Capítulo 29

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- Vamos voltar, eu preciso falar com Henry.

- Luna.

- É isto,  Henry merece  saber o quanto antes.

- Ok eu concordo mais você está bem para ter uma conversa deste tipo agora? Luna a 20 minutos você estava chorando porque ele está com outra.

- Não precisa lembrar irmão, eu não esqueci - disse grosseiramente.

- Ah estes hormônios da gravidez... resmungou Lucas contrariado.

- Lucas.

- Luna.

- Ele tem o direito de saber, você mesmo disse faz alguns minutos.

- Sim eu disse, porque é verdade mais preferia então achar um lugar, você se acalma digeri tudo melhor e amanhã nos procuramos ele e você conta, não assim no susto como está fazendo, talvez podíamos ficar uns dias aqui e quando você achar que está no controle da situação, você fala.

- Não, tenho que falar agora, não vou correr o risco de ele me ver sem que eu o procure.

- Luna sua gravidez é imperceptível ainda, você nem tem barriga, qual o problema de ele te ver.

- Lucas, agora por favor.

- Eu não acho uma boa ideia.

-Ok

- Ou seja a minha opinião não conta nada aqui. 

- Eu preciso contar e acho que é o momento - eu disse tentando parecer confiante. 

- Você não está pensando bem.

- Volta- ordenei. 

Eu nem terminei de falar e meu irmão deu a volta no carro, claramente chateado, ele detestava quando eu não o dava ouvidos, mas eu tenho medo de que se não fosse até o final agora poderia deixar o medo de uma remota mais possível rejeição me dominar e me fazer fugir novamente. Por isto que passar alguns dias aqui pensando não me parecia uma boa ideia.

- Chegamos novamente- disse meu irmão me tirando dos meus pensamentos, estávamos novamente na frente da lanchonete que eu tinha visto Henry com a menina, sentada em seu colo, eles estavam se beijando eu não tinha conseguido lidar com isto. A grande pergunta era se agora eu conseguiria.

Foco Luna você precisa, isto não é por você é pelo seu filho, eu ficava repetindo este mantra para me dar força nos últimos tempos, foi com esta força de vontade que eu tinha tido uma recuperação espetacular do acidente. Eu ainda mancava um pouco, não conseguia correr, tinha emagrecido uns bons e importantes 5 quilos, algumas cicatrizes ainda estavam no processo de recuperação como a do braço, mas eu estava em pé depois de uma quase morte. Tudo por ele, tudo pelo meu bebezinho.

- Você tem certeza disto, podemos voltar outra hora.

- Tenho, e você fique no carro não quero que Henry te veja.

- Não vou deixar você sozinha.

- Vai sim. Eu preciso fazer isto.

- Vai descansar no carro ou de uma volta acredito que vai demorar.

- Eu não gosto disto.

- Hum bem-vindo ao grupo.

- Ok, boa sorte mana.

- Eu vou precisar, obrigada.

Respirando fundo eu saí do carro e fui em direção a porta da lanchonete, eu tinha imaginado tantas vezes este momento, como chegar ao homem que você ama e avisar que está grávida, que a história do casamento foi um tudo um engano e que agora ele também corria perigo de vida já que tinha se relacionado comigo, eram tantos contras, tantos que eu não sabia como ele reagiria. Talvez precisasse de tempo, talvez ele ficaria feliz com os esclarecimentos e nós poderíamos ainda ter uma chance, talvez tantas variáveis e eu estava a segundos de descobrir como está história se desenrolaria.

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora