Uma garota doce com a estima baixa, um Dom em fuga... uma paixão avassaladora! Clara é uma jovem tímida, doce e com autoestima baixa, parte em fuga em um momento de total desespero, deixando tudo para trás. S...
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– Ela está piorando – falou Castro para Lucas assim que saíram do quarto de Luna.
– Sim, eu notei – disse sucintamente, não tinha mais o que dizer. Luna parecia que tinha se entregado, não podia julgá-la mediante todos os acontecimentos, mas lhe doía o coração ver ela assim.
– Qual o diagnóstico do Dr. Moreira para esta situação? – questionou Castro friamente.
Era pelo menos a quarta vez que Castro perguntava isto em menos de dois dias, tinha que admitir que pelo menos para uma coisa serviu este acidente, serviu para mostrar que Castro é totalmente preocupado com Luna, que ele é mais humano do que tem ouvido por aí. Ele se mostrava um homem íntegro e era óbvio que gostava muito dela e de sua equipe. Desde que chegou, Castro não tinha sido outra coisa além de prestativo e preocupado com o estado de sua irmã, sem dúvidas isto eliminava qualquer resquício de dúvidas em relação ao seu caráter. E isto só fazia ele se sentir pior por esconder o jogo dele. Ele tinha direito de saber quem eles eram, quem Luna era para ele. Ele não gostava de pensar nisto, mas sabia que se Luna não tivesse sobrevivido a este acidente, ele sem dúvidas já teria aberto o jogo para Castro. Mas graças ao bom Deus isto não tinha acontecido, e agora ele precisava resolver outras coisas antes de revelar para Castro e Luna qualquer coisa; além disto, Luna não podia ter grandes emoções e ele já tinha uma real bomba para falar para ela.
Fazia dias que o Dr. Moreira tinha revelado a gravidez dela, desde então Lucas não fazia outra coisa além de pensar em tudo que precisaria organizar e fazer para manter os dois a salvo, além de pensar em Clara, lógico, aquela danada não saía de sua mente.
Sabia que a gravidez iria cair como uma bomba para Luna. Tinha sido para ele, ainda mais seguida pelo conhecimento de que sua irmã estava apaixonada por um companheiro de equipe. Logo ela que nunca se permitiu confiar em ninguém além dele, tinha se apaixonado. Se fosse em outra circunstância, sem dúvidas, isto seria uma ótima notícia, era sinal de que ela estava se abrindo para a vida e saindo do foco de vingança. Ele só queria ver sua irmã feliz, pois sabia que mais do que qualquer pessoa no mundo, ela merecia isso.
– Castro, Dr. Moreira falou que apatia, desânimo e cansaço podem ser sintomas decorrentes do traumatismo craniano... O encontro próximo com a morte que ela teve, todo o stress e tensão do acidente podem estar interferindo também.
– Foda-se, esta situação toda é uma grande merda! – rugiu Castro já irritado, acertando um soco na parede. Estávamos todos no limite com a situação.
– Sim, sem dúvidas, mas é indiscutível que grande parte deste comportamento é emocional, o que torna a solução e reação desta situação mais difícil – falei na tentativa de o acalmar. Não sei de onde surgiu esta preocupação em mim, quando percebi estava lá.
