não mexia comigo desta forma. Menina era mera forma de falar, pois ela era na verdade uma linda mulher jovem. Linda parecia uma palavra simples diante de tamanho encanto.

Ela era realmente encantadora, com seus grandes olhos azuis, cabelos loiros e lábios rosados. Isto só o deixava mais furioso. O que diabos aquela menina estava fazendo, morrendo na beira de uma rodovia afastada no meio de uma tempestade daquela? Será que ela tinha noção do perigo que estava correndo, além, lógico, dos perigos naturais, como morrer de hipotermia? Alguma coisa naquela história não fechava, e aquilo o estava levando a insanidade. Por algum motivo, que não sabia explicar, aquilo o afetava.

            Quando viu o vulto da menina andando e logo caindo, sentiu uma necessidade de ajudar, ao mesmo tempo que sua parte racional tomou partido e lembrou que isto não era problema seu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando viu o vulto da menina andando e logo caindo, sentiu uma necessidade de ajudar, ao mesmo tempo que sua parte racional tomou partido e lembrou que isto não era problema seu. Não, sua parte racional não era cruel. Apenas que para um cara que estava fugindo, que tinha uma irmã para proteger, uma mãe para encontrar e era perseguido por um avô mafioso e maluco, que queria enfiar uma bala na sua cabeça, ele já tinha seus próprios milhões de problemas, e estava ficando cada dia mais difícil se manter vivo mediante eles. Mas, mesmo assim, não podia ver alguém necessitando de ajuda e não fazer nada.

Lógico que não esperava encontrar naquele monte de roupas ensopadas um anjo prestes a perder a consciência; ficou instantaneamente sem ar quando fitou ela pela primeira vez. Era linda e estava muito mal. Uma onda de insanidade misturada com desejo balançou seu corpo naquele instante. Naquele momento tinha certeza que ela morreria se a deixasse ali. Lógico que não a deixaria, e ali estava ele, com a mulher mais linda que ele já encontrou nua em seus braços, dormindo. Podia admitir que, considerando seus últimos problemas, este era, sem dúvida, o mais agradável.

Clara, este era o nome dela. Sem dúvidas um nome propício para ela; ela era clara como neve e linda com o inferno.

Quem será Clara? E por que será que estava andando naquelas situações? Sem falar nos hematomas. Quando estava tirando sua roupa, não pôde deixar de notar que a menina tinha grandes hematomas espalhados pelo seu corpo. Sabia perfeitamente que aquilo ali não era resultado de nenhum tombo, aquilo era obra de algum desgraçado maldito que teve a coragem de agredir uma mulher. Aquilo o deixava louco! Sua sanidade se esvaía quando se tratava deste tipo de covardia e crueldade, não conseguia admitir que alguém se achasse no direito de colocar a mão em uma mulher desta forma. Se encontrasse este homem, sem dúvidas enviaria ele para debaixo da terra.

Ela tinha adormecido fazia 10 minutos, aconchegada contra o meu peito, usando apenas aquela minúscula lingerie. Sem dúvidas esta era uma prova de fogo para mim. Mesmo com todo o meu autocontrole, meu corpo não conseguiu não reagir à proximidade dos nossos corpos. Quando eu tive certeza que ela estava aquecida novamente, que não corria mais nenhum risco, a coloquei delicadamente no banco do carro e comecei a dirigir de volta. Clara iria comigo, isto era a minha única certeza.

Aquilo, sem dúvidas, estava o irritando, nunca agiu assim em relação a nenhuma mulher, e não seria agora que iria ficar suspirando por uma. Não tinha tempo para isto. Lógico que amava mulheres, lindas, sorridentes, morenas, ruivas, loiras... Nunca foi um santo em relação a isto, mas sua relação com elas durava em média algumas horas. Bons momentos de prazer e deu, cada um para seu canto. E agora estava ali, suspirando por uma mulher que não tinha feito nada mais do que tremer de frio e dormir. Ele tinha colocado ela na  cama, a cobriu para que ela ficasse aquecida e foi tomar um banho. Sua vida estava uma confusão e algo o dizia que tinha levado mais uma para casa.

Estava voltando de uma missão que não deu certo como ele tinha imaginado. Ele estava atrás do paradeiro de sua mãe já fazia meses; com muito esforço conseguiu algumas informações e estava recriando os passos que ela fez até ter desaparecido do mapa. Era muito mais difícil fazer isto enquanto estava sendo perseguido por seu avô e tentando proteger sua irmã. A ideia de enviar Alice para a SSN, a mantendo mais segura do que com ele, possibilitou que ele pudesse ir mais a fundo na história de Helena. Na maioria das vezes, teve que se segurar para não focar todos os seus esforços em matar seu avô, mesmo que isto hoje só fosse possível se ele colocasse sua vida em cheque. Mas não, não poderia ser guiado pelas duras emoções. Se ele morresse, quem iria proteger Alice, ou melhor Luna, precisava se acostumar com o novo nome da irmã, era difícil para ele chamar Alice de Luna, mas era necessário. Desde que fugiram de casa, tinham adquiridos novos nomes, ele agora era Lucas e Alice virou Luna. Ele tinha que ser mais inteligente que seu avô e a corja que o cerca. E era nisto que estava sua dedicação. Estava crente que sua mãe ainda poderia estar viva, e só o fato de ela ainda estar sofrendo nas mãos de Lecter lhe dava vertigens.

E agora, tinha um lindo problema em sua cama, que estava consumindo todo miligrama do seu autocontrole como homem, para não fazer nada. Já tinha se decidido: deixaria que ela dormisse esta noite ali, depois iria, de uma forma educada, a mandar embora. E deu! Simples assim, já tinha feito sua parte. Provavelmente tinha salvado a vida dela, agora cada um seguia seu caminho. Lógico que os hematomas nela o intrigavam e deixavam louco, mas já tinha duas mulheres problemáticas para salvar. Era isto, simples assim.

– Olha eu aqui, contemplando você, linda – disse ele, a observando dormir.

Olhando ao redor, fitou o sofá, lugar em que ele certamente deveria dormir; mas a cama lhe pareceu mais agradável, além do que, se ela acordasse à noite, seria bom ele estar por perto.

- Haha... Agora estou mentindo para eu mesmo – disse, já tirando a roupa e se aconchegando ao seu lado. Ela era minúscula perto dele e mesmo assim se encaixava perfeitamente. Quando ela se aconchegou melhor nele, ele suspirou fundo. 

Esta seria uma longa noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Esta seria uma longa noite. 

****************************************************************************

Bom dia Amores!!

Espero que tenham gostado do 2º capítulo, se sim por favor não esqueçam de votar e comentar!! 

Alguns esclarecimentos. 

* Luna e Lucas são irmãos;

* Alice é o nome verdadeiro de Luna. Nos livros ela será citada na maioria das vezes como Luna; 

* Lucas é o nome falso do irmão de Luna, o nome verdadeiro será revelado mais para frente. <3

Fiquem a vontade para questionar qualquer dúvida que ainda possa ter ficado *-* 

E eu sei que vocês devem estar com saudades de Luna e Henry e Castro e tudo isto, próximo capítulo eles voltam \o/   

Beijos. 

Ane Rose. 


Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora