Capítulo 45

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Bom dia Meninas!!

Mais um capítulo cheio de emoções <3 Lembrando que o livro está completo na Amazon e quem querer marcadores e concorrer a versão impressa de Revelações é só avaliar na Amazon ;) 

Bjão 

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Castro 

Quando cheguei no quarto em que a colocaram, fitei a minha pequena e machucada esposa, seus cabelos estavam escuros, contrastando contra o travesseiro. Eu não precisava analisar muito para perceber que ela estava bem abaixo do peso, seu corpo estava tampado com um fino lençol e parecia que tinha frio. Seu rosto estava com várias cores devido aos machucados, eu precisava levá-la para um local mais confortável, mais quente, ao menos. Estávamos no meio de uma reserva ambiental e as baixas temperaturas do inverno rigoroso não deveriam estar ajudando seu estado delicado. Me pergunto quanto tempo ela ficou à mercê do tempo em fuga. Quem estaria atrás dela? Teria chance de Alice e Tiago estarem vivos?

Helena

Dor, muita dor no corpo. Esta foi a minha primeira sensação quando despertei, mas esta já era normal. A segunda sensação foi mais difícil de lidar, eu estava em uma cama, estava confortável, o que só podia significar que alguém tinha me encontrado. Levou toda a minha experiência para não me mover, eu precisava saber se era seguro antes, às vezes estar desmaiada era uma benção. Quem teria me encontrado?

As lembranças dos últimos dias voltavam com uma velocidade absurda, eu estava fugindo de alguns capangas, eles tinham conseguido me capturar fazia alguns dias. Eu tinha conseguido fugir, eles vieram atrás e iniciaram uma das minhas fugas mais dramáticas pela floresta, o ambiente fechado e hostil da mata, junto com as baixas temperaturas, foram perfeitas para atrasá-los, mas também serviram para me judiar mais, eu tive que usar toda minha força interior para me manter em pé, foi difícil encontrar alimentos na floresta e não podia me dar o luxo de ficar parada; minha perna incomodou muito e por muitas vezes imaginei que seria o fim. Dois deles me encontraram e eu consegui matá-los, me dava enjoo só de lembrar, fazia anos que eu não matava alguém e só de imaginar mergulhando novamente nesta escuridão eu já passava mal, mas eu sabia que eram eles ou eu, e bem, eu tinha um bom motivo para conseguir ficar viva. Antes de sair em fuga da cabana em que estava sido mantida aprisionada, eu consegui entrar em contato com a SSN, eu tinha pedido socorro e eu só podia imaginar que eles viriam ao meu encontro. Em situações críticas um pouco de esperança pode ser aquela pontinha de força que te mantém viva. Seria na mão deles que eu tinha caído? Sem dúvidas, eu estava confortável demais para ter caído nas mãos dos capangas de Lector.

– Deve ser algo muito complexo isto que estás pensando – disse uma voz rouca. Eu me arrepiei só de ouvir, eu sabia de quem era ela e não pode deixar de sorrir. Merda, isto seria difícil.

– Você não imagina o quanto – falei, sentindo minha garganta queimar.

– Ah eu sei, eu estou na tua frente e você está viva. Viva, Helena, e só Deus sabe como eu estou me aguentando para não te esmagar.

– Abre os olhos para mim, Lena - disse a voz, acariciando os meus cabelos.

Eu tinha imaginado tantas vezes este reencontro, tantas vezes fui dormir sonhando com isto, o dia em que estaria no mesmo local que o grande amor da minha vida, o dia em que os segredos deixariam de existir e eu poderia simplesmente me aconchegar em seu peito; meu porto seguro, como me fez falta todos estes anos, como eu o amo. Abri os olhos sabendo que a conversa não seria fácil, que o nosso reencontro teria muitas mágoas e dor envolvida, mas certa de que valeria a pena tudo, tudo, se ele estivesse ao meu lado, se nossa família se reunisse novamente. Eu precisava ser forte, e era isto que eu seria.

Reencontros - Trilogia Em Fuga IIOnde histórias criam vida. Descubra agora