Capítulo 62

1K 112 35
                                    

Oi Amores!!

Segura o coração porque estamos entrando na reta final de Reencontros e agora cada parágrafo é uma emoção ;) 


Henry 

Eu estava nervoso, e sabia o porquê. Desde que saí na última missão não via a hora de voltar para encontrá-la, por mais que eu negasse ou tentasse me enganar afirmando que deixaria claro para ela que eu queria manter a distância, eu sabia que no fundo eu apenas queria vê-la.

Os últimos dias tinham sido tensos, a missão tomou um rumo inimaginável, um simples resgate de uma mulher na Reserva Nacional de Kluane tinha surpreendido a todos, principalmente Castro, que viu sua falecida esposa voltar dos mortos, em uma triste história que tinha muito para desmembrar ainda; foi realmente emocionante ver o reencontro deles, ao mesmo tempo que foi angustiante ver o sofrimento de ambos. Castro era um homem sério e turrão, mas ver Helena viva tinha tirado ele totalmente do eixo, estávamos todos preocupados com ele, ele era muito querido por todos e nenhum homem no mundo reagiria facilmente à uma notícia desta.

Tudo isto me fez ver como a vida é breve, me fez pensar em Luna de outra forma, era inegável que eu a amava, mesmo passando os últimos meses tentando odiá-la, eu a amava e podia ser loucura, mas depois de reviver tudo que passamos um ao lado do outro, eu também sabia que ela sentia algo por mim, podia não ser amor, mas ela não estava fingindo todo o tempo em que esteve comigo, era verdadeiro, foi real.

A raiva que eu estava sentindo podia ter sido o suficiente para encobrir isto, mas agora eu conseguia ver mais claro, eu não vivi aquilo tudo sozinho. Tinha algo errado nesta história e eu estava mais que disposto a resolvê-la. Eu vi os olhos de Castro quando ficou em frente de Helena depois de quase 21 anos, era um olhar magoado, um olhar ferido, mas transbordava amor, Castro nunca a deixou de amá-la, décadas tinham se passado e ainda estava lá. Como eu achava que poderia esquecer Luna assim? Eu precisava resolver esta situação, caso contrário serei eu o próximo a passar anos nesta angústia sem fim. No caso de Castro, lógico, Helena estava morta, ou pelo menos era o que todos acreditaram por décadas. Eu ainda tinha uma chance, Luna estava viva e dentro do Complexo, e talvez disposta a se separar.

Eu sei que posso estar abrindo uma grande ferida por dentro, afinal, ela ainda parece estar casada com Smith, mas preciso ouvir o que aconteceu, o que ela queria me falar aquele dia que me procurou. Só de pensar que ele pode estar chantageando ela, chego a tremer de raiva, mil suposições já passaram pela minha cabeça desde que me convenci que tem algo que não está fechando.

Eu estava quase na frente de Castro quando vi Luna saindo da casa dele, vê-la era sempre uma sensação estranha, ela estava linda, apesar de estar totalmente escondida nas roupas em que usava, moletom largo, calças largas e uma toca fechavam seu look totalmente casual, para qualquer um poderia ser apenas uma mulher muito agasalhada, para mim era a minha menina, ou melhor... Droga, Henry, se concentra.

Eu percebi o exato momento em que ela notou a minha presença, ela parou e me olhou estática, notei como respirou fundo e como puxou a blusa para baixo nervosa, seus olhos estavam fixos nos meus e eu estava deliciado com a sua presença, eu precisava entender o que diabos tinha acontecido. Decidido, me encaminhei para ela.

– Luna – falei, decidido.

– Henry – ela murmurou.

– Você voltou– eu disse, sem saber o que mais falar para a mulher que era dona dos meus pensamentos.

– Você também.

– Esta é a minha casa – falei, nervoso. Droga, eu não deveria ter dito isto, o nervosismo estava falando por si, eu parecia a droga de um adolescente novamente.

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora